terça-feira, 21 de dezembro de 2010

BISPO RECUSA COMENDA NO SENADO...

Dom Manoel Edmilson da Crua

Dom Manuel Edmilson da Cruz, bispo emérito de Limoeiro do Norte, do Ceará, recusou a comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara, que este ano foi conferido pelo Senado, pela primeira vez. O protesto do bispo foi motivado pelo reajuste de 62% que os parlamentares concederam aos seus próprios salários. Na sessão de entrega da comenda, ao usar da palavra, Dom Manoel lamentou que o Congresso tenha aprovado aumento para seus próprios salários, enquanto os trabalhadores no transporte coletivo de Fortaleza mal conseguiram 6% de reajuste, em suas reivindicações trabalhistas recentes.
Finalizou dizendo: “Enquanto o Congresso premia a si próprio, as aposentadorias estão reduzidas e o salário mínimo cresce 'em ritmo de lesma'. Só me resta uma atitude: recusá-la (a comenda). Ela é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão, ao contribuinte, para o bem de todos com o suor no seu rosto e a dignidade no seu trabalho... o deputado e o senador que aprovaram o reajuste 'não é parlamentar. É para lamentar” – concluiu.

domingo, 5 de dezembro de 2010

ALAGOINHAS – BAHIA: CHEGADA DOS CAPUCHINHOS

CAPUCHINHOS COMEMORAM 70 ANOS EM ALAGOINHAS – BAHIA




Igreja e Convento São Francisco - Alagoinhas - Bahia


Os frades Capuchinhos de Alagoinhas comemoram os 70 anos da chegada na cidade no dia 21 de novembro de 2010, às 18h na igreja de São Francisco de Assis.
A solenidade foi precedida por um tríduo preparatório, tendo como tema: CAPUCHINHOS - 70 ANOS DE VIDA E MISSÃO NESTE CHÃO.
A missa festiva foi presidida pelo bispo capuchinho Dom Frei Manoel Delson, filho da Província, ex-provincial e, hoje, bispo da Diocese de Caicó (RN), tendo como concelebrantes Dom Paulo Romeu, bispo de alagoinhas, Frei Rubival, ministro provincial e outros sacerdotes capuchinhos e diocesanos.
No final da celebração houve alguns depoimentos de religiosos, do Bispo de Alagoinhas, de sacerdotes e leigos.
O senhor Marco Antunes – que estava também representando o Prefeito municipal na sua função de Vice – deu seu depoimento como autoridade e como paroquiano. Emocionado disse:


Marco Antunes

“Há 70 anos, Alagoinhas recebeu a graça de aqui chegarem os Frades Capuchinhos, trazendo na bagagem a confiança e esperança de fundarem um convento e uma igreja. Foram eles, segundo o historiador Salomão Barros: Frei Pedro, Frei Boaventura e Frei Estêvão. Ficou decidido que a propriedade – casa e terreno dos herdeiros de Cid Valverde Bastos seria o local propício.
No ano seguinte, chegaram Frei Henrique, Frei Isaias e Frei Celestino de San Marino. As obras começaram
.




Hoje, 70 anos depois, estamos reunidos nesta esplendorosa igreja dedicada a São Francisco, à sombra do sacro convento, para celebrar e agradecer a Deus por sermos testemunhas beneficiárias do resultado da semente plantada e tão bem cuidada pelos Frades Capuchinhos que conosco continuam a caminhar, nos apontando sempre a estrada de Jesus, à luz do belo e simples carisma franciscano.
Tenho 59 anos de idade – 56 convivendo na aprazível e serena sombra desta igreja e deste convento com os Frades Capuchinhos – sacerdotes e estudantes que por aqui passaram. Conheci quase todos, desde os primeiros. Aqui, vivi minha infância, juventude e idade adulta; aqui, recebi sólida formação religiosa; aqui, desejo permanecer até o final de minha vida.

Não consigo entender Alagoinhas sem a existência deste pedacinho de chão, deste convento e desta igreja que tantas luzes lançam sobre a vida e a história de nosso povo.

Por isso, tenho a honra de, em nome do povo de Alagoinhas, em nome de minha família e dos meus amigos, dizer feliz e emocionado: Muito obrigado à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos; muito obrigado a todos que por aqui passaram, aos velhos e queridos amigos Frei Everaldino e Tiago, e especialmente muito obrigado a Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário) por uma efetiva participação na minha formação moral e religiosa. Minha mulher, meus filhos e netos também lhe são gratos, Frei Virgínio.

“Que Deus abençoe aos Frades Capuchinhos e que eles, em nome de Deus, continuem a nos abençoar pelos tempos vindouros, Muito Obrigado”.


CAPUCHINHOS EM ALAGOINHAS

Tudo aconteceu assim: No dia oito de dezembro de 1939, Frei Pedro de Crispiero, custódio provincial da Bahia e Sergipe, acompanhado de Frei Boaventura de Elcito e de Frei Estêvão de Recanati, com a finalidade de encontrar um lugar para a construção do convento e seminário.
Encontraram o sítio de D. Adélia Valverde Bastos, situado à Rua 24 de outubro (atual Lauro de Freitas) e decidem por este local. Aos 26 de dezembro de 1939, já era passada a escritura do terreno.
Em fevereiro de 1940, é enviado para Alagoinhas, o Frei Gregório de San Marino que dá início aos alicerces, passando em seguida, aos cuidados de Frei Estêvão de Recanti.
Aos 26 de janeiro de 1941, eram inaugurados o convento e seminário, passando a residir os quatro religiosos: Frei Inocêncio, Frei Pedro de Cispiero, Frei Germano de Colli e Frei Isaías de Civitanova e mais 20 seminaristas.

OS CAPUCHINHOS ASSUMEM A PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO EM ALAGOINHAS


Frei Fidélis de Itabaina - Primeiro Pároco capuchinho da Paróquia Santo Antônio em Alagoinhas- Bahia

No dia 16 de junho de 1954, devido ao afastamento do Vigário, Cônego Afonso Godinho, dos trabalhos paroquiais, é nomeado, pelo senhor Cardeal Dom Augusto Álvaro da Silva, Frei Fidélis de Itabaiana, como Vigário substituto da Paróquia de Alagoinhas, tendo como colaboradores, os confrades: Frei Isidoro de Loreto, Frei Benjamim de Villa Grande, Frei Caetano de Altamira, Frei Silvério de Cingoli e Frei Apolônio de Barra de São Pedro.
Em novembro deste mesmo ano, a responsabilidade da paróquia passa para o Padre Rosalvo Pimentel. E aos dois de maio de 1955, por determinação do senhor Cardeal, a Paróquia passa novamente a ser assumida pelos religiosos Capuchinhos, tendo como encarregado da freguesia, Frei Fidélis de Itabaiana.
Entre muitas atividades espirituais, realizadas pelos frades Capuchinhos, nesta cidade, podemos destacar ainda as seguintes construções:
• Lançamento da primeira pedra da nova Capela Nossa Senhora de Fátima, no dia 13 de maio de 1956, tendo como encarregado da construção, Frei Caetano de Altamira.
• Lançamento da primeira pedra da nova Igreja Matriz, no dia 20 de abril de 1958 e fase inicial da Capela Nossa Senhora de Fátima, sendo vigário, Frei Leão de Marotta. (neste mesmo ano Frei Caetano foi nomeado Bispo de Ilhéus).
• Aquisição de uma casa, à Rua Teresópolis, nº 584, onde funcionaria o Palácio Residencial do bispo da futura Diocese de Alagoinhas, sendo responsável Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário Romitti).
• Conclusão dos trabalhos da nova Matriz, em 31 de junho de 1965.
• Reforma das capelas de Aramari e Riacho da Guia.

