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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Bispo que, há poucas semanas, conclamou o povo “a pisar na cabeça da jararaca” afirma que “quem mentiu tem responsabilidade”

Foto: Rádio Vaticano
O arcebispo de Diamantina, MG, Dom Darci José Nicioli, falou hoje, 16, em entrevista à Rádio Vaticano, sobre a crise atual no Brasil.

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O arcebispo de Diamantina, MG, Dom Darci José Nicioli, falou hoje, 16, em entrevista à Rádio Vaticano, sobre a crise atual no Brasil.

O prelado é conhecido nacionalmente pela oração, em que conclamou o povo a pisar na cabeça da jararaca “Peça, meu irmão e minha irmã, a graça de pisar a cabeça da serpente. De todas as víboras que existem e persistem em nossas vidas”, pregou. “Daqueles que se autodenominam jararacas. Pisar a cabeça da serpente. Vencer o mal pelo bem, por Cristo nosso Senhor”, concluiu. (Leia mais)

“É um momento crítico, nós falamos tanto de crises, e é verdade”, afirmou à rádio Vaticano. “Crise política, econômica, crise das instituições, mas na base de tudo isso esta de fato, que nos temos tanto insistido, uma crise moral, uma crise de valores”.

Há, portanto, “frustração geral, muitos acreditaram no “novo tempo”. Foi propagandeado que nós já éramos um país do primeiro mundo e, de repente, descobrimos que havia muita mentira nisto tudo”, disse Dom Darci, completando que isso “isto está sendo cobrado de quem mentiu. E quem mentiu tem responsabilidade”.

“A maneira de cobrar essas responsabilidades? – perguntou-se – “Nós também temos um ordenamento jurídico que reza como isso deve ser cobrado e de quem deve ser cobrado e com qual intensidade isso deve ser cobrado”, esclareceu.

Portanto, “preservando as instituições, preservamos a democracia. Isso nos dá esperança. É um momento difícil? É um momento difícil! Mas não perdemos a esperança. Porque as instituições estão correspondendo e elas encontrarão, segundo ordenamento jurídico, a saída para este impasse em que nos encontramos”.

Por fim, disse Dom Darci, “a partir dai nós sairemos desta crise muito mais maduros, muito mais adultos, como país. Já estamos deixando aquela história, ‘ah, não falo de política, é coisa suja’”.

“O povo em geral aprendeu com todo esse processo o quão importante é ser político no bom sentido, participar da sociedade, fazendo com que o bem comum esteja em primeiro lugar e os privilégios sejam abolidos. Desta história que estamos vivendo, sairemos como um país mais maduro e haveremos de construir juntos, como brasileiros e brasileiras, com todas as forças vivas da sociedade atuando, inclusive a Igreja, na construção de um Brasil melhor”, concluiu.

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