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sábado, 15 de agosto de 2015

A resposta exemplar do Arcebispo do México perante as exigências de uma transexual

MEXICO D.F., 14 Ago. 15 /(ACI).- O Arcebispo Primaz do México, Cardeal Norberto Rivera Carrera, deu uma lição exemplar sobre como responder às pressões do lobby gay por meio de uma carta na qual responde a uma série de exigências feitas por uma transexual a respeito da postura da Igreja ante o aborto, o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo e a ideologia de gênero.

No dia 29 de julho, a transexual Diana Sánchez Barrios enviou uma carta ao Cardeal Rivera na qual elogia as leis do aborto e das uniões homossexuais na capital mexicana – as quais considera um “benefício para a população; e na qual acusa os bispos de Chihuahua, Durango e Sonora, e também o Arcebispo de Guadalajara, Cardeal Francisco Robles Ortega, de promover a homofobia e a discriminação contra os homossexuais.

Em sua carta, Sánchez Barrios, primeira transexual que busca um cargo político no México, tenta colocar como fiador do seu pedido o Papa Francisco e pede o fim da “violência” contra eles: “chega de discriminação, chega de promover o ódio em nome de Deus”, escreve a transexual.

No dia 11 de agosto, o SIAME (Sistema Informativo Da Arquidiocese do México) publicou a resposta do Cardeal Rivera à carta de Sánchez Barrios, na qual faz uma série de explicações e responde a cada um dos seus pedidos.

“Em primeiro lugar – escreve o Cardeal Rivera – discordo de você de que as aprovações de algumas leis são para o benefício da população, assassinar um bebê no ventre da sua mãe não é algo bom para a mulher que experimenta este episódio, muito menos para a criança, pois esta seria privada do primeiro de todos os direitos que é o direito à vida”.

Normalmente, ressaltou o Arcebispo Primaz do México, “as mulheres que abortaram procuram o sacramento da reconciliação, para pedir perdão a Nosso Senhor e a elas mesmas e não podemos imaginar a dor e a culpa que carregam, pois acabam ficando conscientes de que o aborto foi um ato terrível no qual assassinaram o seu próprio filho”.

O Cardeal afirmou ainda que “a Igreja não pode aceitar a aprovação de falsos direitos, como aqueles que você enumera através da sua carta, porque vão contra o que diz a Sagrada Escritura, a doutrina da Igreja que surge dela e a fé católica vivida na fidelidade ao projeto de Deus há dois mil anos”.

A respeito do pedido de Sánchez Barrios de repreender alguns prelados, o Cardeal explicou que, “com exceção dos meus oito bispos auxiliares, não tenho jurisdição sobre nenhum outro bispo do país, cada bispo, inclusive o Arcebispo de Guadalajara, Cardeal Francisco Robles Ortega, responde diretamente ao Santo Padre, podemos dizer o mesmo dos arcebispos de Chihuahua, Durango e Hermosillo”.

O Cardeal Rivera respondeu também que “não é o Papa Francisco quem pede de abster-se de discriminar as pessoas homossexuais, mas o Catecismo da Igreja Católica publicado em 1993, durante o pontificado de São João Paulo II, no número 2358: ‘… devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Devemos evitar, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta’”.

Em seguida, o Cardeal recordou que no numeral 2357 do Catecismo assinala que as relações homossexuais são “atos intrinsecamente desordenados, contrários à lei natural e não procedem de uma verdadeira complementariedade afetiva e sexual. Por tanto, não podem receber aprovação em nenhum caso”.

“E o Papa Francisco não mudou esta doutrina da Igreja”, precisou.

O Cardeal Norberto Rivera conclui sua carta agradecendo a missiva de Sánchez Barrios e desejou que “lhes conceda a luz do Espírito Santo para que conhecendo a verdade que Jesus revelou, possam viver conforme a essa verdade, a única que nos salva”.

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