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terça-feira, 9 de junho de 2015

Os ratos abandonam o barco petista, novo delator vai contar tudo que sabe


Novo delator pode derrubar Dilma Rousseff e PT

Júlio Faerman fechou acordo de delação premiada com os procuradores da Operação Lava Jato e espera apenas a homologação da Justiça para contar o que sabe. Por enquanto, informou o Correio Braziliense, sua defesa preferiu manter o silêncio na CPI da Petrobras. Faerman é o lobista da construtora holandesa de navios SBM Offshore, empresa que admitiu ter pago, por meio dele, 139 milhões de dólares em propinas para funcionários da estatal.

O delator Pedro Barusco contou que Júlio Faerman repassou 300 mil dólares em propinas à campanha de Dilma Rousseff, em 2010, por meio do tesoureiro petista João Vaccari Neto, o que pode acarretar até a extinção do PT por receber dinheiro do exterior. Dilma Rousseff, em entrevista a uma emissora de televisão francesa, afirmou:

“Estão tentando envolver a minha campanha. Não existe nenhum indício que o prove. Não só em 2010, mas também em 2014.” Dilma está tensa. Um dos indícios da sujeira de sua campanha está prestes a ser confirmado por Faerman para o juiz Sérgio Moro. Como disse o outro delator do esquema internacional da SBM, Jonathan David Taylor:

“Se tudo isso tivesse sido descoberto mais cedo, Dilma Rousseff não seria presidente.”

A Verdade Sufocada 09/06/2015

Os ratos começam a saltar fora do barco PTista.

(Folha) Afetado por uma forte crise de imagem, o PT vê ameaçada a eleição em cidades do Nordeste em 2016. Foram os eleitores dos nove Estados da região, principal base de apoio do governo Dilma Rousseff, que garantiram sua reeleição em 2014.

Assessores do Palácio do Planalto esperam a eleição mais "dura da história" em São Paulo, onde o PT viu sua rejeição disparar. Mas o Nordeste passou a preocupar após uma pesquisa interna do PT mostrar que a taxa de aprovação do governo Dilma é de cerca de 10% no Brasil.

Os números foram discutidos durante o último encontro de Dilma e o ex-presidente Lula, em Brasília, há cerca de duas semanas. Aliados relatam o temor de reflexo da crise entre os chamados "convertidos", eleitores fieis ao PT. A pesquisa foi usada como argumento para reforçar a necessidade de construir uma agenda positiva para Dilma.

Entre os nordestinos, Dilma teve quase 72% dos votos válidos, desempenho um pouco abaixo do de Lula em 2006, quando foi reeleito com 77%. Em 2014, o PT elegeu Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí) governadores. Em 2012, elegeu 187 prefeitos no Nordeste, 52 a mais que em 2008, mas perdeu capitais importantes, como Recife (PE) e Fortaleza (CE).

DEBANDADA

Petistas têm recebido reclamações de prefeitos candidatos à reeleição insatisfeitos com a posição do partido de não aceitar doações empresariais. Eles se queixam de que, sem isso, terão as campanhas inviabilizadas. Alguns ameaçam deixar o partido antes de outubro. Para evitar a debandada, o PT deve atenuar a decisão de não aceitar doações.

Inicialmente, o congresso do partido, no próximo fim de semana, na Bahia, ratificaria o compromisso do PT de proibir doações empresariais. Mas, após a Câmara aprovar repasses exclusivamente para os partidos, houve um recuo. Se a regra prevalecer e o PT aprovar o veto às doações privadas, as campanhas de 2016 vão depender só de financiamento público. Segundo um dirigente petista, "os prefeitos não aceitam" essa situação e teriam repassado a queixa para Lula.

Uma alternativa seria adiar a decisão sobre doações, sob alegação de que falta concluir as votações sobre reforma política no Congresso. Na prática, afirmam petistas, o tema deve ser esquecido. No interior de São Paulo, auxiliares de Dilma já esperam que prefeitos e vereadores do PT migrem para a base do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O principal motivo da debandada é o aumento da rejeição ao PT entre os eleitores paulistas. A preocupação de prefeitos e vereadores é a repetição, em 2016, do fraco desempenho da sigla em 2014.

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