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sábado, 30 de abril de 2016

O BNDES E AS PEDALADAS

Em sua participação na comissão especial do impeachment no Senado, a advogada e professora de direito Janaína Paschoal contestou a tese do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, de que pedaladas fiscais tenham sido legais e praticadas para, entre outros pontos, beneficiar programas sociais. “Nunca falam do Bolsa Empresário. Por que esse PSI encheu de dinheiro grandes empresários, bilionários? Fala-se que pedaladas foram feitas para pagar equalização dos juros. O governo mandou o BNDES distribuir nosso dinheiro a juros ridículos. Só que o BNDES, ao captar esse dinheiro, tinha que pagar juros elevadíssimos. Isso gerou empregou ou riqueza para o país? Pagamos para rico e bilionário ganhar dinheiro a nossas custas. Esse é o governo que se preocupa com o social”, atacou a jurista.

O governo poderia ter evitado as pedaladas fiscais se não tivesse transferido para o BNDES o montante de R$ 716 bilhões entre 2008 e 2014. Esse montante foi atingido a partir dos repasses de recursos do Tesouro e de fundos como FGTS, FAT e PIS/Pasep ao Banco.

Essa enorme quantia acabou beneficiando “grandes empresas, escolhidas pelo governo para serem campeãs do capitalismo nacional, e países governados por ditaduras corruptas”. Só o governo de Angola recebeu R$ 8,8 bilhões do BNDES, a juros subsidiados pelo Tesouro do Brasil, além de outros, como Cuba, Venezuela e mais de uma dezena de países.

Confira...


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