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sábado, 29 de agosto de 2015

Lula discutia negócios da Odebrecht em Cuba, afirma revista

De acordo com Época, documentos secretos mostram que o ex-presidente intermediou negócios da empreiteira brasileira em território cubano na tentativa de liberar novo empréstimo do BNDES no valor de US$ 290 milhões.
POR CONGRESSO EM FOCO
 Reportagem da revista Época desta semana afirma que o ex-presidente Lula atuava como “lobista” da empreiteira Odebrecht em Cuba, onde a construtora faturou US$ 898 milhões, o equivalente a 98% dos financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) àquele país. Correspondências diplomáticas às quais a publicação teve acesso indicam que o ex-presidente discutia detalhes de negócios da Odebrecht em Cuba com autoridades brasileiras e cubanas. De acordo com a revista, Lula usou o nome da presidente Dilma em suas conversas sobre o assunto. “Chegava a discutir, em reuniões com executivos da Odebrecht e Raúl Castro [presidente cubano], minúcias dos projetos da empreiteira em Cuba, como os tipos de garantia que poderiam ser aceitas pelo BNDES para investir nas obras”, diz a reportagem de Thiago Bronzatto.

Os documentos apontam que Lula dizia aos diplomatas brasileiros em Cuba que trataria de interesses da construtora e do governo cubano com a presidente Dilma. Um dos telegramas diplomáticos publicados pela reportagem relata conversas atribuídas ao ex-presidente a respeito de garantias que o governo de Cuba poderia oferecer por novo empréstimo do BNDES, agora no valor de US$ 290 milhões. O dinheiro, que ainda não foi liberado, tem como destinação prevista a execução de obras de infraestrutura no entorno do porto de Mariel, construído com financiamento de US$ 682 milhões concedido pelo banco brasileiro. Assim como no porto, as obras do entorno também teriam como beneficiária a Odebrecht.

A correspondência, assinada pelo encarregado de negócios na embaixada do Brasil em Havana, Marcelo Câmara, informa que, “em conversa reservada com o pres. Lula”, representantes da Odebrecht declararam temer o veto do Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Config), do BNDES, sem contrapartida de Cuba por meio “garantias soberanas”. Na conversa com o ex-presidente, os executivos disseram que o governo brasileiro poderia exigir como garantias a oferta de medicamentos para o Brasil, a alocação de repasses do Mais Médicos, o arrendamento de uma mina de níquel a uma empresa brasileira ou a venda da produção de nafta para a Braskem, empresa do grupo Odebrecht.

Ainda de acordo com o telegrama, os representantes da empreiteira informaram ao ex-presidente Lula que a venda de nafta à Braskem era a hipótese mais “factível” a ser aceita pelo governo cubano. E recomendavam que o dinheiro fosse colocado numa conta à margem dos organismos internacionais de fiscalização.

Segundo o documento, Lula disse ter tratado do assunto com o presidente cubano Raúl Castro, “com ênfase à opção pela venda de nafta”. Conforme o relato da correspondência diplomática, o ex-presidente disse ainda “que reportaria teor das conversações oportunamente” a Dilma.

“Parte expressiva dos documentos obtidos com exclusividade por Época foi classificada como secreta pelo governo Dilma. Isso significa que só viriam a público em 15 anos. A maioria deles, porém, foi entregue ao Ministério Público Federal, em inquéritos em que se apuram irregularidades nos financiamentos do BNDES às obras em Mariel”, informa a revista.

Em outro inquérito, o ex-presidente é investigado pelos procuradores pela suspeita de ter praticado o crime de tráfico de influência internacional, ao usar seu prestígio para unir BNDES, governos na América Latina e na África e projetos de interesse da Odebrecht.

Lula sempre negou ter atuado como lobista da construtora. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, o ex-presidente recebeu R$ 2,8 milhões da empreiteira desde que deixou o Planalto. De acordo com o ex-presidente, trata-se de pagamento de palestras proferidas por ele ao grupo.

Reportagem do jornal O Globo, de abril, mostrou que Lula viajou pela empreiteira com o executivo Alexandrino Alencar, que viria a ser preso dois meses depois na Operação Lava Jato, sob a acusação de pagar propina a agentes públicos.

O ex-presidente Lula não quis se manifestar sobre o conteúdo das correspondências diplomáticas divulgado pela revista Época. Em julho, questionado sobre sua ligação com a empresa, o petista disse que “não recebeu, não recebe e jamais receberá qualquer pagamento de qualquer empresa para dar consultoria, fazer lobby ou tráfico de influências”.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Os filhos da CUT e os filhos do Brasil


Há dois grupos em conflito: os filhos da CUT e os filhos do Brasil. Eles podem ser facilmente reconhecidos pelas cores que usam nas manifestações: os filhos do Brasil vão de verde-amarelo; os filhos da CUT preferem vermelho.

Os filhos do Brasil, mais numerosos, fazem seus protestos no domingo, porque precisam trabalhar na segunda-feira. Os filhos da CUT, em menor número, fazem seus protestos no meio da semana, porque têm estabilidade no emprego ou foram liberados pelos chefes. Sem contar o pão com mortadela, é claro.


Os filhos da CUT invadem propriedades (como fizeram com a Fazenda Figueira, em Londrina, uma das mais produtivas do Brasil). Os filhos do Brasil garantem uma safra recorde e carregam a economia do País nas costas. Mesmo assim, os filhos do Brasil são chamados de capitalistas, burgueses, exploradores e escravocratas. Enquanto isso, os filhos da CUT recebem polpudas verbas federais para continuar realizando suas marchas e invasões.

