Partidos da oposição passaram o dia discutindo a proposta do plebiscito. E prepararam um documento para defender que a consulta popular seja feita depois que o Congresso propuser as mudanças.
Partidos da oposição passaram o dia discutindo a proposta do plebiscito. E prepararam um documento para defender que a consulta popular seja feita depois que o Congresso propuser as mudanças.
Os dirigentes dos principais partidos de oposição dizem que o governo tem pressa em propor este tipo de consulta popular para desviar a atenção dos problemas reais do país.
“Acredito que é um diversionismo você ficar discutindo reforma política por plebiscito ou referendo. E se tiver que ser discutido, será pelo Congresso Nacional, que é competente para isso. Nós defenderemos o referendo. O que é importante e que o Brasil exige e quer discutir é o enfrentamento da corrupção, o enfrentamento dos problemas na área da saúde, da segurança, da mobilidade urbana. Porque foi isso que levou o povo à rua”, apontou o deputado Roberto Freire, PPS-SP, presidente do PPS.
Em nota conjunta, PSDB, PPS e DEM chamaram de tentativa golpista a proposta de realização de uma constituinte exclusiva para a reforma política. O governo já desistiu dessa ideia. A nota diz que as oposições são favoráveis à consulta popular. Mas não sob a forma de plebiscito, convocado e aplicado antes da reforma tramitar no Congresso. E sim de um referendo, convocado e aplicado depois da reforma política, que seria confirmada ou não pelo voto popular.
“Plebiscito tem custo, é caro. Não há tempo suficiente para um grande debate nacional. O congresso tem autoridade constitucional para elaborar novo modelo político e submeter a população nas eleições de 2014, sem custo nenhum, sem despesas nenhuma para um referendo”, disse o senador Álvaro Dias, PSDB-PR, vice-líder do partido no Senado.
O Palácio do Planalto informou que a presidente Dilma quer se reunir com a oposição na próxima segunda-feira. Os oposicionistas afirmam que o convite ainda não chegou, mas deixam claro que aceitarão o encontro e querem que a pauta seja mais ampla do que a reforma política.
“O público está se manifestando por melhores serviços públicos, contra a corrupção, contra o desperdício de dinheiro público na Copa. A pauta hoje do país não é a reforma política, não é o plebiscito da reforma política”, afirmou o senador Aloysio Nunes Ferreira, PSDB-SP
líder do partido no Senado.
“Se o convite for feito, o convite será aceito. Não para discutir um único ponto. Para discutir as aflições da sociedade por inteiro. Essa pauta deve refletir a inteireza das preocupações que a sociedade está interpretando nos movimentos de protestos nas ruas”, declarou José Agripino, DEM–RN, presidente do partido.
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