À frente desses trabalhos mencionados, tivemos como Vigário da Paróquia Santo Antônio, os seguintes Frades:

Frei Fidelis de Itabaiana (16/06/1954);
Frei Leão de Marotta pároco de Alagoinhas. Foi ele quem lançou a primeira pedra da futura catedral, deixando quase concluída a construção. Os padres alemães concluíram-na, tendo à frente o Pe. Casimiro Spielmann que na época era pároco da Paróquia Santo Antônio em Alagoinhas e Vigário Geral da Diocese. Frei Leão de Marotta (Frei Leão Ricci) (12/03/1957);


Frei Lourenço de Conquista (23/03/1963);
Frei Germano de Colli del Tronto (Frei Germano Citeroni) (02/02/1964).
Frei Virgínio Civitanova (Frei Dário Romitti) (02/02/1966).

FUNDAÇÃO DA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS


Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário Romitti) - Primeiro pároco da Paróquia São Francisco de Assis - Alagoinhas / Bahia Frei Tiago de Assis Batista- segundo pároco da paróquia são Francisco de Assis Batista


Frei Everaldino Pires de Oliveira - terceiro pároco da Paróquia são Francisco - Alagoinhas


Com a divisão da paróquia de Alagoinhas, foi criada a 25 de abril de 1968, a paróquia São Francisco, ficando como responsáveis da mesma, os Frades Capuchinhos, sendo nomeado Frei Virgínio de Civitanova como primeiro Vigário, seguido por Frei Tiago de Assis Batista e depois por Frei Everaldino Pires de Oliveira (24 de março de 1975).

Após 19 anos de criação da Paróquia, assume Frei Carlos Inácio de Souza, aos oito de março de 1987, permanecendo até janeiro de 1991. Com a transferência de Frei Carlos Inácio para Itabuna, assume a Paróquia na condição de pároco o Frei José Jorge Rocha até 23 de julho de 1992, deixando a coordenação da Paróquia com o Frei Edmilson Pereira dos Santos, que fica até o dia 01 de dezembro de 1995, quando assume o Frei Orlando Santos Oliveira até o ano 2000.
Frer Orlando Santos Oliveira - Pároco da paróquia São Francisco de Assis (1995 - 2000).

No decorrer destes anos, foram construídas várias capelas nas diversas comunidades da Paróquia, inclusive a restauração do telhado da igreja São Francisco e a construção do Lar Franciscano e da Casa da Fraternidade, a reforma da Igreja Matriz de Araçás.
Em janeiro do ano 2000, o Frei Anilson Cardoso Vasconcelos, foi nomeado Pároco desta paróquia.
Frei Anilson Cardoso Vasconcelos

Depois, foram párocos: Frei Eliomar, Frei Manoel e Frei Sebastião.
A paróquia São Francisco contava com 54 comunidades, sendo 12 na zona urbana e 41 na zona rural. Algumas já estavam com uma boa caminhada, enquanto outras ainda em fase inicial.
Com a fundação da Paróquia de Santa Terezinha e de Araçás, a Paróquia de São Francisco perdeu grande parte de seu território urbano e rural.


domingo, 21 de novembro de 2010

DISCURSO DO PAPA AOS BISPOS DO NE 3

Discurso do Papa Bento XVI aos Bispos do Brasil (Nordeste 3) em visita ad limina – 2010

Senhor Cardeal,

Amados Arcebispos e Bispos do Brasil,


 

Saúdo calorosamente a todos vós, por ocasião da vossa visita ad Limina a Roma, aonde viestes reforçar os vossos vínculos de comunhão fraterna com o Sucessor de Pedro e por ele serdes animados na condução do rebanho de Cristo. Agradeço as amáveis palavras que Dom Ceslau Stanula, Bispo de Itabuna, dirigiu-me em vosso nome, e vos asseguro as minhas orações pelas vossas intenções e pelo amado povo nordestino, do vosso regional Nordeste 3.


 

Há mais de cinco séculos, justamente na vossa região, se celebrava a primeira Missa no Brasil, tornando realmente presente o Corpo e o Sangue de Cristo para a santificação dos homens e das mulheres desta bendita nação que nasceu sob os auspícios da Santa Cruz. Era a primeira vez que o Evangelho de Cristo vinha a ser proclamado a este povo, iluminando a sua vida diária. Esta ação evangelizadora da Igreja Católica foi e continua sendo fundamental na constituição da identidade do povo brasileiro caracterizada pela convivência harmônica entre pessoas vindas de diferentes regiões e culturas. Porém, ainda que os valores da fé católica tenham moldado o coração e o espírito brasileiros, hoje se observa uma crescente influência de novos elementos na sociedade, que há algumas décadas eram-lhe praticamente alheios. Isso provoca um consistente abandono de muitos católicos da vida eclesial ou mesmo da Igreja, enquanto no panorama religioso do Brasil, se assiste à rápida expansão de comunidades evangélicas e neo-pentecostais.


 

Em certo sentido, as razões que estão na raiz do êxito destes grupos são um sinal da difundida sede de Deus entre o vosso povo. É também um indício de uma evangelização, a nível pessoal, às vezes superficial; de fato, os batizados não suficientemente evangelizados são facilmente influenciáveis, pois possuem uma fé fragilizada e muitas vezes baseada num devocionismo ingênuo, embora, como disse, conservem uma religiosidade inata. Diante deste quadro emerge, por um lado, a clara necessidade que a Igreja católica no Brasil se empenhe numa nova evangelização que não poupe esforços na busca de católicos afastados bem como daquelas pessoas que pouco ou nada conhecem sobre a mensagem evangélica, conduzindo-os a um encontro pessoal com Jesus Cristo, vivo e operante na sua Igreja. Por outro lado, com o crescimento de novos grupos que se dizem seguidores de Cristo, ainda que divididos em diversas comunidades e confissões, faz-se mais imperioso, da parte dos pastores católicos, o compromisso de estabelecer pontes de contato através de um sadio diálogo ecumênico na verdade.


