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terça-feira, 22 de julho de 2014

Lobistas alegam que Dilma é prejudicada por intervenções de Lula – que pode ser alvo de megadenúncias

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A véspera de derrota costuma alimentar a rede de intrigas entre os petistas. Ontem, 13 entre 10 grandes lobistas de Brasília espalhavam a informação de que estaria prestes a estourar um grande escândalo sobre o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As denúncias – ligadas a negócios com africanos – atrapalhariam ainda mais a Presidenta Dilma Rousseff – cuja imagem é prejudicada pela proximidade com Lula, na visão, inclusive, de alguns marketeiros que trabalham a peso de ouro para o PT.

O novo boato nos bastidores dos podres poderes federais tende a ser mais um rebate falso. Até agora, nem o Mensalão, nem a Operação Porto Seguro e nem a Operação Lava Jato conseguiram macular, diretamente, a imagem milagrosamente blindada de Lula. No entanto, as denúncias de corrupção envolvendo o PT afetam o desempenho eleitoral do partido. A principal prejudicada é Dilma. Marketeiros já observam que, quanto mais Lula sai em defesa dela, mais a candidata se torna dependente, fragilizada e linkada com os vícios atribuídos ao partido onde Dilma nunca se sentiu confortável.

Uma prova de que os petistas não se entendem bem com Dilma é a guerra interna entre o marketeiro João Santana (queridinho da Presidenta) e o jornalista Franklin Martins (que ameaçou abandonar o PTitanic, mas foi demovido da ideia suicida pelo chefão Lula). O discurso político ofensivo, pregado por Lula, não serve para recomendar soluções no combate à estagflação (inflação com crescimento baixo), ao aumento do custo de vida e ao desemprego – espectros reais que ameaçam a reeleição de Dilma.

O regime petista esgotou-se. O discurso do partido, há quase 12 anos no poder, não consegue indicar soluções imediatas e confiáveis para os três maiores gargalos da economia brasileira: os impostos elevados, os juros altíssimos e a retrógrada legislação trabalhista. Seja quem for o próximo Presidente da República (dificilmente será Dilma), terá de promover, de imediato, uma reforma tributária, a revisão do sistema de spread bancário (que inviabiliza o crédito e penaliza o cidadão) e o excessivo regramento sobre o emprego e a renda de quem produz.

O consenso geral é que o Brasil está desatualizado. Opera com conceitos errados, presos ao passado e que inviabilizam um futuro de crescimento e desenvolvimento produtivo. O PT representa a vanguarda deste atraso. Por isso, o partido-seita sairá fortemente derrotado da eleição de 2014. A cúpula petista, que se locupletou nos anos de poder, fica numa boa, até a hora do juízo final – cujo risco de acontecer é diretamente proporcional à chance de derrota reeleitoral.

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