Neste 7 de outubro, o governo presidido por Dilma e chefiado por Lula viveu uma quarta-feira de cinzas fora de época. Foi muita derrota para um dia só. O Congresso se recusou a fazer a vontade do Planalto. O Tribunal Superior Eleitoral decidiu investigar as suspeitíssimas contas das campanhas de Dilma.O Supremo Tribunal Federal sepultou a tentativa de adiar mais uma vez o julgamento das pedaladas fiscais pelo Tribunal de Contas da União.
O TCU não se dobrou à ofensiva totalitária e sepultou a manobra concebida para afastar do caso o relator Augusto Nardes. As contas redesenhadas por pedaladas criminosas não escaparam da reprovação unânime e inédita. Os tiros no pé desferidos pelos bucaneiros trapalhões acabaram concluindo a pavimentação da estrada que conduz ao impeachment.
Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o padrinho e a afilhada resolveram desviar-se da rota do naufrágio recorrendo a barganhas, pressões, chicanas e outras espertezas que, sabe-se agora, ultrapassaram o prazo de validade. Somados, os fiascos deste 7 de outubro informam que, se os dois continuam os mesmos, o País do Carnaval mudou. A crise econômica e a Operação Lava Jato abriram os olhos do Brasil.
Até recentemente, Lula era visto por milhões de crédulos profissionais como um intuitivo genial. Hoje até antigos devotos só conseguem enxergar um fabricante de ideias de jerico. A supergerente de araque também sucumbiu à força dos fatos. Hoje Dilma Rousseff é o nome da crise. É a maior das pedras que obstruem a trilha que leva do primitivismo à modernidade.
A remoção do trambolho ficou bem mais fácil depois da primeira quarta-feira de cinzas acontecida na primavera.
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