CAPUCHINHOS COMEMORAM 70 ANOS EM ALAGOINHAS – BAHIA
Igreja e Convento São Francisco - Alagoinhas - Bahia
Os frades
Capuchinhos de Alagoinhas comemoram os 70 anos da chegada na cidade no dia 21 de novembro de 2010, às 18h na igreja de São Francisco de Assis.
A solenidade foi precedida por um tríduo preparatório, tendo como tema: CAPUCHINHOS - 70 ANOS DE VIDA E MISSÃO NESTE CHÃO.
A missa festiva foi presidida pelo bispo capuchinho Dom Frei Manoel Delson, filho da Província, ex-provincial e, hoje, bispo da Diocese de Caicó (RN), tendo como concelebrantes Dom Paulo Romeu, bispo de alagoinhas, Frei Rubival, ministro provincial e outros sacerdotes capuchinhos e diocesanos.
No final da celebração houve alguns depoimentos de religiosos, do Bispo de Alagoinhas, de sacerdotes e leigos.
O senhor Marco Antunes – que estava também representando o Prefeito municipal na sua função de Vice – deu seu depoimento como autoridade e como paroquiano. Emocionado disse:
Marco Antunes
“Há 70 anos, Alagoinhas recebeu a graça de aqui chegarem os Frades Capuchinhos, trazendo na bagagem a confiança e esperança de fundarem um convento e uma igreja. Foram eles, segundo o historiador Salomão Barros: Frei Pedro, Frei Boaventura e Frei Estêvão. Ficou decidido que a propriedade – casa e terreno dos herdeiros de Cid Valverde Bastos seria o local propício.
No ano seguinte, chegaram Frei Henrique, Frei Isaias e Frei Celestino de San Marino. As obras começaram.
Hoje, 70 anos depois, estamos reunidos nesta esplendorosa igreja dedicada a São Francisco, à sombra do sacro convento, para celebrar e agradecer a Deus por sermos testemunhas beneficiárias do resultado da semente plantada e tão bem cuidada pelos Frades Capuchinhos que conosco continuam a caminhar, nos apontando sempre a estrada de Jesus, à luz do belo e simples carisma franciscano.
Tenho 59 anos de idade – 56 convivendo na aprazível e serena sombra desta igreja e deste convento com os Frades Capuchinhos – sacerdotes e estudantes que por aqui passaram. Conheci quase todos, desde os primeiros. Aqui, vivi minha infância, juventude e idade adulta; aqui, recebi sólida formação religiosa; aqui, desejo permanecer até o final de minha vida.
Não consigo entender Alagoinhas sem a existência deste pedacinho de chão, deste convento e desta igreja que tantas luzes lançam sobre a vida e a história de nosso povo.
Por isso, tenho a honra de, em nome do povo de Alagoinhas, em nome de minha família e dos meus amigos, dizer feliz e emocionado: Muito obrigado à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos; muito obrigado a todos que por aqui passaram, aos velhos e queridos amigos Frei Everaldino e Tiago, e especialmente muito obrigado a Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário) por uma efetiva participação na minha formação moral e religiosa. Minha mulher, meus filhos e netos também lhe são gratos, Frei Virgínio.
“Que Deus abençoe aos Frades Capuchinhos e que eles, em nome de Deus, continuem a nos abençoar pelos tempos vindouros, Muito Obrigado”.
CAPUCHINHOS EM ALAGOINHAS
Tudo aconteceu assim: No dia oito de dezembro de 1939, Frei Pedro de Crispiero, custódio provincial da Bahia e Sergipe, acompanhado de Frei Boaventura de Elcito e de Frei Estêvão de Recanati, com a finalidade de encontrar um lugar para a construção do convento e seminário.
Encontraram o sítio de D. Adélia Valverde Bastos, situado à Rua 24 de outubro (atual Lauro de Freitas) e decidem por este local. Aos 26 de dezembro de 1939, já era passada a escritura do terreno.
Em fevereiro de 1940, é enviado para Alagoinhas, o Frei Gregório de San Marino que dá início aos alicerces, passando em seguida, aos cuidados de Frei Estêvão de Recanti.
Aos 26 de janeiro de 1941, eram inaugurados o convento e seminário, passando a residir os quatro religiosos: Frei Inocêncio, Frei Pedro de Cispiero, Frei Germano de Colli e Frei Isaías de Civitanova e mais 20 seminaristas.
OS CAPUCHINHOS ASSUMEM A PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO EM ALAGOINHAS
Frei Fidélis de Itabaina - Primeiro Pároco capuchinho da Paróquia Santo Antônio em Alagoinhas- Bahia
No dia 16 de junho de 1954, devido ao afastamento do Vigário, Cônego Afonso Godinho, dos trabalhos paroquiais, é nomeado, pelo senhor Cardeal Dom Augusto Álvaro da Silva, Frei Fidélis de Itabaiana, como Vigário substituto da Paróquia de Alagoinhas, tendo como colaboradores, os confrades: Frei Isidoro de Loreto, Frei Benjamim de Villa Grande, Frei Caetano de Altamira, Frei Silvério de Cingoli e Frei Apolônio de Barra de São Pedro.
