quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Renan faz tentativa de votar pacote anticorrupção, mas não consegue

Requerimento previa urgência para projeto e votação ainda nesta quarta.

Do G1, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou em votação um requerimento de urgência para que o projeto sobre corrupção, aprovado na madrugada pela Câmara, fosse votado pelos senadores ainda na noite desta quarta-feira (30), mas não conseguiu.

No painel eletrônico, 44 senadores votaram contra a urgência e 14 a favor. Com a rejeição do requerimento, o projeto anticorrupção foi encaminhado para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde deverá ser debatido antes de ser votado pelo plenário.

O requerimento, apresentado por líderes de PMDB, PSD e PMDB, combinava artigos do regimento interno do Senado para que o projeto fosse colocado em regime de urgência e incluído na ordem do dia, ou seja, poderia ser votado já nesta quarta-feira. A atitude de Renan causou indignação de parlamentares contrários à forma como o projeto foi aprovado pela Câmara, desfigurado, com várias modificações em relação à proposta original do Ministério Público. Terminada a sessão, Renan Calheiros disse que apenas colocou o regime de urgência e que achou “muito bom” que o plenário tenha derrubado a medida.

“Houve um requerimento de senadores pedindo a urgência e a inclusão da matéria na pauta. Não havia outra solução que não consultar o plenário, deixar o plenário decidir. E o plenário decidiu que a matéria não era urgente”, disse. "Foi muito bom o plenário decidir que essa matéria não requer um tratamento de urgência, porque ela vai tramitar demoradamente na CCJ”, acrescentou.

Votos a favor

Nenhum senador defendeu o requerimento no plenário. Os que votaram a favor são:

- Benedito de Lira (PP-AL)
- Fernando Collor (PTC-AL)
- João Alberto Souza (PMDB-MA)
- Humberto Costa (PT-PE)
- Fernando Coelho (PSB-PE)
- Ciro Nogueira (PP-PI)
- Lindbergh Farias (PT-RJ)
- Vicentinho Alves (PR-TO)
- Zezé Perrella (PDT-MG)
- Hélio José (PMDB-DF)
- Roberto Requião (PMDB-PR)
- Ivo Cassol (PP-RO)
- Valdir Raupp (PMDB-RO)
- Pastor Valadares (PDT-RO).

Críticas

Durante a sessão, vários senadores protestaram contra a análise do requerimento, mas Renan Calheiros insistiu em colocá-lo em votação.

O senador Cristovam Buarque afirmou que Renan “estava cometendo um abuso de autoridade para combater o abuso de autoridade”. “Hoje não é o momento de votar questões polêmicas”, disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Segundo ele, a aprovação na Câmara, na madrugada, não foi bem recebida na sociedade.

O líder do governo, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também se posicionou contra. Ele argumentou que o projeto tinha sido aprovado na madrugada e ainda não era de conhecimento dos senadores.

"Não nos coloquemos hoje na contramão da opinião pública brasileira. Vamos verificar que existe vida lá fora, que não há apenas vida no plenário [...] Eu peço aos meus colegas o voto contra a urgência, para que nós possamos analisar essa matéria com o devido cuidado”, afirmou Aloysio Nunes.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que o presidente do Senado estava mudando o regimento da Casa para de forma “açodada” votar um projeto de autoria do Ministério Público, avalizado pela população, mas que foi “desfigurado” pela Câmara dos Deputados.

"No momento em que existe um ambiente de combate à corrupção no País, nós pensamos em dispositivos que na prática inibirão a atuação da principal instituição que faz o combate, que é o Ministério Público [...]. É anacrônico”, disse Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

 Votação na Câmara

O projeto das medidas anticorrupção, votado na semana passada por uma comissão especial, foi aprovado na madrugada desta quarta pelo plenário da Câmara.

Na madrugada, os deputados incluíram uma série de alterações ao projeto original, o que desfigurou o conjunto de medidas, originalmente apresentado pelo Ministério Público Federal.

Entre essas mudanças, foram retiradas as previsões de os acordos de leniência (espécie de delação premiada de empresas) serem celebrados pelo Ministério Público; de tornar crime o enriquecimento ilícito de servidores públicos. Os deputados incluíram, ainda, uma proposta de punir juízes e integrantes do Ministério Público por abuso de autoridade.

Essas modificações foram alvo de críticas por parte de associações, como a de juízes (Ajufe) e a de procuradores da República (ANPR), a ponto de os procuradores da Lava Jato afirmarem que, se o pacote virar lei como foi aprovado na Câmara, eles renunciarão à atuação nas investigações.

