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terça-feira, 15 de julho de 2014

Enquanto o governo tenta faturar com a realização da Copa, mercado prevê crescimento menor do PIB

Caminhos inversos – A tese esdrúxula e embusteira do “pão e circo” voltou a frequentar o cotidiano nacional. Isso porque a petista Dilma Vana Rousseff, presidente da República e candidata à reeleição, começou a faturar nas reticências da Copa do Mundo. Nesta segunda-feira (14), Dilma reuniu boa parte dos seus 39 ministros para alardear os feitos do que ela chama de Copa das Copas. É bom lembrar que o mundial de futebol só foi exitoso porque dentro das quatro linhas viu-se futebol de boa qualidade e principalmente por causa da hospitalidade do povo brasileiro. Ao governo não coube qualquer participação para o sucesso do evento, apesar de Dilma querer chamar para si os eventuais louros.

Durante o encontro com ministros, Dilma não poupou os que criticaram a realização do evento e alertaram para as mazelas patrocinadas pelo governo, como o uso de dinheiro público para construir estádios e outros badulaques exigidos pela FIFA. Foram despejados na desnecessária Copa do Mundo um montante próximo a R$ 35 bilhões, sem que muitas obras fossem concluídas a tempo, enquanto outras sequer saíram do papel. É o caso de alguns aeroportos, cujas obras continuam inacabadas, assim como as de mobilidade urbana iniciadas nas cidades-sede.

Dilma pode acionar o seu besteirol da forma que quiser, até porque o Brasil ainda é uma democracia, mas não será com esse discurso rabiscado por marqueteiros que a presidente convencerá a massa pensante da população acerca da realidade do País, que, diga-se de passagem, é crítica.

De nada adianta a imagem que os estrangeiros levaram do Brasil, se internamente a crise econômica campeia de forma assustadora. Nesta segunda-feira, como faz habitualmente, o Banco Central divulgou nova edição do Boletim Focus, que mais uma vez trouxe notícias nada animadoras sobre a economia nacional.

De acordo com o boletim do BC, os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País reduziram a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, que caiu de 1,07% para 1,05%. Índice que já permite falar em “pibinho”.

Para provar que a pirotecnia palaciana decorrente da Copa do Mundo não muda o cenário real da economia, os profissionais do mercado financeiro elevaram as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que saltou de 6,46% para 6,48%. Com a nova expectativa sobre a inflação de 2014, o IPCA aproximou-se ainda mais do teto (6,5%) do plano de metas estabelecido pelo governo.

Enquanto o desgoverno petista perde a guerra para o IPCA, a inflação real, aquela que atormenta os brasileiros diariamente, inclusive durante o sono, já descolou da órbita de 20% ao ano. A situação deve piorar, pois sob o controle do governo ainda estão as tarifas de energia e transporte público, assim como os preços dos combustíveis. Quando forem soltas as amarras dessas tarifas, a inflação há de atropelar muita gente.

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