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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

A pedido de Lula, PT teria enviado emissários para sondar Forças Armadas


11 de outubro de 2018

Segundo o Estadão, partido quer saber qual seria a reação dos militares em caso de vitória de Haddad no segundo turno.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, teria instruído emissários para que sondassem chefes das Forças Armadas.

De acordo com as informações do Estadão, o propósito de Lula seria saber qual a reação dos militares em caso de vitória do ex-prefeito de São Paulo e candidato à Presidência da República, Fernando Haddad, no segundo turno da eleição.

Segundo a reportagem, Lula buscou três interlocutores que já foram ministros da Defesa durante as gestões do PT. Os nomes deles são: Nelson Jobim, Celso Amorim e José Viegas.

O principal emissário seria Jobim, que já teria entrado em contato com o comandante-geral do Exército, general Eduardo Vilas Bôas e com o general Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Pública Institucional.

Em nota, o Exército confirmou que houve esse encontro entre o ex-ministro Jobim e o general Villas Bôas, entretanto, não informou qual foi o conteúdo da conversa, já que eles se reuniram a sós e com as portas fechadas. Ao jornal Estado de S. Paulo, Jobim negou que tenha ido à Brasília tratar sobre esse assunto e disse que foi apenas visitar antigos amigos.

Uma outra parlamentar do PCdoB de Minas Gerais, Jô Moraes, também teria se encontrado com militares para conversas restritas. Contudo, ela afirma que suas conversas eram referentes a projetos relacionados à Câmara.



Conduta dos militares

Ainda segundo o Estadão, o PT quer saber qual seria a conduta dos militares caso Haddad vença a eleição. A resposta dos chefes das Forças Armadas teria sido: “cumpre-se a Constituição”. Também foi avisado ao PT que não interfira nas questões relacionadas aos militares que envolvem os quartéis.

De acordo com os emissários enviados por Lula, os militares garantiram que são legalistas e que respeitam a decisão das urnas. Entretanto, deixaram claro que não vão aceitar qualquer interferência em questões internas das Forças Armadas como, por exemplo, politizar promoções ou interferir nos currículos das escolas militares. Alterar a Lei de Anistia também seria algo não aceito pelos militares.

Indulto

Em relação a um possível indulto a Lula, os chefes avisaram que isso é um problema da Justiça. Porém, eles informaram que isso não seria bom, pois reforçaria a falta de segurança jurídica no país.


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