Megaoperação conjunta do Ministério Público e das Polícias Federal e Militar do Rio prendeu ontem 61 policiais militares acusados de extorsão, sequestro, tortura, homicídios e associação com o tráfico. Eles cobravam propina da principal facção criminosa do Estado do Rio, o Comando Vermelho, e movimentavam em média R$ 150 mil por mês. v A operação provocou o afastamento do tenente-coronel Claudio de Lucas Lima, comandante do 15.º Batalhão de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde os acusados atuavam.
O grupo foi flagrado negociando vendas de armas e drogas para os traficantes. As interceptações telefônicas, autorizadas pela Justiça, indicam que o grupo pretendia vender fuzis por R$ 45 mil e um lote de 50 pistolas provenientes de Mato Grosso do Sul. As gravações também mencionam o transporte de meia tonelada de maconha para o Rio e o depósito de propinas em valores que vão de R$ 1,4 mil a R$ 500 mil. Em alguns casos, as propinas eram entregues nos Destacamentos de Policiamento Ostensivo (DPO), que funcionam em favelas.
Outras 11 pessoas também foram presas - entre elas um juiz leigo aposentado (que atua apenas em juizados especiais) -, acusadas de intermediar venda de drogas e armas no Rio.
Quatro policiais e oito civis ainda estão foragidos. Os detidos foram levados para o Presídio de Bangu.
Nenhum oficial foi preso, apesar de serem citados por codinomes nas escutas. Segundo a promotoria, não há elementos para indiciamento.
"Pela quantidade de policiais envolvidos, não havia fiscalização para que não ocorresse esse fato. Se ele não procurou saber, errou", afirmou o comandante da PM, Erir Ribeiro, para justificar o afastamento do comandante Claudio de Lucas Lima do 15.º Batalhão... Continuar lendo
Fonte: estadao.br.msn.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário