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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Intelectual de Yale, lésbica e ateia: A homossexualidade não é normal

Camille Paglia. 
Foto: Flickr de Fronteiras do Pensamento 
(CC BY-SA 2.0).

Por Ana Fuentes
MADRI, 09 Fev. 17  (ACI/Actuall).- Camille Paglia foi a primeira mulher que se declarou lésbica na Universidade de Yale e, no seu pensamento feminista e ateu, tem um discurso absolutamente contrário ao “oficial” impulsionado pelos grupos de pressão LGBTI (lésbicas, gays, transexuais, bissexuais e intersexuais) em todo o mundo.

Segundo informa Giampaolo Rossi em seu blog do jornal italiano ‘Il Giornale’, Paglia realiza uma série de afirmações que quebram estereótipos e dogmas da ideologia de gênero.

Rossi explica que Paglia é feminista, “mas despreza o feminismo contemporâneo”, porque em sua opinião “culpam os homens por tudo”, ao contrário dos movimentos feministas do começo do século XX.

Entretanto, Camille Paglia tem outras opiniões disruptivas surpreendentes, pois são de uma pessoa ateia, feminista e lésbica. “Os códigos morais são a civilização. Sem eles, estaríamos angustiados pela barbárie caótica do sexo, da tirania da natureza”, diz Paglia.

Existem apenas dois sexos na natureza

Em sua opinião, a homossexualidade e as tendências transgêneros são “uma forma de disfunção”, porque na natureza “existem apenas dois sexos biologicamente determinados”. Por outro lado, acrescenta que os casos reais de androginia “são muito raros” e as outras definições de gênero “são consequência da propaganda”.

“A homossexualidade não é normal; pelo contrário, é um desafio para o Estado”, explica.

Crianças transgênero, “maltrato infantil” Camille Paglia está de acordo com o Colégio Americano de Pediatria, que condena os tratamentos e mutilações realizados em crianças que, em determinado momento, expressam um sentimento diferente do seu sexo biológico.

Para ela, não há nenhuma desculpa para os pais que, com a ajuda de médicos complacentes, mudam o sexo dos seus filhos para expressar sentimentos transgênero: “É uma forma de maltrato infantil”, sublinha.

Religião e estruturalismo

Segundo apresenta Giampaolo Rossi, apesar de negar a existência Deus, Paglia reconhece o papel histórico das religiões, especialmente do cristianismo: “Tenho um grande respeito pela religião, que considero uma fonte de valor psicológico infinitamente mais rica do que o estruturalismo eticamente insensato, que se tornou uma religião secular”.

E acrescenta: “Os códigos morais são a civilização. Sem eles, estaríamos angustiados pela barbárie caótica do sexo, da tirania da natureza”.

O ativismo LGTBI é “barulhento, egoísta e doutrinário”

Paglia detesta as manifestações e a intolerância organizada pelo lobby LGTBI. Ela pergunta: “Por que nos últimos anos não tivemos nenhum líder gay à altura de Martin Luther King?”.

Decadência do Ocidente

Camille Paglia considera que a decadência do Ocidente tem alguns sinais relacionados com o mundo LGTBI. No seu ponto de vista, “nada define melhor a decadência do Ocidente do que a nossa tolerância aberta à homossexualidade e à transexualidade”.

Nesse sentido, em um programa na televisão brasileira, Paglia assinalou: “O aumento da homossexualidade e da transexualidade são um sinal de decadência de uma civilização”.

Segundo ela, a resposta é óbvia e passa pela falta de profundidade e pelo infantilismo: “Pois o ativismo negro é inspirado na profunda tradição espiritual da igreja, à qual a retórica política gay foi hostil de uma forma infantil”.

“Barulhento, egoísta e doutrinário, o ativismo gay é completamente desprovido de uma perspectiva filosófica”, acrescenta Paglia.

Publicada originalmente em Actuall.

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