Pegos de surpresa e tão distantes da realidade da sociedade brasileira que não conseguem intuir os reais motivos das manifestações que ocorrem em todo o país, depois do estopim aceso em São Paulo em manifestação contra o aumento da passagem do transporte urbano – e mais do que isso, a quebra de recente promessa de campanha de melhoria do sistema sem ônus aos usuários –, a classe política reagiu.
No melhor estilo “Ditadura da Maioria dos Políticos” o senador-bispo ou bispo-senador Marcelo Crivella, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, deve reapresentar um projeto de repressão, de sua autoria em parceria com Ana Amélia (PP-RS) e Walter Pinheiro (PT-BA), eleito pela bancada evangélica de seu estado.
O Projeto de Lei 728/2011 prevê que manifestações durante a Copa das Confederações – que está em andamento e deve ser retirada sua menção no texto a ser apresentado – e a Copa do Mundo a ser realizada em 2014 sejam tratados como atos de terrorismo e limita o direito dos trabalhadores à greve.
O Projeto
O projeto define crimes e infrações administrativas com vistas a incrementar a segurança das Copas a serem realizadas e prevê o incidente de celeridade processual e medidas cautelares específicas, bem como disciplinar o direito de greve no período que antecede e durante a realização dos eventos, entre outras providências.
As penas previstas variam entre 15 a 30 anos, e especifica que questões ideológicas sejam enquadradas em crimes de terrorismo.
Por tudo o que representa e por haver sido rejeitado em enquete feita pela Agência Senado, entre os dias 16 de abril e 1º de maio, quando e 67% das pessoas se colocaram contrários à proposta, é apenas mais um susto em nossa claudicante democracia. Crivella, sai desse Senado que não te pertence.
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