Por Grazi com Z
Geralmente visto como briga de vizinho, som em alto volume é um motivo constante de brigas e aborrecimentos, é inadmissível que o cidadão, fique impedido de estudar, ler, assistir televisão e até ouvir suas próprias músicas porque o vizinho possui um trio elétrico particular e acha que deve liga-lo no volume máximo, pior ainda esse tipo de elemento ainda estufa o peito para dizer: ” tem som quem pode “. Poucos Municípios no Brasil possuem algum programa voltado ao combate da poluição sonora, considera pela OMS uma prioridade ecológica para esta década. Pelo contrário, prefeituras preferem é investir em barulho, gastando o dinheiro do contribuinte em festas desnecessárias como carnaval, entre outras. Educar a população pra que, é melhor um povo que só pense em festa e em ligar som no último volume nos finais de semana e feriados e os mais desocupados, fazem isso a semana inteira.
Não é de se estranhar que apenas pessoas que estudam reclamam de vizinhos barulhentos, algumas pessoas não gostam mas acham que algo aceitável e preferem não se manifestar contra, provavelmente gente que não precisa de silêncio e acaba tolerando a incivilidade alheia. Enquanto existirem a venda equipamentos de som cada vez mais potentes para o usuário doméstico nada vai mudar, ainda que o poder p´publico tivesse boa vontade de agir, seria necessária uma equipe imensa para dar conta da incivilidade que domina as pessoas nos finais de semana e feriados, fazendo com que as mesmas liguem som em volume altíssimo. Aquilo que entra em sua, sem que você queira ouvir, ainda que seja uma música (de péssimo gosto), é um ruído, ao meu ver não deveria existir distinção ‘técnica ‘ entre ruído e som, ambos são sinônimos, ruído é todo som que entra em minha contra minha vontade.
Os baderneiros do som automotivo, praga urbana que se reproduz na velocidade das amebas, insistem na tese alucinada quem ” som alto não faz mal a ninguém “, faz pena que demora, infelizmente os males causados pela poluição sonora, a qual estas criaturas se submetem por vontade própria, demoram a aparecer. Mas só o fato de acharem som em volume absurdo, “baixo” já é um sinal de perda auditiva e diga-se de passagem irreversível. Porém os que não querem ouvir a anti música dos outros, sofrem bem mais cedo as consequências negativas da exposição ao ruído, não importa o volume, quando a pessoa é submetida a um fundo musical indesejado e constante, inevitavelmente ficará, estressada, ansiosa, com distúrbios e apenas estes sintomas já são suficientes para desencadearem outros problemas de saúde a quem é submetido a um desconforto acústico, porque a voz do cantor Pablo por exemplo causa desconforto acústico.
A seguir listo uma série de malefícios causados pela poluição sonora, ritmos como arrocha que as pessoas só escutam em volume muito elevado, por si só já são poluição sonora, não é som é ruído e pronto!
Os ruídos (música que vem da casa dos outros, de som de mala, por exemplo), causam os seguintes problemas:
Redução da capacidade de comunicação: Deve ser por isso que esse pessoal não fala grita em festas muito barulhentas a conversa fica proibida, ou você grita, gesticula, cutuca é como no tempo das cavernas, quando o ser humano não sabia ainda falar, hoje possui a habilidade de comunicação mas prefere promover barulho o suficiente para interferir a comunicação oral e portar-se como um homem das cavernas.
Redução da capacidade de memorização: facílimo de ser observada, ou melhor: ouvida, já que esses elementos escutam a mesma música, várias vezes seguidas, mesmo a letra sendo basicamente um refrão de no máximo 15 palavras diferentes, ainda assim passam hooooooooooooooras ouvindo a mesma desgraça.
Perda ou redução da audição: eles não percebem, quanto mais aumentam volume, mais insistem que o som está baixo, já apresentam perda auditiva.
Diminuição do sono: não converso com gente incivilizada, não posso afirmar que essas criaturas apresentem redução do sono, mas as pessoas submetidas ao estresse provocado por a turma da baderna terão distúrbios do dono. Aqui morou um demônio que ligava o som no máximo entre duas e 3 da manhã, de domingo a domingo, mesmo após a criatura ter ido embora, ainda passei meses acordando às 3 da manhã e só voltava a dormir quando o dia estava amanhecendo. Eu diria até que provoca alucinações, porque um dia que o elemento não ligue você até escuta Silvano Sales, Pablo e as outras desgraças, mesmo não tendo nada ligado.
A questão também é biológica, não trata apenas de reconhecer que arrocha, axé e pagode são lixos sonoros, mas o organismo de algumas pessoas não toleram o barulho e quando as músicas são dos piores gêneros musicais existentes é ainda pior. Em colaboração com gente incivilizada, o que os fabricantes fazem? Passam a produzir equipamentos de som ainda mais potentes, como a Sony, que se orgulha de ter lançado o micro System mais potente do mundo uma coisinha irritante de 40.000 watts de potência para uso doméstico, certamente quem inventou não mora perto de ninguém que tenha um desses, nem terá seu sossego, tranquilidade e silêncio roubados.
Pesquisando sobre poluição sonora encontrei o um texto que reúne toda a Legislação referente à poluição sonora, vai das que AINDA não são cumpridas a algumas que estão em votação, o texto é 2007, mas como a poluição sonora não é vista como um problema de saúde pública no Brasil – apesar do CONAMA dizer que é um problema de saúde e sossego públicos – não duvido que o que estava em votação, ainda não tenha sido votado. O título do artigo é LEGISLAÇÃO FEDERAL SOBRE POLUIÇÃO SONORA RELATIVA AO AMBIENTE RESIDENCIAL, autora: ANA TEREZA SOTERO DUARTE, apresenta mais problemas de saúde, além dos já citados e faz uma distinção entre som e ruído, nisso eu discordo poluição sonora é ruído, não importa se é uma música ou uma britadeira, incomodou é ruído.
O que mais me chamou a atenção no artigo citado é que alguém além de mim também acha que a exposição a níveis moderados (ou seja o volume que incomoda é o que entra em sua casa) produz um resultado mais traiçoeiro (na vítima da poluição sonora), provocando de forma gradativa: estresse (muito!), distúrbios físicos, mentais e psicológicos (os dois últimos também ocorrem nos incivilizados, só doente mental pra ligar som às 2 da manhã por exemplo), insônia (sim!) e problemas auditivos (espero que eles fiquem surdos).
A exposição contínua a um fundo musical indesejado, uma vozinha maldita como a de Pablo, ainda que o volume não faça os vidros de sua casa tremerem é altamente estressante e prejudicial à saúde mental de quem tem um propósito na vida, não as pessoas já de saúde mental comprometida (ainda que não saibam disso), que vivem apenas para ligar som em volume máximo.
Em muitas das denúncias que já, fiz sempre sugeri ao MP, que obriguem as lojas que vendem máquinas de fazer barulho, afixarem perto dos aparelhos a legislação referente ao barulho, a pessoa compra sabendo que se abusar do volume do som estará praticando as contravenções penais Perturbação do sossego alheio e Perturbação da tranquilidade de alguém, ou Crime ambiental de poluição sonora. As lojas que instalam som automotivo, deveriam apresentar a mesma legislação aos seus clientes acrescido do CBT, que entre outras coisas considera som fora do padrão infração de trânsito. Na verdade vou mais longe e sugiro que tais lojas sequer deveriam existir pois exercem uma atividade proibida por Lei.