Beneficiários do Bolsa Família são investigados pelo MPF

As suspeitas começaram depois de um cruzamento entre dados disponibilizados pelo Portal da Transparência e por instituições públicas

Beneficiários do Bolsa Familiado, programa do Governo Federal, estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é identificar quem está recebendo o benefício indevidamente...  As suspeitas começaram depois de um cruzamento entre dados disponibilizados pelo Portal da Transparência e por instituições públicas.

Segundo o G1, cerca de 870 mil beneficiários do programa são investigados em todo o país. Estas pessoas estariam com o perfil econômico bem acima do aceitável para a participação no programa... 

“Esses benefícios serão triados, porque às vezes o próprio sistema já detecta esta irregularidade e já cancela. E destes que ainda estão ativos vão ser feitas visitas domiciliares pelos municípios pelas equipes de Assistência Social. Aí vão constatar ou não a irregularidade no benefício”, disse a procuradora da República, Polireda Madaly Bezerra de Medeiros.

MST, CUT e UNE promovem destruição em frente ao Congresso Nacional

Postado por   em 29 de novembro de 2016

A Esplanada dos Ministérios virou um verdadeiro campo de guerra na tarde desta terça-feira (29). A manifestação começou por volta das 16h. O ato foi organizado pela CUT, MST, UNE e outros movimentos sociais, além de grupos indígenas.

A confusão começou quando os manifestantes depredarem três carros, um da Rede Record e dois particulares, que estavam na frente do Congresso Nacional, e depois entraram em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal.

Motivo da baderna é a votação no Senado Federal da Proposta de Emenda à Constituição 55, conhecida como a PEC do teto dos gatos públicos.

Segundo informações da Secretaria de Segurança são 10 mil manifestantes no local.

Depois de serem retirados do gramado do Congresso Nacional, o grupo fugiu da polícia e decidiu invadir e depredar o Ministério da Educação.

Fonte: http://www.brasilverdeamarelo.com/

CÂMARA APROVA EMENDA PARA ACABAR COM A LAVA JATO

Por ampla maioria e na calada da noite, Câmara aprova emenda para acabar com a lava jato

Por Marcelo Faria - 30/11/2016

Por 313 votos a favor e 132 votos contra, a Câmara dos Deputados aprovou, às 01:23 da manhã desta quarta (30), uma emenda às “10 medidas contra a corrupção” (aprovadas por 450 votos a favor e 1 contrário) que define a previsão de “crimes de responsabilidade” para juízes e membros do Ministério Público.

A ampla votação dos deputados a favor da medida não tem a preocupação de garantir que todos sejam atingidos pela lei. O foco da medida, como apontado por políticos contrários e à favor da medida durante a sessão, é claro: permitir que Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e demais membros da operação Lava Jato que aterroriza centenas de políticos possam ser colocados no banco dos réus, praticamente acabando com a Lava Jato.

Uma das maiores defensoras da aprovação da medida durante a sessão foi Clarissa Garotinho, filha de Anthony Garotinho, que chegou a ser preso na semana passada pela acusação de compra de votos em campanhas eleitorais.

O projeto das “10 medidas contra a corrupção”, juntamente com a emenda aprovada, segue para votação no Senado, ainda sem data prevista.


terça-feira, 29 de novembro de 2016

INCONTORNÁVEL CRISE CONJUGAL DE LULINHA PREOCUPA DEFESA DE LULA


Mantida sob segredo, a sete chaves, a crise conjugal do filho mais famoso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem sido mais um motivo de enorme preocupação à defesa do ex-presidente.

Renata Abreu Moreira, a esposa de Fabio Luís Lula da Silva, acompanhou toda a trajetória de ‘ascensão empresarial’ de Lulinha e conhece perfeitamente a grandeza do patrimônio amealhado.
Renata, esposa de Lulinha

A relação do casal não vem bem há bastante tempo, porém a divulgação de um áudio com a ‘estranha’ conversa entre Renata e Kalil Bittar, teria sido preponderante para deflagrar a crise conjugal que já perdura por vários meses, sem sucesso nas inúmeras tentativas de reconciliação, inclusive com a intervenção de Roberto Teixeira, advogado e compadre do ex-presidente.

O casal tem vivido em constante conflito, que tem se intensificado ultimamente, mormente em função da relação nada saudável de Renata com a sogra, dona Marisa Letícia.

Uma eventual separação consensual tem esbarrado na questão da divisão dos bens e na pensão para Pedro, o filho do casal. Renata, atualmente com 40 anos de idade, tem formação jurídica e faz exigências que não estariam sendo aceitas por Lulinha.

A preocupação, caso uma solução de paz não seja encontrada, é de Renata fazer revelações que podem ser extremamente prejudiciais para a defesa de Lula e do próprio Fábio Luís.

É um sério e imprevisto problema, que poderá elucidar às completas, o caminho do dinheiro.

Renata, segundo consta, é esperta e destemida. Além disso, já tem um bom patrimônio pessoal e a sua própria empresa, uma produtora de vídeo com mais dois sócios, um ex-diretor da Vivo e um produtor do SBT.

Amanda Acosta



segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Lula, mesmo investigado, “contrabandeou” malas de dinheiro para o exterior


28 de novembro de 2016 - CristalVox

O Cristalvox não publica notícia falsa. O Cristalvox consegue ler o que muitos jornalistas e alguns veículos de imprensa sabem mas não tem a coragem de contar a verdade. Insinuam crimes, “sugerem” a práticas de atos não republicanos, mas como muitos tem o “rabo preso” ficam relativizando o óbvio.

A revista Veja – edição 2506 – publicada neste final de semana, traz uma matéria assinada pelo jornalista RODRIGO RANGEL, sendo verdadeira, mostra que parte da Policia Federal ainda respira “o oxigênio contaminado” produzido pela organização criminosa que governou o Brasil por 13 anos e que parece ainda sobreviver “nos tubos” do governo Temer.

Segundo informa a revista, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, no dia 03 de junho de 2016, embarcou com destino à Roma, no jato particular PP-SCB, – um Bombardier Challenger 605 – de propriedade do empresário Michael Klein. Quando a aeronave já se preparava para decolar da pista do aeroporto de Guarulhos, teve seu procedimento abortado pelo cerco de várias viaturas da Polícia Federal e da Receita Federal. Motivo: Lula havia “mocozeado” 07 (sete) enormes malas sem a devida e obrigatória exposição ao sistema de raio x do aeroporto. Ou seja: O ex-presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva embarcou clandestinamente parte da sua bagagem na aeronave. Isso é CRIME!

O relato da revista é de que, quando os policiais e agentes da receita abordaram a aeronave, não sabiam quem era seu principal passageiro. Após o cerco e o ingresso dos agentes no interior do jato, constataram a presença de Lula havia e que ele havia se refugiado na cabine do comandante.

Por ordem de um delgado da Polícia Federal a operação foi abortada e o jato decolou sem que as malas fossem revistadas. O episódio gerou um procedimento interno da Polícia Federal e na Procuradoria Geral da República.

O conteúdo “contrabandeado” nas malas clandestinas nunca será revelado… Mas era dinheiro!

O delegado da Polícia Federal, comprovada sua atuação irregular e não republicana, será demitido do serviço público.


A matéria de Veja pode ser acessada no linkInvestigação revela que Lula conseguiu burlar fiscalização de voo.


Vargas Llosa: “A história não absolverá Fidel Castro”

O prêmio Nobel Mario Vargas Llosa foi claro ao dizer, sobre o ditador cubano: “A história não absolverá Fidel Castro”. 

Llosa diz que conheceu bem Fidel porque acreditou na revolução.

Eram oito horas da manhã de sábado em Guadalajara (México) quando o escritor peruano soube da morte do genocida cubano. Logo, disse: “Espero que essa morte abra um período de abertura, tolerância, democratização em Cuba. A história fará um balanço destes 55 anos que acabam agora com a morte do ditador cubano. Ele disse que a história o absolverá. E eu tenho certeza que a história não absolverá Fidel”.

Vargas Llosa foi um dos intelectuais latino-americanos que viram na Revolução Cubana uma luz democratizadora. Chegou a fazer parte do grupo de escritores que visitavam Castro, mas logo se decepcionou. A perseguição aos dissidentes o horrorizou. Havia represálias, lembra o Nobel, não apenas pelas ideias políticas, mas também pela orientação sexual: mesmo que fossem partidários do regime, “Castro chamava os homossexuais de enfermitos (doentinhos)”.

27 DE NOVEMBRO DE 2016

“Misericordia et misera”: Francisco propõe remédio para cultura da tristeza e desespero

Agência Ecclesia 21 de Novembro de 2016.

Nova carta apostólica do Papa sublinha necessidade de acompanhar famílias e pessoas em sofrimento

Cidade do Vaticano, 21 nov 2016 (Ecclesia) –       O Papa Francisco publicou a carta apostólica ‘Misericordia e mísera’, na qual manifesta a sua preocupação com o clima de “tristeza” que se vive em várias partes da sociedade contemporânea.

“Numa cultura frequentemente dominada pela tecnologia, parecem multiplicar-se as formas de tristeza e solidão em que caem as pessoas, incluindo muitos jovens”, adverte, no texto que assinala o final do Jubileu da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016), o Ano Santo extraordinário encerrado solenemente este domingo no Vaticano.

Francisco alude a um futuro “refém da incerteza” e sem horizonte de estabilidade, gerando assim sentimentos de “melancolia, tristeza e tédio, que podem, pouco a pouco, levar ao desespero”.