Em novembro deste mesmo ano, a responsabilidade da paróquia passa para o Padre Rosalvo Pimentel. E aos dois de maio de 1955, por determinação do senhor Cardeal, a Paróquia passa novamente a ser assumida pelos religiosos Capuchinhos, tendo como encarregado da freguesia, Frei Fidélis de Itabaiana.
Entre muitas atividades espirituais, realizadas pelos frades Capuchinhos, nesta cidade, podemos destacar ainda as seguintes construções:
• Lançamento da primeira pedra da nova Capela Nossa Senhora de Fátima, no dia 13 de maio de 1956, tendo como encarregado da construção, Frei Caetano de Altamira.
• Lançamento da primeira pedra da nova Igreja Matriz, no dia 20 de abril de 1958 e fase inicial da Capela Nossa Senhora de Fátima, sendo vigário, Frei Leão de Marotta. (neste mesmo ano Frei Caetano foi nomeado Bispo de Ilhéus).
• Aquisição de uma casa, à Rua Teresópolis, nº 584, onde funcionaria o Palácio Residencial do bispo da futura Diocese de Alagoinhas, sendo responsável Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário Romitti).
• Conclusão dos trabalhos da nova Matriz, em 31 de junho de 1965.
• Reforma das capelas de Aramari e Riacho da Guia.
À frente desses trabalhos mencionados, tivemos como Vigário da Paróquia Santo Antônio, os seguintes Frades:
Frei Fidelis de Itabaiana (16/06/1954);
Frei Leão de Marotta pároco de Alagoinhas. Foi ele quem lançou a primeira pedra da futura catedral, deixando quase concluída a construção. Os padres alemães concluíram-na, tendo à frente o Pe. Casimiro Spielmann que na época era pároco da Paróquia Santo Antônio em Alagoinhas e Vigário Geral da Diocese. Frei Leão de Marotta (Frei Leão Ricci) (12/03/1957);
Frei Lourenço de Conquista (23/03/1963);
Frei Germano de Colli del Tronto (Frei Germano Citeroni) (02/02/1964).
Frei Virgínio Civitanova (Frei Dário Romitti) (02/02/1966).
FUNDAÇÃO DA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário Romitti) - Primeiro pároco da Paróquia São Francisco de Assis - Alagoinhas / Bahia Frei Tiago de Assis Batista- segundo pároco da paróquia são Francisco de Assis BatistaFrei Everaldino Pires de Oliveira - terceiro pároco da Paróquia são Francisco - Alagoinhas Com a divisão da paróquia de Alagoinhas, foi criada a 25 de abril de 1968, a paróquia São Francisco, ficando como responsáveis da mesma, os Frades Capuchinhos, sendo nomeado Frei Virgínio de Civitanova como primeiro Vigário, seguido por Frei Tiago de Assis Batista e depois por Frei Everaldino Pires de Oliveira (24 de março de 1975).
Após 19 anos de criação da Paróquia, assume Frei Carlos Inácio de Souza, aos oito de março de 1987, permanecendo até janeiro de 1991. Com a transferência de Frei Carlos Inácio para Itabuna, assume a Paróquia na condição de pároco o Frei José Jorge Rocha até 23 de julho de 1992, deixando a coordenação da Paróquia com o Frei Edmilson Pereira dos Santos, que fica até o dia 01 de dezembro de 1995, quando assume o Frei Orlando Santos Oliveira até o ano 2000.
Frer Orlando Santos Oliveira - Pároco da paróquia São Francisco de Assis (1995 - 2000).
No decorrer destes anos, foram construídas várias capelas nas diversas comunidades da Paróquia, inclusive a restauração do telhado da igreja São Francisco e a construção do Lar Franciscano e da Casa da Fraternidade, a reforma da Igreja Matriz de Araçás.
Em janeiro do ano 2000, o Frei Anilson Cardoso Vasconcelos, foi nomeado Pároco desta paróquia.
Frei Anilson Cardoso Vasconcelos
Depois, foram párocos: Frei Eliomar, Frei Manoel e Frei Sebastião.
A paróquia São Francisco contava com 54 comunidades, sendo 12 na zona urbana e 41 na zona rural. Algumas já estavam com uma boa caminhada, enquanto outras ainda em fase inicial.
Com a fundação da Paróquia de Santa Terezinha e de Araçás, a Paróquia de São Francisco perdeu grande parte de seu território urbano e rural.