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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Brazuca é o nome da bola


E no país dos párias de chuteiras, o ufanismo patriótico estúpido já batizou a bola da copa de 2014.

Agora ela é oficialmente chamada de BRAZUCA.

Nada mais apropriado para definir a brasilidade cretina de parcela da população que vive de torcer pelo futebol.

O mesmo futebol que transforma medíocres jogadores em milionáros semi deuses. Onde a "arte" de bater na bola é mais absoluta que o conhecimento e a educação. O futebol que aliena e mata parcela de BRAZUCAS sem noção que não entendem mais nada da vida a não ser o amor ao clube do coração.

O futebol que empana o brilho de valentes juízes que estão na luta para transformar este país em uma nação séria e que segue as leis, tentando punir a bandoleiros que entenderam que pão e circo transformam uma população em prezas fáceis para seus planos de perpetuação no poder. Daí a Copa do Mundo na Pocilga.

O mesmo futebol onde a malemolência, a manha e a malandragem dão o tom antiesportivo que acaba se tornando lugar comum na vida das pessoas sem noção que acreditam que o jogo ainda se ganha no campo.

O mesmo futebol que hoje é responsável pelos maiores rombos e desvios corruptos em obras superfaturadas para a construção de estádios em cidades que nem times em divisões importantes dos campeonatos da pocilga possuem, mas certamente farão o sonho de alguns idiotas por um mês com uma conta social que certamente ficará pendurada em nossas costas por algumas décadas.

Mas o que importa ser o Brasil uma potência mundial em mediocridade se somos os PENTA campeões da bola em busca do EXA que nos fará os melhores em porra nenhuma.

Brazuca.

Nada mais apropriado para coroar a mediocridade de uma nação de desdentados sem educação, sem saúde, sem segurança, sem cidadania. Que acham engraçada a propria miséria, onde a tragédia humana é deixada de lado no próximo clássico, onde protestar nas ruas contra a bandalheira é coisa para mané. O legal mesmo é sair às ruas em dias de jogo da "celessão", com a camisa amarela, de bandeira em punho, cantando o Hino Nacional em uma demonstração de orgulho ufano patriótico típico de uma colônia movida a pão e circo.

Fonte: O Mascate

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