Denunciada no fim do ano passado pelo Ministério Público Federal (MPF) por formação de quadrilha, tráfico de influência e corrupção passiva, a ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, agora, é acusada de usar sua influência para se hospedar na embaixada do Brasil em Roma, na Itália, em viagem não oficial realizada em 2010. A informação foi obtida pela revista Veja, através do relatório da comissão especial da Presidência da República. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, solicitou que Rosemary fosse, novamente, investigada e determinou a instauração de processo administrativo contra a ex-funcionária.
E-mails obtidos pela Presidência mostram que Rosemary foi convidada pelo então embaixador do Brasil na Itália, José Viegas, a ficar hospedada no Palazzo Pamphili com o marido. Com ajuda da Controladoria-Geral da União, os técnicos do governo apuraram que a ex-chefe de gabinete não estava a trabalho em Roma. Por isso, a estada nas dependências diplomáticas poderia ser considerado um caso de apropriação particular do patrimônio público. Hoffmann recomendou ao Itamaraty a apuração do episódio.
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