Julgamento do STF pode manchar história do ex-presidente, que se empenha em negar a existência do esquema de compra de apoio político
Gabriel Castro
O escândalo do mensalão, que o Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar em 2 de agosto, não foi um caso qualquer de corrupção. Foi uma grave tentativa de cooptação do Legislativo pelo Executivo, por meio de um esquema abastecido com recursos públicos. Por isso, constituiu uma ameaça à própria democracia e à independência entre os poderes. Mas quando o STF iniciar o julgamento, também estará em jogo a trajetória de um nome que não consta na lista dos 38 réus: Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar dos indícios de que sabia da existência do mensalão, o ex-presidente foi poupado da acusação do Ministério Público Federal. Independentemente disso, uma condenação de José Dirceu e seus comparsas seria uma grave mancha no currículo que Lula tenta construir – o do trabalhador de origem humilde que ascendeu ao poder e modernizou a política brasileira.
Parte dessa construção já não resiste a um exame cuidadoso, embora subsista no imaginário popular. O baque da condenação do mensalão pode prejudicar uma das maiores preocupações de Lula: a forma como os historiadores verão seu governo no futuro... (Continue lendo - AQUI).
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