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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Currículo de Lula fede cada vez mais. Veja versão resumida

Para MP-SP, ocultou patrimônio. Para MPF, fez tráfico de influência em favor da Odebrecht

Por: Felipe Moura Brasil
O currículo de Lula – resumido neste blog em outubro – se parece cada vez mais com uma folha corrida. Para o Ministério Público de São Paulo, o ex-presidente se valeu da construtora OAS e de amigos para ocultar patrimônio. (1) Para o Ministério Público Federal, Lula fez tráfico de influência em favor da Odebrecht. (2)

1) Publicadas pela VEJA, as mensagens do empreiteiro da OAS Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de cadeia por distribuir propina em troca de contratos com a Petrobras, detalham como a empresa fez as reformas e mobiliou o tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia, seguindo as diretrizes do “chefe” e da “madame”. Lula é o chefe; Marisa Letícia é a madame (ou dama), segundo os policiais.
Só as cozinhas dos dois imóveis, encomendadas e pagas pela OAS a uma loja em SP, custaram mais de 500.000 reais.

“Dr. Léo, o Fernando Bittar aprovou junto à Dama os projetos tanto de Guarujá como do sítio”, escreveu um interlocutor não identificado.

Embora Lula jure não ser dono de qualquer dos dois imóveis, mensagens como esta praticamente provam que os proprietários formais do sítio, Bittar e Jonas Suassuna – dois sócios de Lulinha em outra empresa -, são, na verdade, laranjas do ex-presidente. Só em 2014, por exemplo, os Lula da Silva passaram metade de todos os fins de semana do ano no sítio de Atibaia. Mais de 200 caixas com pertences da família Lula – 37 delas de bebida – foram levadas de Brasilia até o sítio quando o petista deixou o Palácio do Planalto em 2001.

Como escrevi aqui: não adianta beber as provas, Lula. Nem descascar laranjas. Nem amarelar para depoimentos. O camburão está chegando.

2) Publicados pela Época, documentos de inquérito do Ministério Público Federal apontam que Lula:

– Fez parte de um “modus operandi criminoso” junto com executivos da Odebrecht e diretores do BNDES para liberar dinheiro do banco à empreiteira, sendo esta liberação feita em velocidade incomum – até 49% acima da média -, com valores que, no total, chegaram a 7,4 bilhões de dólares;
– Praticou, em favor da Odebrecht, o crime de tráfico de influência, que pode render de 2 a 5 anos de prisão; – Vendeu sua “influência política” à empreiteira por R$ 7 milhões;
– Usou o contrato de palestras entre sua empresa L.I.L.S (iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva) e a Odebrecht para “dar aparência de legalidade” à própria remuneração pelo tráfico de influência.
Só como “pagamento pelo êxito” em destravar a Venezuela para a Odebrecht, por exemplo, Lula recebeu R$ 330 mil da empreiteira sob a forma de contrato de prestação de serviço.

Também ficou claro que Lula viajava a serviço da Odebrecht e depois se encontrava com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, seu velho parceiro de Foro de São Paulo, como mostrei em vídeo de outubro que também reproduzo abaixo.

O discurso de coitadinho-atacado-pelas-elites fica cada vez mais ridículo para um ex-presidente milionário que aparentemente troca favores espúrios com empreiteiras bilionárias contratadas pelo governo do seu partido e envolvidas em escândalos de corrupção na maior estatal do país.

As farsas lulistas estão caindo uma a uma.

3) Reproduzido abaixo o currículo resumido de Lula, conforme publicado neste blog em outubro, embora ele precise ser atualizado constantemente, como fiz acima. Lula é aquele…