 

Tal esforço é necessário, antes de qualquer coisa, porque a divisão entre os cristãos está em contraste com a vontade do Senhor de que «todos sejam um» (Jo 17,21). Além disso, a falta de unidade é causa de escândalo que acaba por minar a credibilidade da mensagem cristã proclamada na sociedade. E hoje, a sua proclamação é talvez ainda mais necessária do que há alguns anos atrás, pois, como bem demonstram os vossos relatórios, mesmo nas pequenas cidades do interior do Brasil, observa-se uma crescente influência negativa do relativismo intelectual e moral na vida das pessoas.


 

Não são poucos os obstáculos que a busca da unidade dos cristãos tem por diante. Primeiramente, deve-se rejeitar uma visão errônea do ecumenismo, que induz a um certo indiferentismo doutrinal que procura nivelar, num irenismo acrítico, todas as "opiniões" numa espécie de relativismo eclesiológico. Paralelamente a isto está o desafio da multiplicação incessante de novos grupos cristãos, alguns deles fazendo uso de um proselitismo agressivo, o que mostra como a paisagem do ecumenismo seja ainda muito diferenciada e confusa. Em tal contexto – como afirmei em 2007, na Catedral da Sé em São Paulo, no inesquecível encontro que tive convosco, bispos brasileiros – «é indispensável uma boa formação histórica e doutrinal, que habilite ao necessário discernimento e ajude a entender a identidade específica de cada uma das comunidades, os elementos que dividem e aqueles que ajudam no caminho da construção da unidade. O grande campo comum de colaboração devia ser a defesa dos fundamentais valores morais, transmitidos pela tradição bíblica, contra a sua destruição numa cultura relativista e consumista; mais ainda, a fé em Deus criador e em Jesus Cristo, seu Filho encarnado» (n. 6). Por essa razão, vos incentivo a prosseguir dando passos positivos nesta direção, como é o caso do diálogo com as igrejas e comunidades eclesiais pertencentes ao Conselho Nacional das Igrejas Cristãs, que com iniciativas como a Campanha da Fraternidade Ecumênica ajudam a promover os valores do Evangelho na sociedade brasileira.


 

Prezados irmãos, o diálogo entre os cristãos é um imperativo do tempo presente e uma opção irreversível da Igreja. Entretanto, como lembra o Concílio Vaticano II, o coração de todos os esforços em prol da unidade há de ser a oração, a conversão e a santificação da vida (cf. Unitatis redintegratio, 8). É o Senhor quem doa a unidade, esta não é uma criação dos homens; aos pastores lhes corresponde a obediência à vontade do Senhor, promovendo iniciativas concretas, livres de qualquer reducionismo conformista, mas realizadas com sinceridade e realismo, com paciência e perseverança que brotam da fé na ação providencial do Espírito Santo.


 

Queridos e venerados irmãos, procurei evidenciar brevemente neste nosso encontro alguns aspectos do grande desafio do ecumenismo confiado à vossa solicitude apostólica. Ao despedir-me de vós, reafirmo uma vez mais a minha estima e a certeza das minhas orações por todos vós e pelas vossas dioceses. De modo particular, quero aqui renovar a expressão da minha solidariedade paterna aos fiéis da diocese de Barreiras, recentemente privados da guia do seu primeiro e zeloso pastor Dom Ricardo José Weberberger, que partiu para a casa do Pai, meta dos passos de todos nós. Que repouse em paz! Invocando a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, concedo a cada um de vós, aos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas, aos seminaristas, aos catequistas e a todo povo a vós confiado uma afetuosa Bênção Apostólica.


 

IGREJA CATÓLICA SOBE PARA 2º LUGAR NO RANKING DE INSTITUIÇÕES MAIS CONFIÁVEIS




Uma pesquisa que aponta o Índice de Confiança na Justiça (ICJ Brasil), feita pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela que a Igreja Católica está em 2º lugar no ranking de confiança das instituições. Com 54%, ela fica atrás apenas das Forças Armadas, que têm 66%.


Antes a Igreja ocupava a 7ª posição, com 34%. Houve, portanto, um aumento de 60% no terceiro trimestre deste ano em comparação com os três meses anteriores.


"A Igreja só perde para as Forças Armadas e ganha de longe do governo federal e, inclusive, das emissoras de TV que normalmente são instituições consideradas confiáveis pela população", disse a professora da Direito GV e coordenadora do ICJ Brasil Luciana Gross Cunha.


O ICJ Brasil foi criado pela Escola de Direito da FGV para verificar o grau de confiança no Judiciário e como a população utiliza o poder para a reivindicação de direitos e busca por soluções. Nesta pesquisa o Judiciário aparece em 8º lugar com 33%.


Outras instituições tiveram o seguinte resultado: Grandes Empresas (44%); Emissoras de TV (44%); Governo Federal (41%); Imprensa escrita (41%), Polícia (33%); Congresso Nacional (20%) e os partidos políticos (8%).




(http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/5216-igreja-catolica-sobe-para-2o-lugar-no-ranking-de-instituicoes-mais-confiaveis).

USO DA CAMISINHA

Bento XVI


CAMISINHA É ACEITÁVEL EM ALGUNS CASOS, DIZ BENTO 16


CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O uso de camisinha para impedir que a Aids se espalhe pode ser justificado em certos casos limitados, disse o papa Bento 16 em um livro que será publicado na próxima semana.
Em trechos publicados no jornal do Vaticano neste sábado, o papa menciona o exemplo do uso de camisinha por prostitutas como 'o primeiro passo para a moralização', mas diz que os preservativos 'não são realmente a maneira de lidar com o mal da infecção por HIV'.
Embora alguns líderes católicos também tenham falado sobre o uso limitado de camisinhas em casos específicos para impedir o contágio pela Aids, essa é a primeira vez que o papa menciona a possibilidade.
(Reportagem de Philip Pullella)
http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=26427508



SANTA SÉ DEFINE DIRETRIZES CONTRA ABUSOS SEXUAIS


Reunião dos Cardeais


Falando aos 150 cardeais de todo o mundo, que se reuniram ontem, 19, com o Papa, no Vaticano, o cardeal norte-americano explicou que a iniciativa visa oferecer um “programa coordenado e eficaz”. A comunicação feita pelo cardeal é intitulada “Resposta da Igreja aos casos de abuso sexual: rumo a uma orientação comum”.
O cardeal Levada ofereceu uma “atualização sobre a legislação canônica relativa ao delito de abuso sexual sobre menos” e destacou a “mais ampla responsabilidade dos bispos pela tutela dos fiéis que lhes são confiados”.
Dom Levada lembrou o exemplo de “escuta e acolhimento das vítimas” por parte de Bento XVI e falou da “colaboração com as autoridades civis”.

De acordo com o cardeal, é necessário um “compromisso eficaz de proteção das crianças e dos jovens”, bem como “uma atenta seleção e formação dos futuros sacerdotes e religiosos”.