“Há necessidade de testemunhas de esperança e de alegria verdadeira, para expulsar as quimeras que prometem uma felicidade fácil com paraísos artificiais”, defende.

A nova carta apostólica lembra a necessidade de apoiar as famílias nos momentos de “crise”, apresentando o matrimônio como “uma grande vocação”.

“A beleza da família permanece inalterada, apesar de tantas sombras e propostas alternativas”, sustenta o Papa.

Nas famílias, “lugar privilegiado da misericórdia”, existem dificuldades como “a traição e a solidão”, ou as preocupações dos pais com o “crescimento e formação” dos filhos, que exigem a atenção da comunidade católica.

“A experiência da misericórdia torna-nos capazes de encarar todas as dificuldades humanas com a atitude do amor de Deus, que não se cansa de acolher e acompanhar”, pode ler-se.

O documento fala num “vazio profundo” que pode ser preenchido pela esperança e pela alegria que nasce da fé.

“Nunca deixemos que nos roubem a esperança que provém da fé no Senhor ressuscitado. É verdade que muitas vezes somos sujeitos a dura prova, mas não deve jamais esmorecer a certeza de que o Senhor nos ama”, refere Francisco.

O pontífice argentino realça depois a importância de estar perto de quem sofre e de “enxugar” as suas lágrimas nos dias da tristeza e da aflição.

“Quanta dor pode causar uma palavra maldosa, fruto da inveja, do ciúme e da ira! Quanto sofrimento provoca a experiência da traição, da violência e do abandono! Quanta amargura perante a morte das pessoas queridas! E, no entanto, Deus nunca está longe quando se vivem estes dramas”, assinala.

Francisco elogia a capacidade de “silêncio” perante o sofrimento alheio, como um momento de força e de consolação.

Neste contexto, o Papa pede que a Igreja viva com particular atenção o “momento da morte”, na cultura contemporânea, como uma passagem que, “embora dolorosa e inevitável, é cheia de sentido”.

A carta apostólica ‘Misericordia et misera’ foi assinada publicamente no domingo (20/11), na Praça de São Pedro, após o final da Missa que encerrou o Jubileu da Misericórdia, 29.º Ano Santo na história da Igreja Católica.

OC

domingo, 27 de novembro de 2016

O aborto pode ser legalizado agora que todos os sacerdotes podem absolvê-lo?

Foto: Captura de vídeo
“O Papa quer ressaltar que a misericórdia de Deus é maior do que o pecado, não quer dizer que o aborto não seja um pecado”.

Por David Ramos 
REDAÇÃO CENTRAL, 26 Nov. 16 (ACI).- Muitas organizações promotoras do aborto usam a nova disposição do Papa Francisco – permitir que todos os sacerdotes absolvam este pecado – para renovar seus esforços a fim de legalizar esta prática em países de maioria católica. Têm sentido suas reclamações?

Em declarações ao Grupo ACI, o Pe. Mario Arroio Martínez Fabre, doutor em filosofia pela Pontifícia Universidade de Santa Cruz de Roma, advertiu que quem promove a legalização do aborto defendendo-se na recente disposição do Santo Padre realiza uma “tergiversação” e “uma utilização falaciosa das palavras e do conteúdo do texto”.

Em sua Carta Apostólica “Misericordia et Misera”, publicada no dia 21 de novembro, o Papa Francisco determinou: “De agora em diante concedo a todos os sacerdotes, em razão do seu ministério, a faculdade de absolver a quantos cometeram o pecado de aborto”.

O Santo Padre assinalou também: “Quero reiterar com todas as minhas forças que o aborto é um grave pecado, porque põe fim a uma vida inocente; mas, com igual força, posso e devo afirmar que não existe algum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir, quando encontra um coração arrependido que pede para se reconciliar com o Pai”.

O Pe. Arroio disse que aqueles que promovem o aborto manipulando as palavras do Papa, “não se preocupam pelo tema da graça de Deus nem o tema do que é um pecado e, sobretudo, é uma tergiversação do sentido das palavras”.

Pe. Arroio disse que a gravidade do aborto, tal como o assinala o Santo Padre, é que “estou acabando com uma vida humana inocente, é algo muito sério”.

“E se para mim acabar com uma vida humana inocente não é algo muito sério, significa que não valorizo a vida humana, e prefiro o capricho do que a vida humana”.

O sacerdote assinalou que o Papa deu “esta facilidade” para absolver o pecado do aborto “porque tristemente se difundiu muito o crime do aborto”.

Entretanto, advertiu, “não é para banalizar o pecado do aborto, o Papa insiste com muita força”.

“Eu simplesmente diria às pessoas que não se deixem enganar, ou seja, estão utilizando algumas palavras do Papa para dar um sentido totalmente contrário ao que o Papa pretende ressaltar”.

