Dom Roberto Ferrería Paz e Dom Geraldo Lyrio Rocha em coletiva de imprensa / Foto: CNBB |
APARECIDA, 07 Abr. 16 (ACI).- Os Bispos, como pastores, têm uma missão específica na Igreja e têm muito a dizer à sociedade, mas os leigos é que vão levar a contribuição dos cristãos para o Brasil frente à atual situação de crise política. Foi o que explicou o Arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, durante a coletiva de imprensa ontem, 6, primeiro dia da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O Arcebispo ressaltou que o tema central da Assembleia, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – sal da terra e luz do mundo”, é uma espécie de resposta ao desafio enfrentado pela Igreja na sociedade.
De acordo com ele, o encontro dos Bispos se reveste de elementos de “grande interesse da vida interna da Igreja e da sociedade brasileira, especialmente neste momento tão delicado, da conjuntura social, econômica, política do nosso país”.
“Claro que nós, os pastores, temos muito a dizer à sociedade, temos uma missão muito específica no interior da Igreja. Entretanto, não podemos nos esquecer de que, se é importante a presença do leigo na vida da Igreja, importantíssima é a sua presença e atuação na sociedade. E na conjuntura em que nós estamos vivendo, são os leigos e leigas que certamente vão trazer a contribuição específica dos cristãos para o nosso país”, declarou.
O Arcebispo de Mariana recordou que os Bispos vão preparar o terceiro volume da série “Pensando o Brasil”, que neste ano abordará as eleições municipais.
Para a elaboração deste documento foi formada uma comissão, da qual faz parte o Bispo de Campos (RJ), Dom Roberto Ferrería Paz, para quem, neste ano de eleições municipais é preciso resgatar o sentido de política e promover um diálogo sobre a crise no país.
O Bispo de Campos salientou que há um temor de que, “com todo este panorama de descrédito ou até mesmo de acusação leviana de toda classe política, exista um absentismo eleitoral bastante volumoso, expresso seja em voto em branco ou voto em nulo”.
O Prelado ainda ressaltou que a CNBB como Igreja não pratica política partidária e não apoia nenhum partido. Segundo ele, cabe aos leigos pertencer, transformar, animar e até mesmo santificar os partidos.
Assuntos da Assembleia
Durante a coletiva os Bispos que atenderam aos jornalistas também elencaram as temáticas que serão abordadas na Assembleia Geral, tais como: a preocupação do episcopado com as alterações no quadro religioso do Brasil, suas causas e componentes deste processo; a questão indígena no Brasil; e a conjuntura nacional, sobre a qual será divulgada uma declaração da Assembleia a respeito.
Além disso, também será dado destaque à apresentação da declaração conjunta da Comissão Bilateral da Igreja Católica e da Igreja Luterana sobre os 500 anos da Reforma Protestante “Do conflito à comunhão”.
Estão ainda na agenda dos Bispos o XVII Congresso Eucarístico Nacional que acontecerá em agosto em Belém (PA), a preparação para o Jubileu dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, os jogos olímpicos e paraolímpicos do Rio de Janeiro.
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Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/
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