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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Casa Civil conclui sindicância sobre a Operação Porto Seguro, mas Lula e PF devem explicações ao País


Silêncio estranho – O Palácio do Planalto mandou para debaixo do tapete mais uma lambança que tem o ex-presidente Lula no olho do furacão. A comissão criada na Casa Civil para apurar as denúncias decorrentes da Operação Porto Seguro encerrou os trabalhos na segunda-feira (7), cujo relatório, que é sigiloso, será analisado pelo staff jurídico da Presidência.

Imaginar que algo acontecerá com os envolvidos no esquema criminoso de venda de pareceres técnicos em agências reguladoras é o mesmo que acreditar em Papai Noel. Qualquer investigação mais profunda do esquema que tinha Rosemary Nóvoa de Noronha, a namorada de Lula, em um dos vértices, pode acabar alcançando o ex-metalúrgico.

Se Lula continua devendo uma explicação aos brasileiros sobre mais um escândalo de corrupção com sua rubrica, a Polícia Federal precisa expor as razoes que levou à interrupção temporária quando os policiais identificaram a presença de Rosemary Noronha, a Marquesa de Garanhuns, e a do advogado-geral adjunto da União, José Weber Holanda, na quadrilha.

Os policiais estavam prontos para realizar, em março de 2012, buscas nas casas e escritórios de somente quatro suspeitos, mas recuaram depois que escutas telefônicas apontaram a participação de autoridades no esquema criminoso. Com isso, a Operação Porto Seguro foi deflagrada somente em 23 de novembro passado. A imprensa, como sempre, limitou-se a noticiar o fato, como se bandalheira fosse a reza do cotidiano nacional, mas não se interessa em cobrar justificativas para um recuo que no mínimo pode enquadrar algumas autoridades envolvidas na investigação no crime de prevaricação.

Se ao contrário do que afirmaram integrantes do governo do PT, gravações telefônicas existiram, permitindo a descoberta de que Rosemary Noronha era membro da quadrilha, o conteúdo deve ser divulgado, pois com certeza há um punhado de conversas com Lula, o Don Juan dessa barafunda chamada Brasil. Luiz Inácio da Silva precisa ser investigado, assim como os membros da quadrilha, inclusive sendo alvo de uma CPI, pois a paralisia que foi imposta ao caso é um atentado contra a democracia.

A sociedade não pode se acomodar diante de mais um escândalo de corrupção patrocinado pelo PT, sob pena de, ao insistir na letargia, permitir que se instale no País uma ditadura de esquerda. Ainda dá tempo de reagir!

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