Membros do MST protestam em
frente ao Palácio
do Planalto, Brasília, em 12 de fevereiro de 2014 (Beto Barata/AFP/Getty Images) |
Em maio de 2005, Maria Clara Prates, repórter do jornal Estado de Minas, fez uma reportagem intitulada “FARC ensinam suas técnicas a integrantes do MST”. A informação está no site WikiNotícias, em postagem datada de 1° de novembro de 2005 que transcrevo após este prólogo.
Esta e uma variada gama de informações com o mesmo teor circulam há muito tempo pela imprensa brasileira e portais noticiosos da web. E só estão voltando à tona atualmente em função da denúncia do candidato a vice de José Serra, o deputado federal Índio da Costa.
Causa espécie o fato de que essas informações até hoje não foram apuradas, ao mesmo tempo em que o governo do PT, partido que sustenta o MST, nega-se a reconhecer as FARC como grupo terrorista. Por enquanto, para o PT, as FARC representam um grupo “insurgente”, enquanto o MST é um movimento fora-da-lei, já que não constitui pessoa jurídica mas recebe ajuda do governo do PT, principalmente através de ONGs.
Tanto as FARC como o MST e os denominados “movimentos sociais”, constituem um tabu, alimentado não só pelo PT, como também por grande parte dos jornalistas da grande imprensa brasileira.
Prova disso foram as reações imediatas que apareceram na imprensa nacional contra o deputado Índio da Costa. Em vez da imprensa ir fundo nesta questão, censurou Índio da Costa, fez piadinhas e ironizou.
Transcrevo como segue a matéria que está no site WikiNotícias que por si só corrobora a afirmação do candidato José Serra quando disse que há muitas informações e reportagens sobre as ligações do PT com as FARC.
Ah, alguns poderão alegar que se trata de notícia velha. Entretanto, para o jornalismo investigativo e sério não existem notícias velhas, mas notícias sejam elas velhas ou novas. E o que transcrevo a seguir constitui, sim, uma pauta importante para os jornalões correrem atrás. Se na época a pauta foi para o lixo, ei-la aqui novamente.
Leia abaixo matéria na íntegra:
Na fronteira do Brasil com o Paraguai instrutores das FARC ministram aulas de técnicas de guerrilha a criminosos e integrantes dos Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A informação é de Maria Clara Prates, do jornal O Estado de Minas e enviada especial ao Paraguai. Na região de Pindoty Porã, departamento de Canindeyú, no Paraguai, fronteira com o Mato Grosso do Sul e o Paraná estão montados centros de treinamento das FARC.
Segundo relatórios das autoridades brasileiras e paraguaias, entre 22 e 24 de julho, ocorreram pelo menos três cursos sobre técnicas de guerrilha para brasileiros, principalmente do MST dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná. Em 29 de agosto ocorreu um curso destinado a equipes de segurança de traficantes do Rio de Janeiro e São Paulo.
A coordenação do MST alega que a denúncia é infundada e que o movimento mantém relações de intercâmbio apenas com organizações camponesas latino-americanas.
A região de Pindoty Porã é usada há mais de dois anos pelas FARC para o tráfico de drogas e armas. O grupo é favorecido pela ausência e conivência de autoridades locais.
Com informações do Blog do Aluizio Amorim
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