Os filhos da CUT chamam os filhos do Brasil de golpistas. E, no entanto, é o presidente da CUT que incita seus correligionários a pegar em armas para defender a “presidenta”. Os filhos da CUT chamam os filhos do Brasil de fascistas. E, no entanto, são os filhos de CUT que poderiam dizer, com Mussolini: “Tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”. Os filhos da CUT chamam os filhos do Brasil de inimigos da democracia, mas quem defende a turma do mensalão e do petrolão são os filhos da CUT; e também são os filhos da CUT que querem censurar os filhos do Brasil nos jornais e nas redes sociais.


Os filhos do Brasil constituem a imensa maioria, algo como 91% da população. Mesmo em minoria, os filhos da CUT são muito perigosos, porque nada têm a perder, exceto o poder. E, vamos admitir, eles são muito mais experientes em estratégias e manipulações. Sem contar que os filhos do Brasil são amadores na política, não têm emprego estável nem ajuda oficial; precisam lutar pela sobrevivência, e isso consome tempo e energia. Só os filhos da CUT podem se dedicar à política em tempo integral.

Os filhos da CUT estão muito nervosos de um tempo para cá, principalmente depois de certas prisões efetuadas pela Operação Lava Jato. Ultimamente eles também não têm apreciado bonecos infláveis. Por falar em Lava Jato, há um teste infalível. Se você estiver em dúvida se alguém é filho da CUT ou filho do Brasil, pronuncie calmamente as palavras “Sérgio Moro”. Se o sujeito sorrir, é filho do Brasil. Se fizer careta ou sair correndo, é filho da CUT.

Os filhos da CUT também são filhos do Brasil, e merecem perdão. Mas ajudaria se eles parassem de mandar em nós. Misericórdia!

Paulo Briguet é Jornalista. Originalmente publicado no Jornal de Londrina em 24 de agosto de 2015.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Após acareação de Youseff e Costa, deputado pede convocação de Lula em CPI da Petrobras

Deputado Onyx Lorenzoni diz que Lula precisa
prestar depoimento na CPI da Petrobras
Após acareação entre os delatores da Lava Jato Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa nesta terça-feira (25), o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) conversou com a repórter Izilda Alves, da Rádio Jovem Pan e pediu a convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na CPI da Petrobras. Segundo ele, o político do PT é o “pai do Petrolão”, e tanto Lula quanto Dilma Rousseff tinham conhecimento das operações ilícitas que ocorriam na estatal.

O deputado elogiou a acareação, especialmente pela autorização de depoimento de Youssef, que possui habeas corpus, e afirmou que pela primeira vez os delatores fizeram referência ao quanto o governo sabia do esquema de corrupção na Petrobras.

“Eles citaram que no fim do governo Lula e no início da gestão de Dilma três ministros – Antônio Palocci, Lobão e Paulo Bernardo – solicitaram, direta ou indiretamente R$ 5 milhões. Eu questionei e eles confirmaram em seus depoimentos que o valor chegou ao destino por caixa dois”, revelou o deputado.

Um dos membros da comissão de inquérito da estatal, Lorenzoni destacou que com estes depoimentos a CPI “começa a apontar e chegar mais perto da cadeia de corrupção”.

O deputado reforçou ainda o pedido de convocação de Lula à CPI da Petrobras, e explicou que basta uma votação para que isso ocorra. “Eu fiz o requerimento para que o presidente debate a questão, e assim poderemos saber quem quer seguir com a investigação”, apontou.

“Lula tem que vir para a CPI sim, porque o povo brasileiro quer saber até onde foram as ações do ex-presidente. Lula não é intocável, é cidadão comum”, disse.

Envolvido nos estudos das documentações, o deputado garantiu que fica cada vez mais claro que o PT foi barriga de aluguel, e destaca: “Paulo Roberto Costa é cria de Lula, o PT não tinha ouvido falar dele”.


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  • terça-feira, 25 de agosto de 2015

    DILMA BOLADAÇA 3 – Ela diz ter sido surpreendida pelo envolvimento do PT no petrolão. É mesmo? Agora, a do papagaio!

    Boneco de Lula caracterizado como presidiário
    virou símbolo destes tempos
    É claro que o tema corrupção teria de entrar na entrevista concedida pela presidente Dilma Rousseff aos três jornais. Aí, de fato, a presidente vai um pouco além do razoável e aposta excessivamente na credulidade dos brasileiros. Não é prudente para quem tem apenas 7% de popularidade.

    “Não imaginava [pessoas ligadas ao PT envolvidas com irregularidades na Petrobrás]. Fui surpreendida. Lamento profundamente. Sou a favor de uma coisa que Márcio Thomaz Bastos [advogado e ex-ministro morto no ano passado] dizia. Não espere que sejam as pessoas a fonte da virtude. Tem de ser as instituições. Elas é que precisam ter mecanismos de controle. Quem pode colocar luz sobre um processo de corrupção é a maturidade institucional do País. Acho que somos uma democracia forte. Porque as instituições não são vulneráveis aos desígnios pessoais de quem quer que seja. Ninguém pode chegar à Presidência e olhar para processos de corrupção como uma coisa pessoal. Só pode olhar e ver que o País deu um passo e foi para frente. Agora, sou a favor, em qualquer circunstância, do direito de defesa. É isso que torna a democracia forte.”
    Ainda que os petistas só tenham descoberto as virtudes do direito de defesa depois da chegada ao poder, vá lá: quem, além deles, era contra?

    O que não dá para engolir é a surpresa, não é mesmo? Especialmente porque a cúpula do seu partido já tinha ido parar na cadeia por causa do mensalão. Atenção! A Operação Lava-Jato havia começado em março. Sabem quando a então candidata à reeleição Dilma Rousseff admitiu pela primeira vez a possibilidade de roubalheira na Petrobras? Só no dia 18 de outubro, faltando apenas oito dias para o segundo turno das eleições e 13 depois do primeiro. As pesquisas apontavam uma possível dianteira de Aécio Neves.