– em cujo governo se institucionalizou o maior esquema de corrupção da história do mundo, conhecido como petrolão, além do esquema de compra de apoio parlamentar conhecido como mensalão, do qual ele era, politicamente, o maior beneficiário;
– suspeito de tráfico nacional (no BNDES) e internacional de influência para favorecer a empreiteira Odebrecht, cujo dono acabou preso, acusado de organização criminosa, lavagem de capitais e corrupção, inclusive em contratos com a Petrobras;
– suspeito de ter vendido a Medida Provisória 471 durante o seu mandato presidencial para favorecer montadoras de veículos com a prorrogação de incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano;
– cujo filho Luiz Cláudio tem uma empresa, a LFT Marketing Esportivo, que recebeu R$ 2,4 milhões de Mauro Marcondes, um dos lobistas investigados por negociar a edição e a aprovação da MP 471;
– cujo filho Luiz Cláudio, formado em educação física e ex-auxiliar de preparadores físicos, conseguiu ainda a proeza de atrair para um torneio de futebol americano o patrocínio milionário de empresas como Budweiser (grupo Inbev), Energético TNT (Cervejaria Petrópolis), Caoa Hyndai, Tigre, Sustenta Energia (grupo JHSF), Qualicorp e Gol, algumas das quais devem muito ao governo do partido do pai;
– cujo melhor amigo, José Carlos Bumlai, que tinha trânsito livre em seu gabinete, é investigado pela Polícia Federal após ser acusado por um pagador de propinas de ter recebido R$ 2 milhões para intermediar negócios no setor de petróleo;
– cuja nora teria sido a beneficiária desses R$ 2 milhões, como possível forma de pagamento pelo lobby que o sogro teria feito na empresa Sete Brasil – em reuniões confessadamente marcadas por Bumlai – a favor do estaleiro de Eike Batista;
– que, segundo o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), “colocou uma quadrilha do seu partido para roubar carteiro e viúva de carteiro” nos fundos de pensão, o que resultou em nova CPI, para a qual o PT barrou a convocação de Bumlai evidentemente com medo das consequências;
– cujo filho Fábio Luís era, nas palavras do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), “limpador de estrume de elefante no Zoológico de São Paulo” e, após a posse do pai como presidente, tornou-se um megaempresário, que foi enriquecendo conforme sua produtora recebia milhões de reais da Telemar, empresa depois favorecida pela alteração de uma lei mediante decreto assinado pelo presidente papai;
– cujo sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos, era um pequeno empresário em Santos-SP, até que uma de suas empresas de engenharia, a Exergia Brasil, foi contratada pela Odebrecht para uma obra em Angola, no mesmo ano em que a empreiteira conseguiu no BNDES um financiamento para esse projeto;
– cujo sobrinho Taiguara ganhou contratos de obras justamente após o titio ex-presidente ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira; e acabou recebendo dela, ao longo de quatro anos, 2 milhões de dólares, conforme o próprio Taiguara admitiu à CPI do banco, sem conseguir comprovar as credenciais que lhe aproximaram dos contratos milionários;
– dono de uma cobertura tríplex no edifício Solaris, no Guarujá (SP), uma das oito obras assumidas por uma empreiteira envolvida no petrolão, a OAS, depois da quebra em 2006 da Bancoop, então presidida por seu amigo João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT atualmente preso pela Operação Lava Jato;
– cujo tríplex e cujo sítio tiveram suas reformas pagas pela mesma OAS, cujo presidente, Léo Pinheiro, que o chamava de “chefe”, também está preso;
– cujo nome estava junto ao de Gilberto Carvalho e José Dirceu na lista de políticos que um empresário ameaçava envolver na teia criminosa que resultou no assassinato, em 2001, do petista Celso Daniel, então prefeito de Santo André;
– cujo partido usou a Petrobras, segundo o operador do mensalão Marcos Valério, para levantar 6 milhões de reais e comprar o silêncio do chantagista citado no item anterior;
– cujo emissário teria sido imbuído com a missão de arranjar serviço e dinheiro para o marido de sua famigerada amante, Rosemary Noronha, que ameaçava contar tudo que sabia dos esquemas dele após ser abandonada;
– que disse, em evento partidário, que o seu ex-ministro e antigo braço-direito José Dirceu, duplamente preso pelo mensalão e pelo petrolão, “tem o meu aval”, e depois mentiu em entrevista à TV sobre os condenados pelo mensalão, dizendo que “não se trata de gente da minha confiança”;
– que deu apoio eleitoral ao ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, cujo governo foi acusado por um promotor de Justiça foragido de tê-lo pressionado para forjar provas que justificassem a prisão e a condenação do opositor político Leopoldo López, a quem senadores brasileiros foram proibidos de prestar uma visita na cadeia quando estiveram no país;
– que se negou a extraditar o criminoso italiano Cesare Battisti, acusado de matar quatro pessoas, para um país democrático que o julgou e condenou democraticamente;
– que foi informante (o “Barba”) do Dops durante a ditadura militar, segundo Romeu Tuma Júnior;
– que legitimou moralmente os crimes fiscais da sucessora e afilhada política, Dilma Rousseff, com a mentira de que as chamadas “pedaladas” foram destinadas a pagar programas sociais como o Bolsa Família, quando, na verdade, elas bancaram grandes empresas e produtores rurais, segundo os próprios dados do BNDES e do Banco do Brasil enviados ao jornal Folha de S. Paulo;
– cuja sucessora e afilhada teve suas contas públicas reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mentiu para a população cometendo uma série de estelionatos eleitorais e ainda quebrou o país, após ter sido eleita e reeleita com dinheiro supostamente roubado da Petrobras no esquema montado no governo do padrinho e continuado durante o seu mandato;
– que, apesar das prisões de seus amigos, companheiros e contratantes; das citações de seu nome e de seus parentes nas investigações dos escândalos de corrupção; do depoimento do doleiro Alberto Yousseff para quem ele sabia de tudo do petrolão; e de mais um monte de passagens nebulosas de sua biografia que não caberiam no presente questionário, sempre alega descaradamente que não sabia de nada, enquanto trama golpe atrás de golpe para salvar a própria pele.

* Assista também:


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