O Pe. Arroio sublinhou que “o Papa quer ressaltar que a misericórdia de Deus é maior do que o pecado, não quer dizer que o aborto não seja um pecado”.

TEMER É CRITICADO POR MANTER EM EQUIPE CÍRCULO PESSOAL DE AMIGOS


Presidente enfrenta nova crise em seu governo após saída de Geddel Vieira Lima

POR MARIA LIMA E ISABEL BRAGA 27/11/2016 
BRASÍLIA — Político profissional a ponto de dar origem a um verbete, o ex-senador, ex-governador e ex-ministro Antônio Carlos Magalhães ensinava a máxima: nunca nomeie um amigo que não possa demitir. O presidente Michel Temer tem enfrentado crises que sugam a credibilidade de seu mandato justamente por não conseguir sair das garras da “turma” de amigos que o segue há mais de 30 anos no PMDB.

A primeira crise se deu com a queda do ex-ministro Romero Jucá (PMDB-RR), investigado na Operação Lava-Jato e, mesmo assim, alçado à liderança do governo. Foi até a beira do precipício com o presidente cassado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e, agora, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) lhe jogou no colo a maior crise de seu governo ao pressionar um colega de equipe, o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, a liberar um empreendimento imobiliário embargado pelo Patrimônio Histórico.

Para líderes aliados e da oposição, falta a Temer um pouco do espírito do ex-presidente Itamar Franco que, após o impeachment de Fernando Collor, ameaçou deixar o cargo se os amigos continuassem lhe impondo constrangimentos. Em situação semelhante a de Geddel, Itamar afastou o então ministro Henrique Hargreaves, alvo de denúncias de tráfico de influência, até que o caso fosse analisado pela Comissão de Ética da Presidência.

Para o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), o governo deixou de ser de coalizão e virou uma cooptação da turma de amigos:

— Temer, para dar certo, teria que mudar muito, e não sei se ele tem temperamento para afastar os amigos. Talvez devesse consultar o espírito do Itamar Franco. Quando ele assumiu e começou a ser pressionado, deu um ultimato para a turma: “Não me façam imposições porque, se não, largo essa Presidência!”.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admite que não é fácil demitir amigos, mas é preciso fazê-lo:

— Não há nada pior do que demitir um amigo, mas às vezes não tem jeito, não é questão pessoal, é política.

— Ele (Temer) está rebaixando a posição de presidente. Confundiu o cargo com amizade. Péssimo enxadrista: para proteger o bispo, abriu a guarda do rei — critica o líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado (GO).

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/temer-criticado-por-manter-em-equipe-circulo-pessoal-de-amigos-20548883#ixzz4RDi62Vy1

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Fonte: https://assinatura.oglobo.globo.com/Experimente.

sábado, 26 de novembro de 2016

FIDEL MORRE SEM CUMPRIR O QUE PROMETEU AOS CUBANOS

Opinião: Fidel morre sem cumprir o que prometeu aos cubanos

A Cuba que Fidel deixa não é muito diferente da que foi abandonada por Batista. Se a história o absolver, ficará provado que ela é uma dama velha e hipócrita, opina Amir Valle.

Já não importa ele que tenha sido amado por milhões de pessoas que o viam como o último líder da batalha por um mundo melhor. Já não importa que outros milhões o tenham odiado por sua demagogia, seu camaleonismo político e seu poder absoluto sobre uma ilha que considerou sua propriedade privada.

Importa que esteja morto, e que o povo cubano, a quem Fidel Castro prometeu um futuro luminoso, siga sem ver cumprida nenhuma das promessas do líder, um homem a quem se chegou a considerar o messias dos cubanos e dos pobres do mundo. Alguns sites de seus seguidores já falam da sua eternidade histórica.

Asseguram que, além de suas ideias serem eternas, o fato de ele ter sobrevivido a mais de 600 atentados é a prova de que não era tão ingênua assim a ideia de sua imortalidade física, na qual muitos seguidores insistiam, insuflando propagandisticamente o mito do "último revolucionário do século 20".

Esquecem que, segundo as próprias pesquisas de instituições do governo, a maioria da população havia muito tempo deixara de olhar para ele com esperança e apenas o via como um ancião que, de tempos em tempos, aparecia na imprensa para tentar colocar no centro das atenções públicas uma nova campanha: a salvação do planeta.

Falava de aquecimento global, do degelo das calotas polares ou das possibilidades alimentícias de uma planta chamada moringa, incapaz de entender que, para o povo, a única preocupação climática real são os terríveis furacões que assolam o país e que obrigam milhares de cubanos a viver em albergues ou em moradias empobrecidas, sem condições de habitação, assolados por epidemias devido às péssimas condições de salubridade.

