Cronômetro acionado – Ainda ministra-chefe da casa Civil, a petista Gleisi Hoffmann tem enorme dificuldade no momento de escolher auxiliares. Não bastasse a prisão do deliquente sexual Eduardo Gaievski, assessor especial da petista e investigado por 23 estupros de meninas de 12 a 14 anos, o subchefe de Monitoramento da Casa Civil, Luis Antonio Tauffer, teve a carteira cassada depois de furar um bloqueio policial em Brasília. Já o subchefe de assuntos jurídicos, Ivo Corrêa, precisa dar explicações à Comissão de Ética da Presidência por suas ligações profissionais com o Google.
Contudo, outro escândalo envolvendo auxiliar de Gleisi Hoffmann está para explodir. O castelo de areia de Carlos Carboni, que era chefe de gabinete de Gleisi até 2012, começou a desmoronar quando a revista Época descobriu e divulgou (em setembro de 2011) que era marido de Lucimar Carboni, dona de empresa que prestava consultorias a prefeituras do Paraná que vão à capital dos brasileiros em busca de dinheiro federal.
O problema é que uma das fontes mais importantes desse dinheiro são as emendas do Orçamento. A lista das emendas efetivamente pagas sai da Casa Civil, que faz a triagem a partir da qual os ministérios efetuam os pagamentos por meio de empenhos, que seguem para a Caixa Econômica Federal, que finaliza a operação. A posição de Carboni, ao lado da ministra, poderia facilitar as atividades da empresa da mulher.
A demissão do assessor alarife, em novembro de 2012, aparentemente teria encerrado o caso. Ocorre que Carboni ficou no posto quase dois anos e nesse período a empresa “Consultoria e Assessoria Empresarial Carboni Ltda.”, sediada em um prédio residencial na cidade de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, teve tempo para agir.
O caso está para ser reaberto e a possibilidade de se transformar em escândalo é grande e tem preocupado os assessores da presidente Dilma Rousseff. Na Casa Civil – conhecida em Brasília como “Casa da Mãe Joana”, a avaliação é que a ministra Gleisi Hoffmann já esgotou sua cota de desastres políticos.
As ligações de Carboni com Gleisi, assim como as de Gaievski com a ministra, são profundas. Carboni coordenou a campanha da ministra ao Senado em 2010. Gaievski tinha sido escalado para coordenar a campanha de Gleisi ao governo do Paraná em 2014. Gaievski, quando não estava ocupado em molestar meninas, era considerado um articulador eficiente. Em março passado levou para Brasília, para um encontro com Gleisi, 80 prefeitos do interior do Paraná. A reunião foi realizada nos moldes de uma típica festa política.
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