Houve, pelo menos, 12 intervenções de cardeais, sugerindo que as conferências episcopais desenvolvam “planos eficazes, articulados, completos e decididos para a proteção dos menores”. Esses planos devem ter em conta os vários aspectos do problema e linhas de intervenção, “seja para restabelecer a justiça, seja para a assistência das vítimas”, procurando a prevenção e formação, “mesmo nos países onde o problema não se manifestou de modo tão dramático como noutros”.

CNBB/RV

http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/internacional/5230-santa-se-define-diretrizes-contra-abusos-sexuais

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CAPUCHINHOS COMEMORAM 70 ANOS DE SUA PERMANÊNCIA EM ALAGOINHAS - BAHIA

Igreja de São Francisco - Alagoinhas / Bahia


A Província Nossa Senhora da Piedade dos Capuchinhos de Bahia e Sergipe, juntamente com a Paróquia de São Francisco de Assis de Alagoinhas estão comemorando os 70 anos da chegada dos Padres Capuchinhos a Alagoinhas.
A solenidade será realizada no dia 21 de novembro de 2010, às 18h na igreja de São Francisco de Assis.


A solenidade será precedida por um tríduo, tendo como tema: CAPUCHINHOS - 70 ANOS DE VIDA E MISSÃO NESTE CHÃO.

Apresentamos aqui alguns dados sobre os padres capuchinhos na Bahia e em Alagoinhas.


CAPUCHINHOS NA BAHIA

1. Capuchinhos franceses na Bahia 1670 – 1700.

Frei Martinho de Nantes da província de Bourbon – veio para dirigir as Missões do Rio São Francisco, trabalhando com as aldeias indígenas de Aracapá e Cavalo.
Em 1683, dá início á construção do Hóspice de Nossa Senhora da Piedade em Salvador da Bahia. Do qual foi superior. A construção foi concluída em 1686.
A piedade se tornou residência oficial dos Missionários Capuchinhos da Bahia.


2. Capuchinhos italianos na Bahia (1705).

Em 1705, A Congregação de Propaganda Fide confia à Missão da Bahia aos capuchinhos italianos de várias províncias, inclusive da Província das Marcas.
Vinham em grupos de 10 ou 12 frades. Os missionários (cerca de 160) tinham como superior maior o Prefeito Apostólico. Havia cerca de 3.000 índios sob seus cuidados.


3. Capuchinhos da Província das Marcas Ancona – Itália - (1892 – 1937).

Em 1887, foi publicado o novo Estatuto das Missões, foi estabelecido que cada província assumisse uma missão e zelasse por ela.
Assim, a Prefeitura Apostólica da Bahia foi confiada à Província Capuchinha de Ancona – Marcas – Itália, em 17 de novembro de 1891.
Em 1938, A Missão da Bahia passou a ser Custódia Provincial. Trinta e quatro religiosos italianos chegaram para trabalhar no campo missionário.
Em 1970, A Custódia Provincial passou a ser Vice-Província e em 1983 passou a ser Província independente, abrangendo o estado da Bahia e Sergipe.

CAPUCHINHOS EM ALAGOINHAS


Aos oito de dezembro de 1939, Frei Pedro de Crispiero, custódio provincial da Bahia e Sergipe, acompanhado de Frei Boaventura de Elcito e de Frei Estêvão de Recanati, com a finalidade de encontrar um lugar para a construção do convento e seminário.
Encontraram o sítio de D. Adélia Valverde Bastos, situado à Rua 24 de outubro (atual Lauro de Freitas) e decidem por este local. Aos 26 de dezembro de 1939, já era passada a escritura do terreno.
Em fevereiro de 1940, é enviado para Alagoinhas, o Frei Gregório de San Marino que dá início aos alicerces, passando em seguida, aos cuidados de Frei Estêvão de Recanti.
Aos 26 de janeiro de 1941, eram inaugurados o convento e seminário, passando a residir os quatro religiosos: Frei Inocêncio, Frei Pedro de Cispiero, Frei Germano de Colli e Frei Isaías de Civitanova e mais 20 seminaristas.


Frei Fidélis de Itabainha - Primeiro Pároco capuchinho da paróquia Santo Antônio em Alagoinhas- Bahia


No dia 16 de junho de 1954, devido ao afastamento do Vigário, Cônego Afonso Godinho, dos trabalhos paroquiais, é nomeado, pelo senhor Cardeal Dom augusto Álvaro da Silva, Frei Fidélis de Itabaiana, como Vigário substituto da Paróquia de Alagoinhas, tendo como colaboradores, os confrades: Frei Isidoro de Loreto, Frei Benjamim de Villa Grande, Frei Caetano de Altamira, Frei Silvério de Cingoli e Frei Apolônio de Barra de São Pedro.
Em novembro deste mesmo ano, a responsabilidade da paróquia passa para o Padre Rosalvo Pimentel. E aos dois de maio de 1955, por determinação do senhor Cardeal, a Paróquia passa novamente a ser assumida pelos religiosos Capuchinhos, tendo como encarregado da freguesia, Frei Fidélis de Itabaiana.


Entre muitas atividades espirituais, realizadas pelos frades Capuchinhos, nesta cidade, podemos destacar ainda as seguintes construções:


• Lançamento da primeira pedra da nova Capela Nossa Senhora de Fátima, no dia 13 de maio de 1956, tendo como encarregado da construção, Frei Caetano de altamira.
• Lançamento da primeira pedra da nova Igreja Matriz, no dia 20 de abril de 1958 e fase inicial da Capela Nossa Senhora de Fátima, sendo vigário, Frei Leão de Marotta. (neste mesmo ano Frei Caetano foi nomeado Bispo de Ilhéus).
• Aquisição de uma casa, à Rua Teresópolis, nº 584, onde funcionaria o Palácio Residencial do bispo da futura Diocese de Alagoinhas, sendo responsável Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário Romitti).
• Conclusão dos trabalhos da nova Matriz, em 31 de junho de 1965.
• Reforma das capelas de Aramari e Riacho da Guia.

À frente desses trabalhos mencionados, tivemos como Vigário da Paróquia Santo Antônio, os seguintes Frades:
Frei Leão de Marotta pároco de Alagoinhas - lançou a primeira pedra da catedral , deixando quase concluída a construção


Frei Fidelis de Itabaiana (16/06/195);
Frei Leão de Marotta (Frei Leão Ricci) (12/03/1957);
Frei Lourenço de Conquista (23/03/1963);
Frei Germano de Colli (Frei Germano Citeroni) (02/02/1964))
Frei Virgínio Civitanova ( Frei Dário Romitti) (02/02/1966) .

