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terça-feira, 9 de junho de 2015

Bispos, parlamentares e cristãos em geral se manifestam contra desrespeito aos símbolos sagrados por parte de grupos LGBT

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Jun. 15 / (ACI).- Após o caso do ataque a símbolos religiosos durante a 19ª Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) em São Paulo, no domingo, 7, foram muitas as manifestações de repúdio por parte dos cristãos. Na noite de segunda-feira, 8, o Arcebispo da capital paulista, Cardeal Odilo Pedro Scherer, se manifestou por meio de redes sociais, comentando a banalização das imagens, exigindo o devido respeito à religião católica.

“Muitas pessoas me questionaram sobre a imagem de um transexual na cruz durante a Parada Gay. Entendo que quem sofre se sente como Jesus na cruz. Mas é preciso cuidar para não banalizar ou usar de maneira irreverente símbolos religiosos, em respeito à sensibilidade religiosa das pessoas. Se queremos respeito, devemos respeitar”, postou em seu Facebook.

O Bispo de Palmares (PE), Dom Henrique Soares da Costa, também recorreu às redes sociais para comentar o ocorrido que, para ele, é mostra de degradação social. “Só tenho pena, muita pena de uma sociedade que se degrada, de uma gente que perdeu o rumo, o sentido, os valores... Pena! Muita pena de ver aonde chegamos, aonde chegou a nossa sociedade, aonde chegaram certos homossexuais”.

Referindo-se à marcha em São Paulo, Dom Henrique afirma: “Ali somente se mostra o que é essa ‘cultura gay’...”. Por fim, o prelado expôs o respeito para com aqueles que não concordam com esses fatos. “Aos homossexuais que não fazem bandeira de sua orientação sexual, aos que não se degradam, mas dignamente levam adiante sua vida, pessoas entre pessoas, sem placa de orientação sexual na testa, sabendo que a sexualidade faz parte da vida, mas não é a vida toda, a esses, meu respeito e minha solidariedade! Sei que não compactuam e se envergonham da degradação que todos vimos”, escreveu.

Da mesma forma, leigos católicos expressaram sua indignação frente aos fatos. A cantora pró-vida Elba Ramalho classificou o ocorrido como blasfêmia a Cruz e fruto da intolerância religiosa. “As blasfêmias contra a Santa Cruz são a prova da intolerância religiosa disseminada no mundo! Uma cultura de ódio e de morte alimentada por movimentos extremistas com o aval da grande mídia, levada a extremo pelos que acreditam que liberdade é aprisionar o outro”, escreveu, destacando ainda participar da Santa Missa todos os dias, em diferentes locais e nunca ter ouvido um discurso homofóbico de qualquer sacerdote ou “ataques gratuitos contra outros segmentos religiosos”.

Na nota, Elba explicou que a Igreja Católica vive o Amor, celebrando na Eucaristia o banquete que Cristo preparou para os homens, cujo alimento é Seu próprio Corpo e Sangue. Ela citou ainda a misericórdia de Deus. “Oramos por todos, indistintamente, meditamos na Palavra e seguimos nossas vidas buscando fazer bem todo o bem que deve ser feito. Não julgamos, não condenamos! Nosso Deus é o Deus da Misericórdia. Ao contrário! Em toda a Era Cristã, o sangue dos Santos e mártires tem sido derramado nos quatro cantos do mundo, pelo ódio e intolerância de almas incautas”.

O Deputado católico Eros Biondini (PTB-MG), membro da bancada cristã na Câmara, também repudiou o uso profano de símbolos cristãos na parada gay: “Que triste! É lamentável que alguém para exigir respeito desrespeite e zombe do maior símbolo dos cristãos, a cruz de Cristo! Tenho certeza que essa cena deplorável não representa a atitude dos homossexuais que legitimamente lutam contra o preconceito e a discriminação! Instalou-se a cultura de ódio no Brasil! Eu acredito na cultura da paz, da vida e do Amor!”

Se por um lado, no Brasil, militantes da causa LGBT querem a criminalização da homofobia, parlamentares cristãos decidiram pedir a criminalização da “Cristofobia”.

Neste sentido, nesta segunda-feira, 8, foi apresentado na Câmara dos Deputados um projeto que tornaria crime hediondo a prática de ultraje a culto. No texto, de autoria do líder do PSD na Casa, o deputado cristão Rogério Rosso (DF), é utilizado o termo “Cristofobia” para definir as manifestações que se utilizam de símbolos religiosos como forma de preconceito.

Na plataforma CitizenGo foi lançada uma petição pública pedindo a criminalização do “uso pejorativo de símbolos religiosos em protestos ativista social e/ou político, pois promovem a intolerância”. O pedido de assinaturas partiu da psicóloga cristã Marisa Lobo, que quase teve seu registro cassado por atender homossexuais que querem deixar este estilo de vida. A cassação foi anulada pela Justiça.



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