por Carlos Tautz
Nada mais falso no Brasil dos últimos dias do que a afirmação de Dilma de que ela não teria privatizado o campo de Libra, no pré-sal brasileiro. Não adianta enrolar, presidenta. A senhora vendeu, sim, e por um preço vil, aquele que pode ser o primeiro de vários campos bilionários de petróleo.
Pode incluir esse crime de lesa-prátria no seu currículo e preparar-se para ser cobrada por ele nas eleições de 2014. O seu PT tem como tática eleitoral o discurso da defesa do patrimônio público e sempre acusou (aliás, com razão) os tucanos de serem privatistas, sabendo que a desestatização, em sua maioria, gerou produtos e serviços caros e de péssima qualidade.
Além disso, presidenta, a senhora sabia que o modelo de partilha, aplicado à Libra, desde pelo menos 2007 já não garantia a remuneração justa para o Brasil do petróleo a ser explorado na camada pré-sal, devido à quantidade e à facilidade de encontrar óleo nesta faixa.
“Quando o pré-sal foi confirmado (uma teoria de décadas, que só pôde ser comprovada com o avanço da geofísica e dos novos modelos computacionais, nos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007 na Petrobras), o modelo de partilha foi superado, já ali”, explicou ao jornal Correio da Cidadania, o professor titular da USP e ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer.
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