(Foto: Marcello Casal JR/ ABr) |
Os procuradores querem informações sobre pelo menos 750 contratos
públicos que têm as digitais de Youssef, 17 deles relativos a
empreendimentos da Petrobrás, na gestão de Paulo Roberto Costa,
ex-diretor de Abastecimento da estatal.
Quando a Lava Jato foi deflagrada, em março, a Polícia Federal
encontrou em poder do doleiro relatório intitulado "planilha de
projetos", documento que mostra indícios de que Youssef intermediou 750
projetos entre grandes construtoras e órgãos públicos, no período de
fevereiro de 2009 a maio de 2012. A planilha revela movimentos do
doleiro em setores da administração pública.
Somados, os valores referentes a estes contratos ultrapassam a "casa
dos bilhões", segundo relatório da PF. Pelo menos 17 contratos da
Petrobras para grandes empreendimentos nas áreas de refinarias e gás
teriam tido a participação do doleiro, suspeita a PF.A investigação
aponta, preliminarmente, que Youssef recebeu comissões no valor
aproximado de R$ 160 milhões no âmbito dos 17 contratos com a Petrobras.
A força tarefa de procuradores da República quer saber quem são os
contatos do doleiro nos órgãos públicos, por onde ele circulou, quem
recebeu propinas, contas para onde foram transferidos valores ilícitos.
Ele tem documentos de cada transação. No acordo de delação premiada
comprometeu-se a entregar todos os registros.
A cada situação que apontar, a cada contrato que fizer menção, a cada
episódio de corrupção e lavagem de dinheiro que confessar, Youssef se
compromete a juntar documentação para comprovar o que diz. "Dessa vez o
interesse público vai ser muito bem atendido", avalia um investigador.
A delação de Youssef será "infinitamente mais robusta" que a delação do
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa - o
executivo fez uma sucessão de depoimentos e apontou pelo menos 32
parlamentares como supostos beneficiários de propinas.
A grande diferença das delações de Youssef e de Costa é que o doleiro vai enriquecer seus relatos com papéis, registros de operações ilícitas.
A grande diferença das delações de Youssef e de Costa é que o doleiro vai enriquecer seus relatos com papéis, registros de operações ilícitas.
A delação do doleiro será mais robusta e mais longa que a de Costa. Não
tem previsão para acabar. Um investigador reiterou que "o que vai ser
diferente (em relação à delação de Costa) é que ele (Youssef) vai
apresentar documentação".
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia
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