A saída de Gaievski da ala psiquiátrica do sistema prisional provocou nova onda de pânico no PT paranaense. Antes de ser internado para tratar de depressão profunda, o ex-assessor de Gleisi ameaçava a ex-chefe e o partido com a possibilidade de contar o que sabe (e não é pouco) sobre os esquemas de caixa 2 nas prefeituras do PT, assim como detalhes dos bastidores da Casa Civil.
Eduardo Gaievski foi prefeito da cidade paranaense de Realeza, entre 2005 e 2012, e conseguiu eleger o sucessor, também filiado ao PT. A avaliação é que o delinquente sexual, que trabalhou ao lado da presidente Dilma Rousseff durante pelo menos seis meses, conhece em detalhes como o PT opera o caixa 2 dos municípios governados pelo partido, obrigados a contribuir para as campanhas nacionais e estaduais do petistas. Gaievski teria começado a chamar a atenção da cúpula do PT pelas grandes contribuições enviadas às campanhas da legenda.
O pedófilo entrou em depressão profunda, a ponto de ser transferido para a ala psiquiátrica depois que descobriu que havia sido abandonado pelos companheiros do PT e, em especial pela ainda ministra Gleisi Hoffmann, quando a denúncia de seus crimes sexuais se tornou pública. Gleisi, que o elogiava publicamente, que o nomeou coordenador de sua campanha ao governo do Paraná e lhe prometera o comando da Casa Civil em seu governo, passou alegar que o conhecia muito mal e que estava “chocada” com as denúncias. Revoltado, Gaievski diz que Gleisi o conhece muito bem e sabe “tudo” sobre ele. Inclusive sobre sua preferência por “mulheres jovens”.
Preso, em situação desesperadora, e podendo ser condenado a dezenas de anos de prisão, Gaievski tornou-se um arquivo vivo, um homem-bomba. Ele mesmo gosta de se comparar a Celso Daniel, o prefeito petista de Santo André morto em circunstâncias misteriosas. O ex-assessor de Gleisi tem dito que não será de forma alguma um novo Celso Daniel.
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