O presidente do Congresso Nacional, Senador Renan Calheiros, já havia feitos previsões pessimistas quanto ao futuro da presidente Dilma Rousseff bem antes da votação do impeachment na Câmara dos Deputados, no dia 17 de abril. No mês de março, Renan admitiu que, caso a presidente fosse derrotada na Câmara, a decisão do colegiado dificilmente teria chances de ser revertida no Senado.
Esta semana, e com mais propriedade, Renan voltou a confirmar seus prognósticos ao jornalista Gerson Camarotti. A situação que se desenha no Senado é totalmente desfavorável ao governo, tendo em vista que mesmo antes do julgamento final, a casa já possui maioria esmagadora a favor da abertura do processo.
A situação está tão clara, no sentido de que Dilma será efetivamente afastada nos próximos dias e que também será definitivamente cassada no decorrer do processo, que já cria constrangimentos para alguns Senadores. O embaraço tem sido lidar com a insistência do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, em apresentar as mesmas defesas formuladas desde o início do processo.
A falta de conexão com a realidade por parte de Cardozo e Dilma é tão absurda que assusta alguns Senadores. O mesmo pode ser dito sobre o papel da base de apoio ao governo, que não possui mais qualquer argumento de peso para justificar tanta irracionalidade. O país precisa de uma definição rápida para começar a sair da crise. O consenso de que Dilma já era é compartilhado por todos nos bastidores, inclusive por parte de Lula e da cúpula do partido. A indignação de muitos em Brasilia tem com a falta de bom senso de Dilma e de seus auxiliares em levar o processo adiante neste caso.
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