Em outros sites, a decisão de Fidel de que seu corpo seja incinerado é vista como um sinal de sua modéstia. Muitos cubanos, porém, recordarão que, há alguns anos, quando Fidel caiu e sofreu algumas fraturas durante um ato público, começou a circular em Havana uma anedota curiosa: seu médico durante muitas décadas, Eugenio Selman-Husein, teria comentado com alguns amigos sobre o pavor de Fidel diante da possibilidade de ser embalsamado, que fracassasse a Revolução e seus inimigos se divertissem profanando o seu corpo. Por isso decidiu ser incinerado. Eliminava assim o desejo da maioria de seus fiéis seguidores de que, como Lenin no Kremlin, a múmia do comandante pudesse ser contemplada eternamente no mausoléu dedicado a José Martí, na Praça da Revolução.

A Cuba que Fidel Castro deixa não é muito diferente daquela que foi abandonada pelo ditador Fulgencio Batista na sua fuga, em dezembro de 1958. Os cubanos seguem esperando o país mais próspero, a nação mais digna, a igualdade real entre todos os cubanos, a independência absoluta em todos os aspectos da vida nacional que Fidel prometeu, entre outras coisas, no mais histórico dos seus primeiros discursos, "A história me absolverá", pronunciado em seu discurso de defesa no julgamento, em 1953, pela tentativa de derrubar Batista do poder com o ataque ao Quartel Moncada. Basta comparar a descrição que Fidel, nesse discurso, faz da situação econômica, política e social em Cuba para comprovar que a Cuba atual, depois de 57 anos sob o programa social da "Revolução", é absolutamente pior, mais caótica, mais desigual e mais pobre ética, econômica, financeira e socialmente.

No ano de 2004, em Havana, o comandante Eloy Gutiérrez Menoyo, e em 2010 em Porto Rico, o também comandante Huber Matos – homem míticos que lutaram ao lado de Fidel e logo decidiram lutar contra o rumo totalitário do castrismo – me deram, quando os questionei se eles teriam ideia do que Fidel pensava sobre as promessas incumpridas ao povo, quase a mesma resposta.

"Fidel vive num mundo paralelo, no qual tudo o que prometeu foi cumprido", disse Gutiérrez Menoyo. "Como a Rainha de Copas de Alice no país das maravilhas, para Fidel tudo está bem, os erros são culpa do inimigo e, a quem se opuser a seus desígnios, ele ordenará que lhe cortem a cabeça. Dentro de sua cabeça, a sua Cuba é perfeita", respondeu Matos.

Porém, ele deixa uma ilha convertida numa das economias mais pobres da América, onde a repressão contra o crescente movimento opositor aumenta todo dia, onde nem sequer se pode falar de sistemas de saúde e educação de primeiro mundo, onde o único sonho da juventude, segundo pesquisas oficiais, é emigrar, e onde o poder se transfere dos velhos castristas a herdeiros claramente impopulares: o neocastrismo.

No seu famoso discurso de 1953, no qual prometeu transformar Cuba no paraíso sobre a Terra, Fidel disse orgulhoso a aqueles que o condenavam: "Podem me condenar, não importa, a história me absolverá". Cuba foi o paraíso particular de Fidel, do clã Castro e de seus mais fiéis seguidores no poder político. Se, diante disso, a história o absolver, ficará demonstrado que, como muitos pensam, a história é uma dama velha, indigna e hipócrita.

MORRE FIDEL CASTRO, UM DOS MAIORES ASSASSINOS DO SÉCULO 20

Fidel Castro, um dos maiores
assassinos do século 20
Publicado em 26 de novembro de 2016 
por Editor em ReaçaBlog

O ex-ditador cubano Fidel Castro faleceu, aos 90 anos, nesta sexta (25) às 22h29 em Havana. A morte foi anunciada por Raúl Castro, irmão e atual ditador de Cuba, em um pronunciamento na TV. Seu corpo será cremado. Até o momento, não há maiores informações reveladas pela ditadura cubana.

A última aparição pública de Fidel Castro foi em 15 de novembro, quando recebeu o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. 

Números da ditadura cubana, de 1959 até 2004:


  • “Fuzilados: 5.621.
  • Assassinados extrajudicialmente: 1.163. 
  • Presos políticos mortos no cárcere por maus tratos, falta de assistência médica ou causas naturais: 1.081. 
  • Guerrilheiros anticastristas mortos em combate: 1.258. Soldados cubanos mortos em missões no exterior: 14.160. 
  • Mortos ou desaparecidos em tentativas de fuga do país: 77.824. 
  • Civis mortos em ataques químicos em Mavinga, Angola: 5.000. 
  • Guerrilheiros da Unita mortos em combate contra tropas cubanas: 9.380. 

Total: 115.127 (não inclui mortes causadas por atividades subversivas no exterior).”

