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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Gabrielli desviou dinheiro da Petrobrás para campanha de Wagner, diz Cerveró

O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou, em acordo de delação premiada, que propina da Petrobras articulada pelo então presidente da estatal José Sérgio Gabrielli abasteceu a campanha para governador da Bahia, em 2006, do petista Jaques Wagner, hoje ministro-chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff.
Ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró
O relato de Cerveró foi reproduzido pela PGR (Procuradoria Geral da República) em manifestação na qual pediu a inclusão de Wagner e Gabrielli como investigados no inquérito que apura a existência de uma organização criminosa na Petrobras, da Operação Lava Jato. A PGR pediu a inclusão, como investigados, de integrantes da cúpula do PT e do PMDB, dentre eles o ex-presidente Lula.
Vitoria de Jaques Wagner surpreenderam os baianos
“Os volumes comercializados pela área de trading são gigantescos. Qualquer alteração de centavos no preço de comercialização do barril leva à geração de um grande volume de recursos e a diferenças gigantescas na aquisição final. Aí reside uma grande margem para propinas, por se tratar de um grande volume de recursos e difícil controle”, afirmou Cerveró, de acordo com trecho disponibilizado pela PGR.

E completou: “Grande parte desses recursos foi usada na campanha de Jaques Wagner em 2006”.

Outra operação também rendeu aportes para a campanha do petista, de acordo com Cerveró. Foi a construção de um prédio para transferir a área financeira da Petrobras para Salvador.

“A transferência da área financeira da Petrobras para Salvador foi para atender pretensões eleitorais de Jaques Wagner e Sérgio Gabrielli, mediante levantamento de recursos para suas campanhas, mas não tem informações mais detalhadas sobre como se deu esse levantamento de recursos”, disse Cerveró.

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