    E não que ela tenha sido clara, peremptória. Disse então: 

    “Eu farei todo o meu possível para ressarcir o país. Se houve desvio de dinheiro público, nós queremos ele de volta. Se houve, não: houve, viu?”.
     
    Notaram o “se”? Paulo Roberto Costa decidira fazer delação premiada em agosto, comprometendo-se a devolver R$ 70 milhões. Alberto Youssef, em setembro. Em outubro, a candidata do PT ainda tinha dúvidas sobre o envolvimento do seu partido na sem-vergonhice.

    A presidente Dilma deveria ter um pouco mais de respeito pela inteligência alheia. Até então, o PT tratava as denúncias de roubalheira na Petrobras como um grande complô para privatizar a empresa.

    Encerro com uma observação absurda feita por Dilma, depois de jurar a sua proximidade eterna com Lula: 

    “Minhas relações com Lula são as mais próximas. Quem tentar me afastar dele não conseguirá. Mas botar bomba no Instituto Lula, fazer aquele boneco (Lula vestido de presidiário) é um desserviço para o País.”

    A afirmação é típica de uma mente perturbada. Jogar a bomba no instituto é mesmo inaceitável e certamente é coisa de gente que queria que os petistas contassem com esse ativo, digamos, moral. É coisa de quem queria o PT como vítima.

    Quanto ao boneco, qual é o problema? É parte da liberdade de expressão. A menos que Dilma reclame dos muitos de Eduardo Cunha malhados nas passeatas do PT, o juízo, além de confundir livre expressão com violência, ainda comete o pecado da censura seletiva.

    Dilma deveria ter se poupado e ter nos poupado. Já que não o fez, merece ser desconstruída. 

     Por Reinaldo Azevedo

    segunda-feira, 24 de agosto de 2015

    Movimentos a favor de Dilma?

    Se a laranja do Lula tivesse um mínimo de dignidade ou honradez, renunciaria. Como desconhece ou despreza esses atributos, sabe-se que continuará ignorando a indignação e os apelos sofridos do povo brasileiro. Portanto, não imitará seu colega chavista grego, Alexis Tsipras.
    A diferença entre ambos é que ele renunciou numa jogada de marketing para se reeleger em novas eleições sabendo que não tem outros adversários mobilizados para derrotá-lo no curto prazo. Já Dilma...
    Segundo consta, apesar dos fartos subsídios e alimentos distribuídos aos desocupados e sindicalistas convocados pelo PT para aplaudir Dilma, o "público" presente aos "atos" pró-Dilma não chegou a um centésimo do número de manifestantes anti-Dilma-Lula-PT de 16 de março.
    E ainda assim, metade desse público comprado era declaradamente contra Dilma: segundo o instituto pró-petista Datafolha, de cada 2 "manifestantes", só um era a favor da espúria mandatária.

    Assim, fica mais uma vez evidente que estamos numa ditadura disfarçada, pois com apenas uma marcha contra Collor, com menos de um terço de qualquer uma das três manifestações contra o desgoverno petista, tivemos impeachmentnos anos 90, quando o Brasil ainda era uma democracia.Ao invés disso, observamos o regime lulopetista se fechando cada vez mais, com a ditadora nomeando novos desembargadores lulopetistas no Tribunal Superior de Justiça e emitindo decretos e projetos de lei que proíbem críticas, opiniões e acusações contra a quadrilha encastelada no poder.
    Opositores são acusados, difamados e execrados por agentes governamentais, publicitários e jornais dominados.

    Exemplo mais recente foi a tentativa de processar Danilo Gentili pela muito pertinente frase:"Instituto Lula forja ataque para sair de vítima e o máximo que conseguem com isso é todo mundo dizendo 'que pena que o Lula não tava lá na hora'".


    Além dos simulacros de 'atentado' (coquetel molotov caseiro na calçada) e 'invasão' (só se for por parte de algum dos milicianos petistas que rodearam o Instituto no dia da tal invasão) do Instituto Lula, o regime ainda despeja milhões nos bolsos de propagandistas e 'artistas' que defendem o regime, enquanto falta dinheiro para remédios, médicos, professores, segurança e infra-estrutura para o povo brasileiro.

    Exemplo notório foi a revelação de que Jeferson Monteiro, tuiteiro do personagem Dilma Bolada, vendeu-se por R$ 20 mil por mes para fazer piadinhas e comentários a favor da fantoche de Lula no Twitter, com dinheiro desviado do PeTrolão, crime de lesa-pátria investigado pela Operação LavaJato, perpetrado pelo PT contra a Petrobrás e o povo brasileiro.




    Em face disto, o Fusca está pensando em se candidatar à milionária legião dos MAVs (Milícias - petistas - dos Ambientes Virtuais) divulgando charges a favor de Dilma:






    O BRASIL QUE DILMA E LULA AINDA NÃO ENTENDERAM…

    (ELIANE CATANHÊDE)
    Nesta encrenca política tão grande e tão desafiadora, inverteu-se o jogo. Diante da crise política e econômica, com a Lava Jato chegando ao Congresso, é a elite quem toma a dianteira para apoiar o claudicante governo Dilma Rousseff, enquanto as grandes massas que vão às ruas rejeitam o PT e se aproximam da oposição, inclusive, ou principalmente, do PSDB.

    Se o PT borrou ainda mais as já embaçadas noções de direita e esquerda, consegue agora também fazer uma baita confusão entre o que é “elite” e o que é “massa”. Não custa lembrar que Lula, Dilma, José Dirceu e as sucessivas cúpulas petistas já são elite há bastante tempo, não é mesmo? E, aparentemente, a elite institucional uniu-se para salvar o mandato de Dilma e parte da elite empresarial dá sinais nesse mesmo sentido.

