Depois de quase 30 anos de administração pública civil, o Brasil saiu, no final do Regime Militar, de uma estruturada promessa de se transformar em uma grande potência, para se tornar um país medíocre, sejam nos aspectos políticos, econômicos ou sociais.
O Brasil é um caso “exemplar” de uma sociedade que concede títulos de “doutor honoris causa”, aplaude, ou protege das malhas das leis, um ex-presidente publicamente acusado, entre muitas outras coisas muito graves, de ser o chefe do maior escândalo de corrupção do país, e de ter passado 19 anos tendo um caso extraconjugal com uma secretária com direito, durante suas gestões presidenciais, a passaporte, mala diplomática, inúmeras viagens ao exterior, e prováveis relacionamentos íntimos extraconjugais nas suntuosas “acomodações” do avião presidencial.
A ignorância, a omissão, a covardia ou a cumplicidade da sociedade com a imoralidade pública e privada é de tal tamanho, que o acusado não demonstra a necessidade de vir a público contestar formalmente tudo do que está sendo acusado, mas, utilizando as mesmas frases feitas se defende: fui traído, não sabia de nada, fui apunhalado pelas costas, sou vítima de mentiras, e por aí afora, fazendo, sistematicamente, de imbecis, idiotas e palhaços, os contribuintes do Circo do Retirante Pinóquio.
Entrar para o poder público no nosso país significa ter um bom emprego adicionado de muitas outras vantagens lícitas e não lícitas, imorais e aéticas, mas raramente seu agente traz na sua consciência uma responsabilidade de servir à sociedade por princípio... Continuar lendo
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