Em carta, CNBB propõe repúdio à violência em manifestações políticas
Entidade da Igreja Católica também pediu solução pacífica para a crise.
Manifesto foi assinado em conjunto com Ministério da Justiça, MPF e IAB.
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta sexta-feira (1º), em conjunto com o Ministério da Justiça, Ministério Público Federal e Instituto dos Advogados do Brasil (IAB), uma carta na qual propõe o repúdio a qualquer forma de violência nas manifestações que têm sido organizadas para defender o governo e para criticar a gestão Dilma Rousseff.
No documento, as entidades conclamam a população, as comunidades, os partidos políticos e as entidades da sociedade civil organizada a fazerem a sua parte para buscar "soluções pacíficas" para a crise política.
O lançamento do manifesto foi realizado pelo secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner. O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, o procurador da República Aurélio Veiga dos Rios e o advogado Técio Lins e Silva acompanharam a cerimônia.
“Gostaríamos de despertar a sociedade para a capacidade do diálogo, não ter medo das diferenças, mas respeitá-las. Não sermos intolerantes politicamente”, defendeu Dom Leonardo Ulrich Steiner.
O dirigente da CNBB disse não ter notado violência nas manifestações, mas nas “palavras”. “A palavra é que está, às vezes, ferindo. Nós podemos dizer as mesmas coisas sem agressão”, enfatizou.
Questionado se era a favor ou contra o impeachment, Dom Leonardo Steiner disse que a CNBB “nunca vai se pronunciar a favor ou contra”.
“A Constituição diz do impedimento, prevê o impedimento, no sentido de que ninguém pode ser contra o impedimento. O que é preciso verificar é se o motivo que está dando para o impedimento, se ele tem fundamento ou não. Nesse sentido, eu não sou a pessoa indicada para dizer sim ou não”, afirmou a jornalistas.
Veja vídeo:
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