Seu legado de morte, perseguição, miséria e autoritarismo persistirá por muito tempo no coração dos imbecis. Aqueles que se inspiram em Fidel Castro devem ser sempre repelidos do poder.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Senadora destemida esmaga golpe do projeto da Lei de Abuso de Autoridade

Postado dia: 25/11/2016.

‘Um ex-presidente da República denunciado por vários delitos, incluindo o crime de corrupção, pede a prisão do juiz Sérgio Moro, que está comandando a Operação Lava Jato, sob os aplausos do país, que está cansado de ver o dinheiro da população ser corroído pelo ralo da corrupção e da irresponsabilidade de governantes que não tem compromisso com o interesse público’, assim a senadora gaúcha Ana Amélia se posicionou contra a Lei de Abuso de Autoridade.

A parlamentar complementou brilhantemente o seu raciocínio esclarecendo que se um ex-presidente, réu, e cheio de denúncias de práticas ilícitas, pede a prisão de um juiz, a aprovação de tal projeto irá representar uma afronta ao trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal e do Poder Judiciário.

Veja  o vídeo com a entrevista.

Pressionado, Temer agora quer tirar Geddel do governo

© Ueslei Marcelino / Reuters
Em depoimento à Polícia Federal, Calero disse que Temer o chamou ao Palácio do Planalto e determinou que ele “construísse uma saída” para o caso de Geddel

O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero acusou o atual presidente Michel Temer de também pressioná-lo a liberar as obras do prédio La Vue, na ladeira da Barra, uma das áreas mais valorizadas de Salvador, embargadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

De acordo com o jornal O Globo, em depoimento à Polícia Federal, Calero disse que Temer o chamou ao Palácio do Planalto e determinou que ele “construísse uma saída” porque a decisão do Iphan teria criado “dificuldades operacionais” no gabinete dele, especialmente com o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

Segundo o blog do jornalista Jorge Bastos Moreno, também do jornal O Globo, amigos de Geddel, após conversarem com Temer na quinta, aconselharam o ministro a pedir demissão, alegando que sua situação tornou-se insustentável, principalmente depois que Calero o denunciou à PF. "Não tenho motivo nenhum para pedir demissão", teria dito o ministro.

A partir das declarações do ex-ministro, a PF pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra Geddel. O STF já repassou o pedido da polícia ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem cabe dar parecer sobre o assunto. A tendência é que Janot peça abertura de inquérito.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Deputados articulam derrubar pacote anticorrupção no plenário

O novo texto que se tentará votar nesta quinta deverá incluir a anistia à prática do caixa dois nas campanhas eleitorais e a previsão de punir magistrados e integrantes do MPF por crime de responsabilidade

SÃO PAULO - A aprovação do pacote de medidas contra a corrupção defendidas pelo Ministério Público Federal na comissão especial da Câmara ainda não acabou com os planos de deputados para tentar derrubar o texto do relator Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Conforme conta reportagem publicada na edição do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira (24), líderes de praticamente todos os partidos, com exceção de Rede e PSOL, vão tentar derrubar o relatório atual para aprovar um projeto substitutivo no plenário da casa.

O novo texto que se tentará votar nesta quinta deverá incluir a anistia à prática do caixa dois nas campanhas eleitorais e a previsão de punir magistrados e integrantes do MPF por crime de responsabilidade -- pontos que acabaram excluídos do relatório de Lorenzoni. A justificativa usada por políticos para um texto que agrade mais aos seus interesses seria que o relator teria descumprido o acordo com líderes por colocar para votar texto diferente ao que foi acertado com as bancadas.

Câmara recua e adia votação da anistia ao caixa 2

POLÍTICA
Por NOVOSEGUNDO em 24/11/2016

Pela segunda vez no ano fracassou nesta quinta-feira (24) a tentativa da Câmara dos Deputados de aprovar uma alteração na legislação para anistiar o caixa dois eleitoral, tema de alto interesse dos políticos alvos da Operação Lava Jato.

Assim como na primeira vez, as articulações envolveram o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), líderes de alguns dos principais partidos, de esquerda e de direita, e foram feitas quase que exclusivamente a portas fechadas.

A anistia seria inserida no pacote de medidas contra a corrupção apresentado pelo Ministério Público em março. Com a falta de consenso e a polêmica. não há prazo para que os temas sejam votados no plenário.

O pacote foi aprovado em confusa sessão da comissão especial no final da noite desta quarta (23).

Conteúdo Folha de S. Paulo

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Julgamento de Lula é o mais esperado do século na América Latina, diz Financial Times

De acordo com o Financial Times, o julgamento será o ápice de mais de dois anos de investigações sobre o maior esquema de corrupção do Brasil

SÃO PAULO - Após o início das audiências para ouvir as testemunhas no processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde de ontem, o jornal britânico Financial Times publicou uma matéria nesta terça-feira (22) em que destaca o que seria o "julgamento do século" na América Latina.