FUNDAÇÃO DA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário Romitti) - Primeiro pároco da Paróquia São Francisco de Assis - Alagoinhas / Bahia




Frei Tiago de Assis Batista- segundo pároco da paróquia são Francisco de Assis




Frei Everaldino Pires de Oliveira - terceiro pároco da Paróquia São Francisco - Alagoinhas


Com a divisão da paróquia de Alagoinhas, foi criada a 25 de abril de 1968, a paróquia São Francisco, ficando como responsáveis da mesma, os Frades Capuchinhos, sendo nomeado Frei Virgínio de Civitanova como primeiro Vigário, seguido por Frei Tiago de Assis Batista e depois por Frei Everaldino Pires de Oliveira (24 de março de 1975).
Após 19 anos de criação da Paróquia, assume Frei Carlos Inácio de Souza, aos oito de março de 1987, permanecendo até janeiro de 1991. Com a transferência de Frei Carlos Inácio para Itabuna, assume a Paróquia na condição de pároco o Frei José Jorge Rocha até 23 de julho de 1992, deixando a coordenação da Paróquia com o Frei Edmilson Pereira dos Santos, que fica até o dia 01 de dezembro de 1995, quando assume o Frei Orlando Santos Oliveira até o ano 2000.


Freri Orlando Santos Oliveira - Pároco da paróquia São Francisco de Assis (1995 - 2000) .


No decorrer destes anos, foram construídas várias capelas nas diversas comunidades da Paróquia, inclusive a restauração do telhado da igreja São Francisco e a construção do Lar Franciscano e da Casa da Fraternidade, a reforma da Igreja Matriz de Araçás.
Em janeiro do ano 2000, o Frei Anilson Cardoso Vasconcelos, foi nomeado Pároco desta paróquia. Depois, foram párocos: Frei Eliomar, Frei Manoel e Frei Sebastião.
A paróquia São Francisco contava com 54 comunidades, sendo 12 na zona urbana e 41 na zona rural. Algumas já estavam com uma boa caminhada, enquanto outras ainda em fase inicial.
Com a fundação da Paróquia de Santa Terezinha e de Araçás, a Paróquia de São Francisco perdeu grande parte de seu território urbano e rural.
.

sábado, 9 de outubro de 2010

FREI LEÃO RICCI

Um nome que Alagoinhas não esquece
Frei Leão Ricci
No dia 24 de outubro de 2010 faz 23 anos que nosso querido Frei Leão Ricci (Frei Leão de Marotta) faleceu deixando-nos cheios de saudades.
Grande parte de sua vida foi dedicada ao povo de Alagoinhas e da região. Italiano de nascimento, tornou-se um brasileiro de coração, baiano e cidadão alagoinhense.

Nasceu na cidade de Marotta, província de Pêsaro – Itália, diocese de Fano, aos dois de julho de 1914. Recebeu no batismo o nome de Sinibaldo Ricci. Seus pais: Giuseppe Ricci e Anunziata Gheti. Adolescente, entrou para o seminário dos Frades Menores Capuchinhos de Pêsaro – Itália;





Convento capuchinho de Camerino (MC) - Itália,
onde Frei leão fez o noviciado, tornando-se religioso capuchinho


fez o noviciado em Camerino (Itália) no ano de 1929, recebendo o nome religioso de Fra Leone da Marotta (conforme costume da época); cursou Filosofia no Seminário Capuchinho em Ancona e Teologia no Studio Teologico di Loreto (AN) – Itália. Ordenou-se sacerdote em Loreto, aos 11 de julho de 1937. Em novembro de 1939, Frei Leão veio para o Brasil como missionário.

Igreja de Nossa Senhora da Piedade - Salvador - Bahia (Primeira residência de Frei Leão ao chegar ao Brail)

Chegando ao Brasil, ficou no Convento da Piedade em Salvador – Bahia, onde foi professor de Teologia Moral e Direito Canônico dos estudantes capuchinhos de Teologia (1940 – 1942); foi assistente da Custódia Provincial e depois, Custódio Provincial (1952 – 1956); pároco em Alagoinhas; vigário e diretor da Escola Agrícola de Esplanada; Superior do convento em Alagoinhas; novamente Pároco da Paróquia de Santo Antônio em Alagoinhas (1986 – 1987); lançou a primeira pedra e inaugurou a igreja Matriz de Santo Antônio – hoje, Catedral. (Com a vinda dos padres alemães para essa paróquia, a igreja sofreu algumas modificações).

Igreja de São Francisco de Assis - Alagoinhas - Bahia

Frei Leão passou 26 anos em Alagoinhas. Além das atividades citadas, ele realizou muitas outras: Criou as escolas paroquiais, fundou o “Rosário da Caridade – entidade social que deu origem à Promoção Humana de Alagoinhas (Atual Cáritas Diocesana de Alagoinhas);


Igreja Catedral de Alagoinhas - Bahia


construiu chafarizes e centro comunitário no bairro Favela (hoje Bairro Santo Antônio); fundou o Lar Franciscano para abrigar idosas em situação de abandono; o centro comunitário de Alagoinhas Velha; reformou a igreja desse bairro; criou escolas de corte, costura e artesanatos; fundou a creche de Alagoinhas Velha para crianças pobres, filhas de pais e mães de baixa renda. Quis o destino ou a Providência que, justamente no dia da inauguração dessa creche, ele fosse acidentado e viesse a falecer dias depois – 24/10/1987.

Cidadão honorário de Alagoinhas. Título dado pela Câmara Municipal em reconhecimento pelo compromisso do venerável Frei Leão para com o povo desata cidade. Italiano que se fez missionário e, como tal, se fez brasileiro, baiano, irmão dos baianos, Pai espiritual do povo de Alagoinhas, ‘Patriarca desta cidade’, Pai da fé das famílias de Alagoinhas”.



Igreja de Santo Antônio de Alagoinhas Velha - Frei Leão está sepultado no interior dessa igreja

Seus restos mortais repousam no interior da igreja de Santo Antônio no bairro de Alagoinhas Velha – nesta cidade. Local mais apropriado não poderia existir, devido o grande amor que ele sempre demonstrou a seus habitantes.

LAR FRANCISCANO



Lar Franciscano Emma Barbetti - Alagoinhas - Bahia


O Lar Franciscano Emma Barbetti, em Alagoinhas – Bahia, é uma sociedade civil, de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter beneficente e assistência social e de inspiração cristã. Sua finalidade é a promoção de ações assistenciais as Idosas em situação de carência e desamparo familiar e, de modo especial, a velhice pobre e desamparada do município de Alagoinhas – conforme consta em seu Estatuto.

Essa instituição foi fundada pelo sacerdote capuchinho Frei Leão Ricci (Frei Leão de Marotta), em 20 de setembro de 1971. Ele deu toda a assistência material, moral e espiritual até a morte. Daí para cá, o pároco, o superior do convento, ou outro padre da comunidade capuchinha, continuam dando apoio moral e assistência religiosa.

Frei Leão Ricci (*02/07/1914 - Marotta (Itália) + 24/10/1987 - Alagoinhas -Bahia - Brasil) - fundador do Lar Franciscano Emma Barbetti em Alagoinhas - Bahia


Tendo em vista a sua origem, o Lar Franciscano mantém uma estreita ligação com a Ordem Franciscana Secular (OFS), sendo que, conforme seu Estatuto, 50% dos membros da diretoria devem ser de membros da OFS da Fraternidade São Francisco de Assis de Alagoinhas.





