Deu errado – Se existe inferno astral na política, o ex-presidente Lula está bem no meio do período que parece não ter fim. Na manhã desta terça-feira (18), dezoito integrantes da CPI do Cachoeira rejeitaram o relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG), que desde o início das investigações sobre as conexões do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi monitorado à distância pelo ex-presidente Lula e por José Dirceu, de quem recebia ordens explícitas. Outros dezesseis parlamentares votaram a favor do relatório.
Como se sabe, contra a vontade da presidente Dilma Rousseff, que até hoje sabe dos possíveis desdobramentos, a CPI do Cachoeira foi criada por insistência de Lula, que tinha como objetivo complicar a vida do governador de Goiás, Marconi Perillo, que por ocasião do escândalo do Mensalão do PT foi um dos primeiros parlamentares a apontarem o esquema criminoso. Desde então, Lula aguardava um momento de dar o troco em Perillo.
O outro objetivo de Lula e Dirceu era tumultuar o julgamento da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal. Para isso, tentaram arrastar para o imbróglio o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que na opinião dos petistas demorou a abrir procedimento contra o então senador Demóstenes Torres, já cassado e acusado de envolvimento com Cachoeira.
A rejeição do relatório da CPI do Cachoeira é mais um duro golpe em Lula e no PT, que têm lutado incessantemente nas últimas semanas para evitar que as denúncias de corrupção produzam estragos maiores dos que já foram vistos até agora.
Fonte: ucho.info
Nenhum comentário:
Postar um comentário