    Até a novidade do “protesto a favor”, na quinta-feira, não deixa de ser um movimento de cúpulas, patrocinado pela elite dos velhos (CUT, MST e UNE) e novos (como o MTST) braços do PT. A turma foi transportada em ônibus, vestindo camisetas e carregando bandeiras vermelhas novinhas em folha. Alguém pagou por isso, talvez até por mais do que isso.

    De outro lado, os “protestos-protestos” mobilizaram dez vezes mais pessoas, na grande maioria de classe média, vestindo suas próprias camisetas verdes e amarelas e carregando bandeiras do Brasil que, provavelmente, elas próprias pagaram. Será que esses manifestantes que injetaram novidade e viço à cena política e às ruas de todo o País são “da elite”? Pareciam cidadãos e cidadãs comuns, dessa gente que trabalha, estuda, é aposentada ou rala em micro e pequenas empresas – e paga impostos e conta de luz nas alturas.

    A guerra continua, mas com sinais invertidos e com o PMDB, o deputado Eduardo Cunha, o ministro Gilmar Mendes (STF/TSE) e os velhos e novos delatores da Lava Jato bem no meio dela. Uma guerra que pode ser tudo, menos da “elite branca” contra “a massa oprimida”. Isso é coisa do passado, quando o PT ainda podia apresentar-se como partido dos trabalhadores.

    sábado, 22 de agosto de 2015

    CNBB: Coordenações iniciam planejamento das Pastorais Sociais

    “Cuidado da casa do ser humano e cuidado com o ser humano, especialmente os mais pobres”. Esta premissa guiará as reflexões dos coordenadores das Pastorais Sociais e Organismos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunidos no Centro Cultural de Brasília (CCB), até quinta-feira, dia 20.

    O planejamento das atividades para o quadriênio 2015 a 2019 terá como referência as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), publicadas no Documento 102 da entidade, e a encíclica do papa Francisco, Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum.

    O encontro iniciado nesta terça-feira, 18, reúne coordenadores de Pastorais e Organismos e os bispos referenciais com os objetivos de refletir sobre a atuação, avaliar a caminhada frente aos desafios da atualidade e planejar, para o quadriênio 2015-2019, o trabalho que será realizado nas bases “a fim de prestar um serviço mais eficaz junto aos mais empobrecidos, tornando presentes os sinais do Reino”.

    Para o bispo de Santa Cruz do Sul (RS) e referencial das Pastorais Sociais do regional Sul 3 da CNBB, dom Canísio Klaus, a encíclica irá desafiar as pastorais e organismos - ligados à Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz - a integrarem em suas ações o tema da vida no planeta, cuidando da criação, uma vez que “defendem o dom de Deus, que é a vida”.

    O bispo considera que a inspiração do texto do papa Francisco será “de muita importância” para as avaliações e projeções do trabalho. “Estamos aqui reunidos dentro deste objetivo comum para aprofundarmos bem o tema da vida e o respeito com a dignidade da natureza”, afirma.

    Análise

    O encontro das coordenações das Pastorais Sociais e organismos da CNBB começou com momento místico, seguido das análises de conjuntura eclesial, política e econômica. O assessor político da CNBB, Carlos Daniel Seidel, apresentou como desafios para as Pastorais o reestabelecimento do “diálogo construtivo” com os movimentos populares, a exemplo da iniciativa do papa Francisco por ocasião dos Encontros Mundiais com os grupos, promovidos em outubro de 2014, em Roma, e em julho deste ano, na Bolívia.

    “Um dos desafios é justamente, diante desse contexto de crise, é poder dialogar mais com os movimentos sociais, que as Pastorais Sociais e os organismos voltem a manter um diálogo construtivo com os movimentos populares na linha daquilo que o papa Francisco teve a iniciativa”, conta.

    Seidel destaca a necessidade de construção de “relações de confiança”, para que seja reconstruído o projeto democrático, a partir das bases da Igreja Católica, dos serviços e pastorais. “É muito importante que essa construção seja no diálogo com os movimentos sociais e populares e, a partir daí, rebata nas instâncias partidárias, da participação política em conselhos junto ao Congresso Nacional, mas que essa atuação seja mais articulada”, ressalta. Um exemplo de articulação, de acordo com o assessor, é a mobilização da Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, que reuniu mais de cem entidades da sociedade civil na proposta de uma lei de iniciativa popular pela reforma política.

    No período da tarde, foi apresentado o estágio da pesquisa sobre a ação social da Igreja Católica. Tiveram, ainda, avaliação dos trabalhos das pastorais e reflexão sobre o 21º Grito dos Excluídos.

    Lula agora tenta convencer José Dirceu a se desfiliar do PT.

    Lava-Jato

    
Lula e José Dirceu em 2002, quando eram presidente e ministro, respectivamente
Foto: Gustavo Miranda/22-01-2002

    Lula agora tenta convencer José Dirceu a se desfiliar do PT.

    Segundo petistas, temor é que investigação sobre o ex-ministro aumente desgaste do partido.

    Igreja que recebeu propina para Cunha tem estreitas relações com presidente do Congresso.

    Delator da Operação Lava-Jato repassou R$ 250 mil para a Assembleia de Deus, comandada pelo clã Ferreira.
    
O deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, chama de "suposição" denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro
Foto: André Coelho / Agência O Globo

    Cunha e Collor terão 15 dias para se defenderem no STF.