Grupo de internas do Lar - no pátio.


Critérios para admissão de uma idosa ao Lar Franciscano: Primeiramente, que seja carente e/ou abandonada, preferencialmente do município de Alagoinhas. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente, tendo-se presente a indigência e o abandono dos familiares. O internamento é comunicado ao Ministério Público e ao Conselho Municipal do Idoso. A entidade segue rigorosa e cuidadosamente as normas e exigências dos órgãos públicos que regulamentam essa matéria.

A casa tem capacidade para abrigar 34 internas, mas está-se fazendo uma ampliação que permitirá abrigar até 48 idosas.
O Lar Franciscano Emma Barbetti é administrado por uma Diretoria e pelo Conselho Fiscal, composta e eleita pela Assembléia Geral. Os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal não são remunerados.



Idosas do Lar em recreação

O Lar não é uma instituição de caridade gratuita. É mantido pela contribuição das próprias internas (dentro das possibilidades de cada uma); pela modesta mensalidade de seus sócios; por doações de voluntários e de convênios com a Ação Social do Município.



Endereço: Lar Franciscano Emma Barbetti
Rua Lauro de Freitas, 48
48.005-195 – Alagoinhas – Bahia.
Tel.: (75) 3422-1444. E-mail: larfran@oi.com.br.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

FREI FIDÉLIS , HOMEM EMPREENDEDOR.

Frei Fidélis de Itabaiana (Itabaiana - SE, 23/04/1918 - Salvador, 18/09/2010).


No dia 18 de setembro de 2010, Frei Fidélis de Itabaiana (Pedro Alves de Oliveira), da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, faleceu em Salvador e no dia 19, foi celebrada a missa de corpo presente na Igreja de são Francisco de Assis em Alagoinhas – Bahia. Seu corpo foi sepultado no Cemitério da Calu, nessa cidade.
Frei Fidélis faleceu aos 92 anos de idade e 68 de ministério sacerdotal. Maior parte de sua vida foi dedicada a Alagoinhas. Muito conhecido e querido na cidade e região. Sergipano de nascimento, natural de Itabaiana – SE, e cidadão alagoinhense pela gratidão de seu povo.
Ordenado em 1942, desde a juventude, Frei Fidélis atuou como pároco, distinguindo-se pelo seu espírito inovador. Na pastoral, dedicou-se, com ardoroso empenho, na formação religiosa da juventude através da Cruzada Eucarística e da Pia União das Filhas de Maria, além de outras de educar.
Com alegria, ele viu em sua idade madura e na velhice os frutos de seu trabalho, principalmente em Alagoinhas, com tantas pessoas engajadas na paróquia, nas pastorais, nos movimentos, as quais receberam, na infância e juventude, sólida formação religiosa.
Frei Fidélis sabia congregar na Cruzada eucarística e na Pia União das filhas de Maria crianças e jovens oriundas das famílias de mais destaque na sociedade, como as de origem mais humildes e dos bairros mais pobres. A organização, a disciplina e o bom gosto chamavam a atenção de todos. Seu zelo apostólico foi sempre sem par.
Muitas crianças e adolescentes da Cruzada Eucarística, mais tarde, ingressaram na Política e se tornaram vereadores, prefeito, vice-prefeito, deputado estadual. Outros conseguiram lugar de destaque no mundo empresarial ou como profissionais liberais bem sucedidos.
Também, Frei Fidélis se destacou na preocupação pela formação profissional de seus paroquianos, fundando a União das Voluntárias de Alagoinhas, com sede própria e oferecendo diversos cursos profissionalizantes. Muitas jovens e tantos jovens ingressaram no mercado de trabalho ou se mantiveram como autônomos, graças ao que aprenderam nos cursos ministrados na “escola de Frei Fidélis” - como chamavam. Nosso querido frei foi o pioneiro da Promoção Humana de Alagoinhas ou da Cáritas Diocesana de Alagoinhas.
Muitos foram “os desafios vencidos com fé”, na sua missão. A esse religioso faz jus o seu nome: Fidélis (fidelis – do latim = fiel). Obrigado Frei! Requiescat in pace – Amen.
Tiago de Assis Batista

sábado, 2 de outubro de 2010

FREI VILARES

Frei Vilares paramentado e com a farda do Exército


No dia 30 de setembro de 2010, faleceu em Salvador - Bahia Frei Lourival Pereira Vilares ( Frei Jorge de Altamira). Com a presença dos confrades capuchinhos, religiosas, familiares, amigos e representantes do Exército Brasileiro - ao qual ele serviu como capelão - foi celebrada a missa de corpo presente, na Igreja Nossa senhora da Piedade, em Salvador, às 14h do dia primeiro de outubro. Após a missa, seu corpo foi conduzido ao Cemitério do Campo Santo, onde foi sepultado.


Frei Vilares nasceu no distrito de Altamira, município de Conde - Bahia, no dia 27 de outubro de 1923, adolescente, entrou para o Seminário Seráfico em Esplanada - Ba., ingressou no noviciado capuchinho aos 14 de fevereiro de 1942; preferiu os votos simples aos 15 de fevereiro de 1943; fez os votos solenes aos 17 de agosto de 1946; foi ordenado sacerdote pela imposição das mão de Dom Augusto Álvaro Cardeal da Silva aos 11 de junho de 1949.


Iniciou suas atividades como professor no Seminário Seráfico de Esplanada, depois, no Seminário Seráfico Santo Antônio em Feira de Santana - Ba. Exerceu o múnus sacerdotal em várias paróquias de estado da Bahia: Esplanada, Conde, Rio Real; Acajutiba, aporá, Alagoinhas, Feira de Santana, Jaguaquara, Ituruçu e em tantas outras.


Foi capelão militar do Éxército Brasileiro, atuando em Recife por 30 anos. Indo para reserva, ainda serviu á provincia nas comunidades de Feira de Santana, Salvador e Alagoinhas. sua partida deixa grande saudade em todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com ele ou dele se aproximarem. que repouse em paz e a Luz Perpétua o ilumine.


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

FREI FIDÉLIS DE ITABAIANA - OFMCap

Frei Fidélis - em sua juventude


Frei Fidélis de Itabaiana, OFMCap. - em sua idade avançada
(*26/04/1918 - +18/09/2010)

No dia 18 de setembro de 2010, faleceu em Salvador, o Frei Fidélis de Itabaiana que residia no convento capuchinho de Alagoinhas – Bahia. No dia 19, às 15h, houve missa de corpo presente na igreja de São Francisco de Assis em Alagoinhas, com a participação de numerosos confrades e outros sacerdotes, religiosos e religiosas, parentes e amigos do frei.

