No 'Bom Dia Brasil', tucano criticou duramente políticas econômicas do atual governo.
Disse ainda que país não pode correr risco de 'novos improvisos'.
Disse ainda que país não pode correr risco de 'novos improvisos'.
Carolina Farina
Aécio Neves é entrevistado no 'Bom Dia Brasil' (Reprodução / TV Globo/VEJA) |
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, alfinetou nesta terça-feira suas principais concorrentes ao Palácio do Planalto. Em entrevista ao telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, Aécio afirmou que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) deixará uma “herança perversa” para o país – tanto no âmbito da economia quanto em relação aos indicadores sociais. Sobre Marina, o tucano afirmou que seu programa de governo “não contradiz sua história”. O presidenciável afirmou que pretende fortalecer as parcerias com o setor privado algo que, segundo ele, foi “demonizado” pelo governo petista. Também reforçou a promessa de estudar alternativas para substituir o fator previdenciário, criado no governo Fernando Henrique Cardoso.
Ao tratar de propostas para a economia, Aécio afirmou que pretende tratar a atual situação do país – baixo crescimento econômico e inflação no teto da meta – por meio da retomada dos investimentos no Brasil. Disse que o atual governo 'afugentou' os investimentos privados e que pretende adotar uma política fiscal transparente, sem as manobras contábeis de que Dilma tem feito uso. “Não farei um governo de improvisos”, afirmou. Em seguida, aproveitou para alfinetar novamente Marina: “O Brasil não pode correr o risco de ter um novo governo de improvisos”.
O tucano afirmou ainda que pretende resgatar a confiança dos investidores, sem o “intervencionismo absurdo” do governo Dilma e “desaparelhando o Estado”. Em referência ao megaescândalo de corrupção na Petrobras, Aécio disse que pretende “reestatizar” a petroleira, devolvendo-a ao “povo brasileiro” e tirando de seu comando o “grupo político” instaurado na estatal.
Sobre sua situação nas pesquisas de intenção de voto, Aécio creditou o terceiro lugar ao quadro que se deu no país com a morte do então presidenciável Eduardo Campos do PSB, em 13 de agosto. “Temos uma nova eleição”, afirmou. O tucano afirmou que Marina Silva agregou as insatisfações dos que queriam derrotar o PT em um primeiro momento, mas que agora fica claro para as pessoas que “a verdadeira mudança começará em 1º de janeiro”. Ao ser questionado sobre a situação econômica, Aécio brincou com sua posição nas pesquisas. Perguntado sobre como “viraria o jogo”, respondeu: “Econômico ou eleitoral? Porque primeiro preciso virar o eleitoral”.
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