    Presidente da Câmara é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

    DIÁRIO DO PODER - CLAUDIO HUMBERTO


    O presidente do Senado, Renan Calheiros, não esconde a apreensão com desdobramento da Lava Jato. Isso porque o “acordão” denunciado por Eduardo Cunha para “salvar Dilma” passaria pelas mãos de sete procuradores federais responsáveis pelo inquérito, considerados “indomáveis”. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não tem influência sobre o grupo, formado por técnicos criteriosos da PGR.
    Janot é responsável por compilar as denúncias e encaminhá-las ao Supremo. Pode fazer indicações, mas uma interferência causaria motim.
    Segundo a denúncia de Eduardo Cunha, Renan só apoia o governo Dilma para se livrar de denúncia do PGR na Operação Lava Jato.
    O “acordão” pouparia o presidente do Senado e daria prosseguimento às denúncias contra parlamentares antiDilma, incluindo Eduardo Cunha.
    Os deputados peemedebistas andam irritados com a possibilidade do acordão. “Não há acordo sem a Câmara”, diz Danilo Forte (PMDB-CE).
    Publicidade
    O governo federal divulga propaganda em todo o Pais na qual trombeteia que em dois anos o “Mais Médicos” atendeu a mais de 63 milhões de brasileiros. Se esse número espantoso, equivalente a quase um terço da população, for dividido pelo número de médicos do programa (14 mil) e pelos dias e horas trabalhadas no período, cada profissional “atendeu” 9.375 pacientes por dia. Um a cada 9 segundos.
    O “Mais Médicos” tem sido bem mais vantajoso para a ditadura cubana. Cuba faturou do Brasil, em dois anos, até julho, mais de R$ 4,3 bilhões.
    Cuba mantém relação análoga ao trabalho escravo, com seus médicos: eles recebem apenas uma pequena parte do salário de R$ 11 mil.
    A Band revelou em março deste ano gravações da trama do governo para mascarar seu objetivo real de financiar a ditadura cubana.
    Renan Calheiros (PMDB-AL) articula aliança para nomear Helder Barbalho em um futuro Ministério do Abastecimento (junção da Agricultura com a Pesca), após a reforma ministerial da crise de Dilma. Caso a proposta prospere, Kátia Abreu (PMDB-TO) volta ao Senado.
    O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) comemora a decisão tardia do governo brasileiro de conceder asilo ao senador boliviano Roger Pinto Molina. Ele lamenta o Brasil ter “virado joguete” do regime boliviano.
    O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Andrea Matarazzo (PSDB) publicou nas redes sociais um conjunto de normas para seguidores. Não quer ser difamado, ofendido e nem irá tolerar conteúdos inapropriados.
    O senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi escalado para reestruturar o partido após a denúncia contra Eduardo Cunha, na Lava Jato. A ideia é fortalecer o PMDB do Senado e o relacionamento com a Câmara.
    Enquanto o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregava a denúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara costurava apoio para se segurar no cargo.
    Cunha se reuniu, a portas fechadas, com os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP); do DEM, Mendonça Filho (PE) e do PSC, André Moura (SE). A pauta: blindagem do peemedebista. Todos vão apoiar Cunha.
    O ex-ministro Ciro Gomes continua um mestre na arte de só ver o que interessa a ele. Deve ter suas razões para chamar Eduardo Cunha de “pilantra de quinta categoria”, mas disse isso na reunião com Carlos Lupi (que saiu do governo acusado de corrupção) para se filiar ao PDT.
    Reconhecido por andar fardado na Câmara, o deputado federal Capitão Augusto (PR-SP) tem sido alvejado pelos ambientalistas da CPI que investiga maus-tratos a animais. Ele é o único que defende rodeios.

    ... o Brasil cortou 158 mil vagas de trabalho em julho, mas manteve o cargo da responsável pela crise.

    21 de ago de 2015

    13 SALÁRIO. TRABALHADOR E PT, NADA AVER.

    Ministério da Fazenda informou nesta sexta-feira (21) que está propondo o pagamento do adiantamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas em duas parcelas, sendo a primeira delas na folha de setembro e a outra na folha de outubro. A proposta da equipe econômica ainda será encaminhada à presidente Dilma Rousseff.
    A folha de setembro é paga no final de setembro e início de outubro. Já a de outubro é paga no fim daquele mês e início de novembro. O 13º engloba 28,2 milhões de benefícios.
    Neste ano, devido ao fraco ritmo de atividade na economia, com queda da arrecadação, o governo não conseguiu realizar a antecipação da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas na folha de agosto, que é paga no fim deste mês e início de setembro. Com isso, rompeu uma tradição que ocorria desde 2006.

    ANÔNIMO DISSE:

    Os governantes escolhem aqueles que poderão denuncia-los, escolhem também aqueles que poderão investiga-los e por escolhe aqueles que poderão julga-los e condena-los.
    Eita democracia porreta!!!

    Janot portou-se como advogado de petistas no caso mensalão.

    Apesar de maores denúncias contra petistas graudos, como Dilma, Delecídio, Gleisi Hoffmam, Humberto Costa e ainda Edson Lobão, Romero Jucá, Fernando PIMENTEL e outros, o jaburu achou que somente ADVERSÁRIOS de PETISTAS deveriam ser denúnciados.

    E aí????
    Diante de tamanha CALHORDICE, inominável SAFADEZA clara como as aguas do Caribe o que se pode fazer democraticamente contra um PULHA aboletado num cargo de PODER absoluto????

    QQQUem questiona as arbitrariedades da PGR????

    Viva a democracia!!!

    BRASIL




    
Cunha em ato da Força Sindical que acontece na manhã desta sexta-feira em São Paulo
Foto: Agência O Globo / Agência O Globo

    Um dia após denúncia, Cunha recebe apoio da Força Sindical em SP.

    Presidente da Câmara diz que não renunci.

    Denúncia do MPF afirma que Cunha usou igreja para receber propina.