O ministro provincial dos capuchinhos de Bahia e Sergipe Frei Rubival ,Cabral Brito, presidiu a concelebração. Estiveram presentes o bispo diocesano Dom Paulo Romeu e o bispo emérito Dom Jaime Mota de Farias.

Na homilia, Frei Rubival fez um resumo da vida de frei Fidélis:

“Frei Fidélis de Itabaiana tinha o nome civil de Pedro Alves de Oliveira; nasceu aos 26 de abril de 1918 na ‘Vila de Santo Antonio e Almas' de Itabaiana, no Agreste Sergipano; filho de Alexandre Alves dos Santos e Maria Clemência de Oliveira. Iniciou sua vida religiosa em 3 de setembro de 1930, quando o seu Pai foi levá-lo ao então Seminário Seráfico de Esplanada - Bahia. Ali recebeu os fundamentos de iniciação à vida cristã e religiosa. Estudou Filosofia no Seminário Seráfico de Guaramiranga no Estado do Ceará. Depois, foi para Salvador, onde estudou a Sagrada Teologia no Convento de Nossa Senhora da Piedade. Emitiu sua consagração temporária em 28 de agosto de 1940. Em 19 de dezembro de 1942, foi Ordenado Presbítero pela Oração da Igreja mediante a imposição das mãos de Dom Augusto Álvaro da Silva, Cardeal, Primaz do Brasil”.

“Durante os seus 70 anos de vida religiosa capuchinha e seus 68 anos de Ministério Sacerdotal, prestou relevantes serviços à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, à Igreja e à Sociedade”.

“Em seu Apostolado Paroquial foi Vigário:

• Na Bahia: Jaguaquara, Itiruçu, Itaquara, Muritiba, Conde, Inhanbupe, Irará, Conceição do Coité, Abadia, Itaberaba e em Alagoinhas, onde fez dessa terra sua cidade natal e de coração;

• Em Sergipe: Ribeirópolis, Santa Luzia do Itanhy, Estância, Indiaroba e Itabaiana;

• Foi Missionário Pregando Santas Missões Populares em várias cidades da Bahia e de Sergipe.

• Realizações pastorais e sociais: implantou Cruzada Eucarística por onde trabalhou, Pia União das Filhas de Maria em Alagoinhas e Muritiba; Fundou o Dispensário Menino Jesus de Ribeirópolis, criou a Ação Católica e a União das Voluntárias de Alagoinhas na Paróquia de Santo Antônio em Alagoinhas; fundou várias escolas profissionalizantes e creches.

• Recebeu vários títulos de cidadão de: Ribeirópolis; Alagoinhas; Estância e Jaguaquara;

• Conhecedor da língua portuguesa, do latim; italiano; francês, alemão e tupy-guarany;

• Um apaixonado pelas Sagradas Escrituras de onde nasciam seus magníficos sermões e pregações que por muitos anos alimentaram a vida de milhares de fiéis que freqüentavam o nobre horário da missa do domingo às 06h30min da manhã”.

“Frei Fidélis investiu suas melhores energias para promover a fé e a cidadania. Por isso, sua memória permanecerá viva no coração de quem com ele conviveu, trabalhou, participou de suas datas festivas de aniversários, festas, eventos. Frei Fidelis foi um homem por vezes polêmico e avançado para sua época, bem intencionado e por muitos, mal interpretado. Viveu e promoveu conflitos na Fraternidade, na Província dos Capuchinhos, nas Dioceses por onde passou, nas cidades por onde trabalhou. Seu maior desejo era fazer o bem, ajudar o próximo, e, sobretudo se sentir amado e reconhecido. Sabemos que poucas vezes isso aconteceu. Frei Fidelis procurou com toda sua história, iniciativas, e projetos, construir o Reino de Deus; por isso gastou sua vida”.

“Tudo que fez, procurou fazer com dedicação, cuidado e perfeição: professor do seminário, diretor e fundador de obras sociais; atento e zeloso, sacerdote ungido e cônscio da sua missão sagrada; confessor, defensor do direito, da moral e dos bons costumes. Amante da Igreja Católica, da Eucaristia e devotíssimo da Virgem Maria. A quem nutria uma confiança plena rezando várias vezes, durante o dia, o santo rosário. E de maneira mais intensa, nos últimos momentos de sua existência, certo de que a Mãe de Jesus não o abandonaria e de que ela é caminho seguro que nos conduz em Cristo para casa do Pai”.

“Frei Fidelis pregou a salvação de Deus, anunciando o Evangelho da paz e da redenção. Ministrou incansavelmente o sacramento da Unção dos Enfermos a quem o procurasse. Celebrou com fé e muita piedade os mistérios sagrados do Batismo, do Matrimônio e especialmente a Eucaristia, alimento divino para os batizados na fé pascal que a todos faz passar da morte para a vida. Estendeu a mão para, em nome de Deus, perdoar os pecadores e devolver a paz e a reconciliação aos corações feridos”.

“Nos últimos anos, por causa de sua saúde delicada, passou a necessitar de cuidados especiais, onde encontrou apoio dos seus confrades, dos amigos e amigas, dos médicos e particularmente do Frei José Antônio, seu acompanhante diário”.

“Fez um caminho de cruz, de suplício, próprio da natureza humana. Mas, confiante em Deus e na Virgem Mãe, enfrentou a morte esperando por ela a cada dia, logo que foi informado pela equipe médica que havia esgotado os recursos das ciências. Ontem, sábado, dia 18 de setembro, onde a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora e a renovação das promessas da Mãe Rainha, por volta das 15h - hora da misericórdia - partiu para a vida que não conhece os limites humanos, terrenos, a vida plena, a Casa do Pai. Vinde Bendito de meu Pai. Agora, Frei Fidélis descansa na paz de Deus”.

“Frei Fidelis fez de Alagoinhas a sua segunda terra natal, residindo e trabalhando por mais de cinquenta anos. Bem que merecia ser chamado de frei Fidelis de Alagoinhas”.

“Conversando sobre sua partida, primeiro me entregou a documentação para ser sepultado com seus familiares em Itabaiana. Depois, em outros momentos, após consultar seu coração, revelou seu desejo profundo de ser sepultado em Alagoinhas, sua terra, onde se tornou também cidadão. Assegurei-lhe que rezarei como intenção particular em todas Santas Missas enquanto vida tiver e que após o período necessário, suas relíquias serão colocadas no ossuário desta Igreja de São Francisco”.

“A Província dos Capuchinhos de Bahia e Sergipe agradece a Deus pelo frade capuchinho que passou na Província procurando fazer o bem, testemunhando e anunciando o Reino dos Céus.
Frei Fidelis de Itabaiana seja acolhido pelo Bom Pastor, Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, o Filho de Deu, a quem o senhor soube tão bem servir neste mundo”.

domingo, 26 de setembro de 2010

CARITAS DIOCESANA DE ALAGOINHAS - HISTORICO

Diretoria da Cáritas Diocesana de Alagoinhas (2007-2008)

A caminhada da Cáritas Diocesana de Alagoinhas caracteriza-se por três etapas que revelam um rosto específico da época.

