Walter Campos |
Alagoinhas foi surpreendida com a morte do jornalista Walter Campos, na manhã deste 31 de agosto. Oficial da reserva da Polícia Militar e jornalista, era diplomado em Odontologia pela Faculdade de Medicina da Bahia desde 10 de dezembro de 1951, tendo mantido consultório odontológico que prestava serviços à clientela normal e aos segurados da Previdência Social, onde foi credenciado desde 1954, e foi dentista do Sindicato Rural de Alagoinhas. Posto à disposição da Secretaria de Educação do Estado pela Polícia Militar, foi diretor do Colégio Cenegista Alcindo de Camargo pertencente à Campanha Nacional de Educandários Gratuitos, hoje CNEC.
No esporte, foi presidente da Liga Desportiva de Alagoinhas na década de 50, e dos dois tradicionais clubes rivais do futebol local, Grêmio Esportivo de Alagoinhas e Agulha Esporte Clube, além de primeiro presidente do Atlético em 1970. Nessa época, foi diretor da Rádio Emissora de Alagoinhas, atual Nova AM e professor de matemática no Colégio Santíssimo Sacramento. Durante uma década, de 1956 a 1966, ocupou a presidência da Acra – Associação Cultural e Recreativa de Alagoinhas, cuja sede própria, na rua Marechal Deodoro, foi construída em uma das suas administrações. Jornalista filiado à Associação Baiana de Imprensa - ABI, fundou em 1957 o Alagoinhas Jornal, “Artilharia do pensamento alagoinhense”, juntamente com seu irmão, o redator chefe Waldo Robatto, médico mastologista, veículo que circulou até outubro de 2004, mas que continua sendo fonte de pesquisas de historiadores, professores e estudantes.
Era sócio fundador do Lions Clube e do Alagoinhas Atlético Clube, provedor da Santa Casa de Misericórdia em diversas oportunidades e venerável, por duas vezes, da Loja Maçônica Caridade e Sigilo onde também destacou-se como orador. Era membro da Alada - Academia de Letras e Artes de Alagoinhas. Na política, exerceu dois mandatos de vereador no período de 1963 a 1971, e Secretário de Saúde, período 71/73, retornando à Câmara em 1977, tendo ocupado cargos da Mesa Diretora, inclusive o de presidente (1967/68). Pelo critério da sub legenda, foi um dos três candidatos a prefeito pelo PMDB em 1982. Um exemplo de honradez e dedicação à causa pública, seguindo os passos do seu pai, Altamirano Campos, importante comerciante que ocupou o cargo de vereador e de Intendente (chefe do Poder Executivo) no período de 1943 a 1945, e da sua mãe, Arlinda Robatto Campos, fundadora do Núcleo local da Liga Bahiana Contra o Câncer e Posto Arlinda Robatto.
Walter Campos deixa viúva Zilenne Meyer, com quem era casado desde 18 de dezembro de 1957, os filhos Verbena, Silvana, Érika, Lorena, Walter Junior e Fábio Henrique, as netas Juliana, Mila e Bruna e uma legião incalculável de amigos e admiradores.
(Redação / Texto Belmiro Desudete)
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