    Ministério Público pede que presidente da Câmara, acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, devolva cerca de R$ 280 milhõe.
    
Líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ)
Foto: LUCIO BERNARDO JR / Agência Câmara

    Em nota, deputados do PMDB defendem Cunha.

    Bancada no Senado crê que assunto é problema da Câmara.

    Denúncia pede aumento da pena de Cunha por ‘ato de ofício’ em troca de propina.

    Investigação da PGR conclui que presidente da Câmara é o autor de requerimentos suspeitos, revelados pelo GLOBO.

    InfográficoAs provas contra o presidente da Câmara.

    Infográfico mostra como funcionou o esquema, segundo o MPF.
    
O ministro Teori Zavascki, do STF
Foto: Nelson Jr / STF

    Teori promete ser rápido na análise das denúncias.

    Denúncia contra Cunha será submetida à votação no plenário do STF.
    
O senador Fernando Collor
Foto: André Coelho / Agência O Globo

    Denunciado, Collor diz que MP faz lances espetaculosos.

    Senador chamou ação da procuradoria de ‘festim midiático’.

    Dilma: 'Presidência não analisa investigações '

    Declaração foi feita antes de denúncia ser enviada ao STF.

    PSDB evita julgamento; e Aécio não se manifesta.

    Aliado de investigado, presidente do DEM defendeu permanência.
    Para ministros, Cunha tentará ‘incendiar’ a Câmara.

    DIRETO AO PONTO


    O País do Carnaval assombra o mundo com o Movimento Pró-Corrupção.

    Nesta quinta-feira, 20 de agosto, o País do Carnaval surpreendeu o mundo com outra brasileirice assombrosa: o Movimento Pró-Corrupção, criado para apoiar a corrupção e a incompetência. Oficialmente, os atos organizados pelo PT, pela CUT, pelo MST e por outras entidades sustentadas por mesadas federais foram concebidos para “defender a democracia do golpe tramado pela oposição”. Conversa de 171, constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA.
    Só cretinos fundamentais e portadores de miopia cafajeste conseguem enxergar golpistas nas multidões de democratas que clamam pelo despejo do bando que faz o que pode para liquidar o Brasil. O que a seita lulopetista quer é libertar os josés dirceus, prender juízes como Sérgio Moro, revogar a independência do Ministério Público, eternizar-se no poder e prolongar por tempo indeterminado a crise que Lula pariu e Dilma amamenta; fora o resto.
    Se os moradores dos locais incluídos no mapa do cinismo tivessem gritado em coro “olha o camburão!”, as passeatas dos fora da lei acabariam sem ter começado. Como o segundo mandato da presidente que não diz coisa com coisa.

    DIRETO AO PONTO


    No Aqui entre Nós, Marco Antonio Villa analisa o fiasco da marcha dos pixulecos e a tríplice aliança contra Eduardo Cunha.


    CUNHA


    O COMEÇO DO FIM DE EDUARDO CUNHA.

    Ricardo Noblat
    A meteórica ascensão política do carioca Eduardo Consentino Cunha, 57 anos, economista, ex-radialista, será dividida daqui para frente entre AD e DD. Antes da Denúncia do Procurador Geral da República que o alvejará hoje, e Depois da Denúncia.
    Antes dela, Eduardo era o todo poderoso presidente da Câmara dos Deputados e um dos caciques do seu partido, o PMDB. Cortejado pelos líderes dos demais partidos, tinha a força para abrir um processo de impeachment contra a presidente da República.
    Depois da denúncia, e por mais que proclame sua inocência e que finja tranquilidade, durante algum tempo ele se debaterá como um náufrago que tenta não morrer afogado. Até a ocasião em que assistiremos ao início do seu longo e excitante velório político.
    O pernambucano Severino Cavalcanti renunciou à presidência da Câmara e, em seguida, ao mandato por ter recebido um mensalinho de R$ 10 mil pago pelo concessionário de um restaurante. Depois sequer conseguiu se eleger prefeito de João Alfredo, sua cidade.
    Eduardo é muito diferente do bronco Severino, eu sei, embora os dois tenham alcançado o terceiro posto mais importante da República como legítimas expressões dos deputados que integram o chamado “baixo clero” da Câmara.
    Ocorre que, além do momento político ser outro, a acusação contra Eduardo nada tem a ver com um inocente mensalinho, a levarmos em conta as cifras espantosas desenterradas pela Lava Jato. Eduardo será denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
    Segundo Rodrigo Janot, procurador-geral da República, ele recebeu 5 milhões de dólares em propina paga pelo empresário Júlio Camargo. É o primeiro de uma longa lista de quase 50 políticos cujos destinos ficarão por conta dos 11 ministros do STF.
    Ao saber, ontem, o que o espera, Eduardo garantiu do alto de sua soberba:
    - Eu não farei afastamento de nenhuma natureza. Vou continuar no exercício para o qual fui eleito pela maioria da Casa. Estou absolutamente tranquilo e sereno em relação a isso.
    Como bom ator, procurou transmitir serenidade. Falou, de preferência, para seu público interno, que ainda não o abandonou, mas também mandou recado para os outros dois especiais endereços da Praça dos Três Poderes, em Brasília – o Planalto e o Supremo.
    Por ora, era o que ele poderia fazer. A consistência da denúncia do procurador dará uma ideia da sobrevida a que Eduardo terá direito. Se ela impressionar pelos provas citadas, Eduardo será, pouco a pouco, largado de mão pelos que sempre o apoiaram.
    E ao fim e ao cabo, só lhe restará a renúncia.
    Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados (Foto: Divulgação)Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados.