1. Ação Católica (1955 – 1970)

A “Ação Católica de Alagoinhas” foi criada em 13 de junho de 1955, no dia da festa de Santo Antônio, padroeiro da paróquia e da cidade de Alagoinhas. Era uma iniciativa dos Padres Capuchinhos do Convento de São Francisco de Assis em Alagoinhas, que cuidavam da Pastoral na cidade, na época ainda pertencendo a Arquidiocese de São Salvador da Bahia. A Ação Católica de Alagoinhas foi criada com a finalidade de promover o amparo social das comunidades mais carentes, cuidando da educação integral (alfabetização de adultos, cursos de higiene, cursos profissionalizantes etc.).

Nessa época, aconteceram algumas iniciativas:

a) A Paróquia realizou uma Campanha de Construção de Chafarizes” para oferecer água potável e de boa qualidade à população dos bairros da periferia e organizou as Escolas Paroquiais em convênio com o Governo do Estado.

b) Frei Fidélis de Itabaiana, capuchinho, trouxe do Rio de Janeiro, durante o governo do presidente Castelo Branco, um núcleo da “União das Voluntárias” - cujo objetivo era a educação para o trabalho - e implantou em Alagoinhas, nascendo, então, a União das Voluntárias de Alagoinhas (UVA) . Logo foram criados cursos de datilografia, corte e costura, bordado à máquina, flores e culinária. A entidade teve sede própria na Rua Carlos de Azevedo (Rua da Usina), cujo terreno foi doado pela Prefeitura Municipal de Alagoinhas e a construção foi realizada com ajuda dos Governos Federal e Estadual; os materiais dos cursos eram pagos com ajudas governamentais através de convênios e os professores pagos através da contribuição simbólica dos alunos. A União das Voluntárias de Alagoinhas funcionou até o ano de 1990, vindo a ser extinta e o imóvel, onde funcionavam os cursos, foi passado para o Convento da Piedade em Salvador - Bahia.

c) O “Rosário da Caridade – entidade criada por iniciativa do capuchinho Frei Caetano Maria de Altamira em 08/10/52 - tinha como finalidade:

· Amparar a velhice desprotegida e a criança pobre ou órfã, com a construção de abrigos, creches e escolas;
· Prestar serviços médicos, culturais e alimentares, respeitando as disponibilidades financeiras e pessoais;
· Administrar os recursos financeiros provenientes da contribuição dos sócios ou advindos de quaisquer outras fontes. (Conf. Estatutos).

A sede oficial do Rosário da Caridade era no Convento de São Francisco, em Alagoinhas, mas as atividades eram desenvolvidas em um imóvel situado aos fundos da igreja de Nossa Senhora de Fátima na Praça Santa Isabel – hoje casa paroquial.

d) Frei Leão fundou, na mesma época, o Lar Franciscano Emma Barbetti (a fundação foi oficializada em 20 de setembro de 1971). A finalidade do Lar, conforme o estatuto original, é assistir a velhice em geral e, de modo especial, a velhice pobre e desamparada, e desenvolver qualquer obra que se enquadre em suas finalidades, “dentro de suas possibilidades e na medida em que as circunstâncias o permitirem” (Ver estatuto original).

2. Promoção Humana de Alagoinhas (1970 – 2002)

Pela iniciativa de Dom José Cornelis, primeiro Bispo da nova Diocese de Alagoinhas, a Ação Católica de Alagoinhas passou a ser chamada “Promoção Humana da Diocese de Alagoinhas”. Essa mudança de nome aconteceu no dia 17 de outubro de 1970 assim destacando mais ainda o aspecto promocional da entidade.

A nova Diocese de Alagoinhas surgiu logo após o Concilio Vaticano II, abrindo-se para uma visão renovada de Igreja e de ação pastoral:

· Dom José criou o Centro Diocesano de Formação, que investe na formação e responsabilidade dos leigos, cria-se uma escola catequética, surgem as Pastorais Sociais como a Pastoral Rural - a partir de Inhambupe - e as Pastorais das Creches, da Criança e da Saúde - a partir de Alagoinhas.
· Forma-se a Comissão Diocesana de Justiça e Paz, destacando pela primeira vez a dimensão cidadã e libertadora da ação social da Igreja. Era a época da criação de creches nas comunidades da periferia de Alagoinhas; da fundação da Pastoral do Menor - a partir de um trabalho de base com as crianças e adolescentes em situação de risco; da campanha dos sanitários e das casas populares nos bairros do Barreiro e de Miguel Velho; dos cursos de relações humanas e de cidadania nas Comunidades Eclesiais de Base; da formação profissional da juventude do campo com a implantação da Escola Família Agrícola em Riacho da Guia e da defesa dos lavradores, organizando-se os Sindicatos e entidades sociais.
· Promove-se também a primeira Semana Social em 1999, com o tema Justiça e Solidariedade: Resgate da Dignidade Humana.


A Promoção Humana tornou-se a entidade integradora das Pastorais Sociais da Diocese de Alagoinhas - como a Pastoral da Criança, a Pastoral das Creches, a Pastoral do Menor, a Pastoral Rural, a Pastoral dos Pescadores, a Pastoral de Saúde, e dos Movimentos de Adolescentes, Crianças e das Mulheres (lavradoras, lavadeiras etc.)

3. Cáritas Diocesana de Alagoinhas (a partir de 2002)

Para integrar melhor a Promoção Humana da Diocese de Alagoinhas na rede da Cáritas Brasileira, a Assembléia Ordinária de 2002 tomou a decisão de mudar mais uma vez o nome da entidade, que passou a chamar-se Cáritas Diocesana de Alagoinhas. A partir daí, novas entidades se afiliaram como a Pastoral Afro, a Pastoral Carcerária e a Comunidade de Taizé, através da Fundação do Caminho - que desenvolve um trabalho exemplar com pessoas com deficiência - e outras entidades atuando neste setor.

A partir da Campanha da Fraternidade de 2003, cujo tema era: Fraternidade e os Idosos, deu-se uma atenção maior aos abrigos de idosos existentes na Diocese, possibilitando um acompanhamento mais sistemático.

Em sintonia com as Pastorais Sociais da CNBB, promoveu-se em 2005 a 2ª Semana Social da Diocese de Alagoinhas com o tema: Mutirão por um novo Brasil!

Dando mais ênfase ao Programa de Convivência com o Semi-árido, criou-se uma articulação das nove paróquias pertencentes ao Semi-árido da Diocese de Alagoinhas, reivindicando uma Unidade Gestora Micro-regional (UGM) para a construção de cisternas de placas, que foi implantada no dia 15 de janeiro de 2006, na cidade de Olindina – Bahia.

Tiago de Assis Batista