Efeito cascata – Podem ter desmoronado as esperanças do PT de, finalmente, conquistar os governos de São Paulo e do Paraná. Isso porque são consideradas explosivas das mais recentes revelações sobre o escândalo envolvendo o doleiro Alberto Youssef, seu dileto amigo André Vargas, o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a e ex-ministra da Casa Civil, a senadora petista Gleisi Hoffmann.
Grampos divulgados pela Polícia Federal mostram que Alberto Youssef e André Vargas se comportavam como sócios em um empreendimento – o Labogen – laboratório farmacêutico criado para lesar os cofres públicos com a fabricação de medicamentos superfaturados para o Ministério da Saúde. Alexandre Padilha aparece nos grampos da PF como envolvido, caso não seja um dos chefes do esquema criminoso milionário, que transformaria um laboratório montado com sucatas em cornucópia incansável.
André Vargas ainda permanece como coordenador da campanha de Gleisi Hoffmann ao Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense, e nessa condição estava encarregado de levantar fundos para a campanha da senadora que desde que deixou a Casa Civil vem atuando no Congresso Nacional como “buldogue” palaciano. Parte desses recursos, de acordo com suspeita da Polícia Federal, poderia vir de uma encomenda de 35 milhões de comprimidos de Citrato de Sildenafila (o princípio ativo do Viagra) que renderia R$ 90 milhões para o esquema do Labogen. Parte desse dinheiro poderia ser destinada a outras campanhas do PT.
As ligações de Gleisi e Padilha são fraternas. Ambos participavam juntos e com frequência de eventos políticos, além de terem se associado, quando estavam ministros, na tentativa de faturar politicamente com o bisonho programa “Mais Médicos”, baseado na “importação” de médicos, principalmente cubanos.
Como ministra, Gleisi participou da recepção de médicos cubanos em Curitiba, enquanto seu então assessor especial, o pedófilo Eduardo Gaievski (preso por estupro de 28 meninas menores de idade em agosto do ano passado), além de comandar as políticas do governo federal para menores, era coordenador do programa “Mais Médicos”.
Enquanto André Vargas resiste à pressão do PT para renunciar ao mandato de deputado federal, como forma de poupar o partido e algumas candidaturas, a Polícia Federal avança nas investigações da Operação Lava-Jato. Mensagens interceptadas pela PF apontam para o envolvimento de Alexandre Padilha com o doleiro Alberto Youssef, preso desde 17 de março em Curitiba, André Vargas e o também deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Resumindo, o PT continuará sangrando na esteira dos vazamentos da Operação Lava-Jato, que como tem afirmado o ucho.info na série especial de reportagens sobre o tema, está no começo e descobriu apenas a ponta de um iceberg de lama.
Fonte: http://ucho.info
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