    CUNHA




    O ocaso de Cunha.

    por Merval Pereira

    A partir da denúncia do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que deve acontecer ainda hoje, o deputado Eduardo Cunha passará de todo-poderoso líder político a investigado na Operação Lava-Jato, o que lhe retira boa parte do poder que esbanjava.
    A concretização da acusação fragilizará a posição de Cunha, que enfrentará necessariamente um movimento dentro da Câmara pela sua renúncia ao cargo.  Provavelmente ele ainda tem uma maioria que o apóia, mas ficará exposto à execração de um grupo político suprapartidário que tirará de seus atos a legitimidade.
    Se como conseqüência de sua denúncia Cunha acelerar o processo de impeachment contra a presidente Dilma, por exemplo, ficará do ato a suspeita de que se trata de uma retaliação pessoal.
    Eduardo Cunha tentou nos últimos dias vários movimentos para reverter sua situação e pelo menos retardar o processo contra si, todos infrutíferos. O ministro Teori Zavascki, que é o relator da Operação Lava-Jato no Supremo, não aceitou os argumentos da defesa de Cunha para retirar da Justiça Federal do Paraná a investigação sobre os contratos de navios-sondas pela Petrobras com a Samsung, pelos quais, segundo delação do empresário Júlio Camargo, Cunha teria recebido propina de US$ 5 milhões.
    Nesse mesmo processo, Cunha é acusado de ter usado sua influência política para chantagear a Samsung quando a empresa coreana desistiu do negócio. A Procuradoria-Geral da República, investigando o caso, descobriu que saíram do computador da presidência da Câmara textos de projetos que prejudicariam a Samsung, apresentados por uma deputada ligada a ele.
    O Procurador-Geral Rodrigo Janot por duas vezes pronunciou-se sobre acusações de Cunha contra a ação de investigação, uma ao Supremo Tribunal Federal e outra à própria Câmara, respondendo a questionamento do deputado do PSOL Chico Alencar.  Nos dois casos, Janot acusou Cunha de usar a Câmara em seu benefício próprio, sendo acionando a Advocacia Geral da União (AGU) ou acusando os Procuradores de terem invadido a privacidade dos 513 deputados federais para investigar Cunha.
    Alguns parlamentares já preparam o pedido de investigação de Cunha pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa, o que pode, em tese, resultar na perda de seu mandato. O hoje presidente do Senado, Renan Calheiros, já teve que renunciar ao cargo quando uma denúncia contra ele foi levada ao Conselho de Ética. Cunha garante que não renunciará, mas o futuro a Deus pertence.
     Mesmo que o movimento seja incipiente no momento, Cunha hoje está isolado politicamente e é provável que passe a ser um fardo muito pesado para ser carregado por seus aliados, que lhe devem favores mas não lealdade. Sua teoria da conspiração de que o governo, mancomunado com o Procurador-Geral da República, montou toda a denúncia contra ele e protegeu políticos que estão aliados ao governo num “acordão” para salvar a presidente Dilma – referência indireta ao antigo aliado Renan Calheiros – não tem base real nem fôlego para motivar a oposição a apoiá-lo, nem vai emocionar seus aliados.
    Tanto ele quanto Calheiros montaram inicialmente uma estratégia de proteção, depois de surgirem na lista de Janot de investigados. Os dois tiveram um ativismo político para protagonizarem as ações no Congresso e se passarem por vítimas caso fossem denunciados. No momento da denúncia, Cunha não tem histórico político para se apresentar como vítima de um governo corrupto, e Renan mudou a aposta, mas não é certo que escapará do Ministério Público.

    LAVA-JATO


    Denúncia diz que Cunha usou até igreja para receber propina.


    Ministério Público pede que presidente da Câmara, acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, devolva cerca de R$ 280 milhões por desvios. Senador Fernando Collor de Mello e Solange Almeida, prefeita de Rio Bonito, também foram denunciados por corrupção. 

    O CHEFE


    Paulo Castelo Branco
    O CHEFE DA TORCIDA, O CHEFE DA QUADRILHA E O PALHAÇO.
    As manifestações contra o governo oferecem a oportunidade de autoridades se pronunciarem a respeito dos variados temas. Um dos que se destaca é o ministro Edinho Silva, escolhido para arrefecer o ânimo das oposições, com a expressão natural de um ilustre desconhecido da população.
    O povo brasileiro mantém na memória as agressivas manifestações de grupos ligados ao Partido dos Trabalhadores que saiam às ruas gritando “FORA TUDO”, “FORA TODOS”, depredando bens públicos e privados, além de agredir fisicamente pessoas interessadas nas privatizações de setores ineficientes e deficitários do Estado. As imagens de pontapés desferidos contra empresários geradores de empregos e pagadores de impostos ainda é viva na mente do povo.
    Agora, dirigentes do Partido dos Trabalhadores, no poder há 13 anos, depois de levar o país à bancarrota, em entrevistas apáticas ou arrogantes criticam as manifestações, afirmando que se trata de movimentos da minoria insatisfeita com o governo que, segundo eles, encheu a panela do povo de comida e o livrou da miséria.
    Ninguém duvida da inclusão social desenvolvida no período, porém, se houve a inclusão, também ocorreu a descoberta do processo de corrupção que é divulgado diariamente, causando no brasileiro a maior vergonha desde tempos imemoriáveis.
    O trabalhador de ontem está se transformando no desempregado de hoje, e sabe que, dentro de poucos meses, deixará de receber os auxílios oficiais por falta de recursos. Além disso, o empréstimo consignado que gerava ilusões nos assalariados e aposentados agora é o lobo-mau que assusta a todos.
    A desqualificada afirmação de um dos líderes do governo sobre a fala do sociólogo Fernando Henrique Cardoso – craque em Brasil e em política – é digna de “Comandos Futebolísticos” que enchem os estádios de violência e medo. FHC, um dos chefes da oposição, está torcendo mesmo é para o fim do destrambelhado governo que, na verdade, é, como diria Ulysses Guimarães, um governo que não governa e uma presidente que não preside.
    O palhaço, artista de rua, é personagem lembrado por manifestantes que usam  nariz de plástico como símbolo de revolta contra o governo. Recentemente, o palhaço Tico Bonito fazia uma apresentação em um festival infantil em Cascavel, Paraná, e, após críticas políticas e democráticas sobre comportamentos policiais e a atuação do governador Beto Richa, foi preso por desacato à autoridade. É o fim da picada, especialmente por ser em Cascavel.
    O governador Beto Richa tem sido vítima de excessos policiais praticados em seu governo. Já foi assim na greve dos professores, e o episódio do palhaço, reforça a impressão de que o país pode prescindir de políticos da seriedade e competência de Richa. O governador , reeleito com expressiva votação, dias após a posse, foi atingido por uma greve legítima, combatida com violência pela polícia. Agora, como procedeu anteriormente, o governador determinou a abertura de inquérito para apurar as responsabilidades das autoridades, ditas desacatadas, e defendeu a liberdade de expressão, considerando que não viu na fala de Tico Bonito qualquer sentido de desacato. É isto que se espera de um governante: meter o dedo na ferida e ser sincero nos seus procedimentos. Não dá para tergiversar e enrolar o povo.
    Hoje, com as redes sociais, as imagens são irrefutáveis e publicadas imediatamente. Mentir, esconder, manipular, corromper e não reconhecer erros deixaram de ser simples verbos para se transformar na repulsa dos brasileiros aos seus governantes.
    Sobre o chefe da torcida e o palhaço foi fácil discorrer, o difícil é falar sobre o chefe da quadrilha que ninguém sabe quem é, mesmo que inflado.

