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domingo, 5 de novembro de 2017

É pecado “chamar” os defuntos?
Isso é o que a Igreja ensina sobre o cuidado com as almas


Lima, 02 Nov. 17 (ACI).- Pe. Carlos Rosell, reitor do Seminário Santo Toribio de Mogrovejo da Arquidiocese de Lima (Peru), explicou qual é o cuidado que os fiéis devem ter para com seus defuntos e que “chamar” os defuntos para tentar conversar com eles é pecado.

Em declarações ao grupo ACI, o também membro da Comissão Arquidiocesana para a Doutrina da Fé da Arquidiocese de Lima, assinalou que a palavra “espíritos” é um termo muito amplo, que inclui os anjos, bons e maus, assim como os defuntos.

“Quando se diz ‘vou invocar espíritos’ poderia se entender ‘vou invocar os anjos caídos’, o que é um pecado muito grave, mas ‘vou invocar os meus defuntos’ também é pecado grave”, advertiu.

Pe. Rosell assinalou que “o que podemos fazer pelos nossos defuntos é apenas rezar por eles. O resto vem do maligno”.

O que a Igreja nos ensina sobre o “além”, disse o sacerdote peruano, é “invocar os santos, que são nossos amigos, sobretudo pedir-lhes muito e pedir à Santíssima Virgem Maria, nossa Mãe, para que vivamos na Graça de Deus”.

“A Igreja também nos ensina a oferecer a Santa Missa pelos nossos defuntos”, recordou.

“Nós podemos ajudar as almas do purgatório rezando por elas, é o que chamamos de sufrágios. A Igreja também nos fala acerca do inferno não para nos amedrontar, mas para nos ensinar que podemos perder o céu se usarmos mal a nossa liberdade”, assinalou.

Pe. Rosell advertiu que “quem faz o que se denomina invocação de espíritos está brincando de ser Deus. Deus é o Senhor do além e a maneira correta de nos relacionar com os defuntos não é através da invocação, mas através da oração”.

“Se são santos, invocamo-los para que nos ajudem”, explicou. Mas, ressaltou que, “se não sabemos se nossos defuntos estão no céu, o que devemos fazer é rezar por eles, sobretudo oferecer a Santa Missa”.

“Essa é a maneira correta de nos relacionarmos com o além”, assegurou o reitor do seminário de Lima, pois “outras maneiras de nos relacionarmos com os nossos defuntos, como o espiritismo, são portas abertas para chamar o maligno”.

“O maligno se serve dessas técnicas de invocação para entrar na vida de uma pessoa e arruiná-la”, assinalou.

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