domingo, 10 de setembro de 2017

COMUNICAR-SE BEM É PRECISO

Foto: Google

A comunicação é essencial na vida humana. Através dela, partilhamos informações. Para que o objeto da informação seja entendido como na realidade ele é, o comunicador deve ser claro, objetivo e conhecer o público alvo para usar a linguagem adequada.

Em uma paróquia, depois do Concílio Vaticano II, chegou um padre e começou a pregação dizendo que a Igreja tinha preferência pelos pobres. Logo, as pessoas que tinham alguns bens, começaram a se afastar dos atos religiosos. Vendo seus patrões se afastarem, os empregados e trabalhadores também deixaram de ir à igreja. “Esse padre não gosta de nossos patrões”, diziam.

O bispo muda o padre. O novo pároco começa a dizer em suas pregações que a Igreja tem preferência pelos excluídos e marginalizados. Alguns paroquianos entenderam que o padre preferia os marginais e aqueles que eram excluídos da convivência social por seus malfeitos. Esse grupo também deixou de assistir as celebrações do padre.

Novamente o prelado dá posse a outro pároco. Muito zeloso pastoralmente, o novo pastor, ao fazer suas homilias, declara que a Igreja tem suas atenções voltadas para as minorias. Escandalizados, os poucos fiéis que ainda frequentavam a missa, afastaram-se, alegando que o padre estava com a atenção voltada para gays, lésbicas, travestis, trans sabe-se lá mais o quê. Abandonam todo e qualquer ato religioso.

Finalmente, já no período entre 2002 e 2015, houve mudança de bispo; nos seminários, os futuros padres já tinham nova orientação pastoral; um jovem padre foi nomeado Administrador Paroquial. Chega ouvindo as pessoas, vendo seus costumes e hábitos, seu jeito de falar; aproxima-se dos que não frequentam a igreja e dos que pertencem a outras denominações religiosas, entre outras iniciativas. As pessoas que haviam se afastado, começaram timidamente a voltar para as celebrações. Na pregação, o sacerdote diz que a Igreja, assim como ele, estava voltada para os empobrecidos.

Esses dizeres  espalharam-se pela paróquia; representantes de todas as camadas sociais começaram a frequentar todos e quaisquer atos religiosos.

Todos se sentiram incluídos: Os pobres por já serem pobres; os marginalizados e excluídos identificaram-se com os pobres; os ricos, por se acharem empobrecidos (a “marolinha” crescia e se aproximava).

É importante uma comunicação adequada a cada situação, a cada circunstância e a cada público, para evitar equívocos e mal-entendidos.

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