    DIÁRIO DO PODER - CLAUDIO HUMBERTO


    O governo comemorou o primeiro passo do acordão para “salvar” Dilma: a denúncia do Procurador-Geral da República contra Eduardo Cunha, presidente da Câmara. A avaliação é de que a crise foi “transferida” para o Congresso. Agora, a estratégia do governo e do PT é insuflar partidos nanicos a pedirem o afastamento de Cunha. Para o governo, o diálogo será reaberto, mas o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), garante: ‘não há conversa com o presidente da Câmara dos Deputados’.
    A presidente Dilma calcula o possível estrago da estratégia: há temor de grande dificuldade para aprovar projetos e evitar as “pautas-bomba”.
    O governo também torce para que a denúncia ao STF obrigue Cunha a deixar o comando da Câmara, abrindo espaço para diálogo com a base.
    O governo ordenou atenção especial aos pedidos de impeachment contra Dilma. Ela acredita que Cunha irá “retaliar” após ser denunciado.
    Outra grande preocupação do governo são as manifestações: se Cunha tiver apoio popular, seu impedimento no cargo deve cair por terra.
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    A crise econômica não tem atrapalhado a farra das diárias no governo Dilma, que consumiu mais de R$ 284 milhões só no primeiro semestre de 2015, sem sinais de diminuição. O Ministério da Saúde domina a lista com os quinze maiores ‘diaristas’, que já embolsaram, em média, R$ 63,5 mil cada. Quase todos são funcionários da Anvisa envolvidos no Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde, realizado no exterior.
    Após a “patota da Anvisa”, o ministro Joaquim Levy (Fazenda), mentor do arrocho fiscal de Dilma, foi quem mais recebeu diárias: R$ 52,5 mil.
    O governo pagou diárias a mais de 142,7 mil servidores do Executivo federal. Parece muito, mas são “só” 20% do total de funcionários.
    Do total de diárias gastas pelo governo Dilma, mais de R$ 40 milhões são sigilosos, não discriminados, protegidos por “motivo de segurança”.
    Denunciado por corrupção na Lava Jato, Eduardo Cunha prepara sua retaliação à presidente Dilma e ao governo: uma equipe de advogados analisa as contas de Dilma, além dos pedidos de impeachment.
    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não vai, por ora, pedir o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara. A avaliação é de que se Cunha for derrotado primeiro no Supremo Tribunal Federal, a condenação deve enfraquecê-lo.
    A senadora Marta Suplicy (ex-PT-SP) deve oficializar sua filiação ao PMDB em setembro. Sua entrada no partido inviabiliza a chapa do secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, com Fernando Haddad (PT); coligação criada por Lula para prender o rabo do PMDB
    Acendeu o sinal amarelo na oposição, que está dividida em relação a Eduardo Cunha. Para uma minoria, apoiá-lo é sinal de conivência com a corrupção. Outro grupo diz que ele é o melhor caminho contra Dilma.
    O governo escalou o ministro Armando Monteiro para acompanhar a CPI do BNDES. Obediente, Armando mandou documento à comissão colocando-se à disposição para fazer os esclarecimentos necessários.
    Foi lançada no Congresso a frente parlamentar de defesa da indústria nacional de bebidas. Pequenos produtores querem se proteger do lobby das grandes e das multinacionais. A cachaça agradece.
    A agiotagem avança na crise e na falta de autoridade do governo. Em estados como Piauí, virou praga. Empresários pagam cinco vezes mais o que tomaram e seguem devedores. Perdem o dinheiro, o patrimônio e o negócio que tentavam salvar. E a Justiça cada vez mais impotente.
    A pressão popular tem surtido efeito no Paraná e vereadores de três cidades cortaram o próprio salário para até R$ 820. Em Jacarezinho, o presidente deixou a Câmara de camburão para não encarar eleitores.

    Se a crise foi “transferida ao Congresso”, Dilma agora é deputada ou senadora?