O texto afirma que após o tumultuado ano marcado pelo processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, os brasileiros estão se preparando para o que promete ser o julgamento do século da América Latina. Um veredicto de culpabilidade contra o líder do PT, poderia desencadear protestos políticos em um momento em que o novo governo do ex-vice-presidente, Michel Temer, está tentando restaurar a confiança através de reformas fiscais severas, analisa o jornal.

De acordo com o Financial Times, o julgamento será o ápice de mais de dois anos de investigações sobre o maior esquema de corrupção do Brasil, um escândalo de suborno na estatal Petrobras.

"O julgamento vai questionar o legado de um homem cujos apoiadores o consideram um herói por reduzir a pobreza durante seus oito anos no poder entre 2003 e 2010, mas que, de acordo com os críticos, se trata de um populista que usou dinheiro público e ajudou a inaugurar a pior recessão do Brasil em um século", diz o jornal.

A matéria ainda destaca um trecho da entrevista que Temer concedeu ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na semana passada, mostrando que a prisão de Lula seria um problema para ele também. "Imagine a mera ideia de que Lula poderia ir para a prisão? Ele é um ex-presidente, ele foi presidente duas vezes. Que isso pode causar problemas, não tenho dúvidas ", disse o presidente na ocasião.

Novo relatório anticorrupção criminaliza eleitor que vender voto

© Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Texto final apresenta uma redução no número de medidas de 17 para 12; relatório será votado nesta quarta-feira (23)

Após mais de 6 horas, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) apresentou a sua terceira versão do relatório do Projeto de Lei 4.850/16, que trata das chamadas medidas de combate à corrupção. O novo relatório reduz as propostas de 17 para 12. O texto foi fechado depois de Lorenzoni ter ouvidos as sugestões de diversas bancadas partidárias, que pressionaram por mudanças, e de ter se reunido com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“É um momento complexo que estamos enfrentando com um tema que todos reconhecem que é difícil. Desde a sua compreensão até a construção de um entendimento que nos permita responder à sociedade brasileira”, disse. “Fizemos a separação dos assuntos que são comuns e que serão trabalhados nesse projetos de lei e daqueles que não vamos trabalhar”.

De acordo com o presidente do colegiado, Joaquim Passarinho, os deputados começaram ontem (22) a discutir o texto, encerraram a sessão por volta das 23h40 e a intenção é que ele seja votado hoje (23). Para tanto, Passarinho convocou nova reunião, marcada para as 9h.

A nova versão do texto manteve no texto a responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa dois. De acordo com a proposta, passa a ser considerado crime de caixa dois arrecadar, receber, manter, movimentar, gastar ou utilizar valores, bens ou serviços estimáveis em dinheiro, paralelamente à contabilidade exigida pela legislação eleitoral, com pena de reclusão de dois a cinco anos, e multa.

As penas serão aplicadas em dobro se os recursos forem provenientes de fontes vedadas pela legislação eleitoral. Incorre na mesma pena o doador de campanha. O relator manteve também o escalonamento de penas de acordo com os valores desviados e o fim da prescrição retroativa das ações penais.

O texto também traz novidades, como a criminalização do eleitor que vender seu voto, com pena de até quatro anos de prisão.

  Exclusões

Foi mantida a exclusão do texto da previsão de crime de responsabilidade para juízes e promotores, um dos principais pontos de pressão dos deputados que queriam que a medida, excluída por Lorenzoni após reunião com integrantes da Força Tarefa da Operação Lava Jato, fosse reincorporada ao texto. Lorenzoni disse que vai encaminhar o tema para o presidente da Casa para que ele seja tratado como um projeto a parte. “Com a gente debatendo com os agentes públicos que serão alvos da nossa proposta legislativa, vamos equilibrar a discussão e ouvir com mais calma todos os envolvidos”, disse.

O deputado disse vai pedir celeridade na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 291/13, do Senado, que regulamenta o regime disciplinar da magistratura e do Ministério Público e que vai pedir que os órgãos do Judiciário e do Ministério Público encaminhem sugestões de projetos sobre o tema.

Também foram retiradas pontos do trecho que tratam do uso da prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado; propostas encaminhadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que tratam da ação popular.

O ponto que diz respeito aos acordo de cooperação internacional também foi retirado, após pressão de integrantes da Polícia Federal, assim como em relação às equipes de cooperação internacional. “Mesmo com o acordo firmado, os líderes pediram ao longo do dia de hoje e dos últimos dias que tudo aquilo que excedesse as dez medidas fosse retirado”, justificou Lorenzoni.

Outra medida que foi retirada diz respeito a incorporação da decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a pena já possa ser cumprida após condenação em segunda instância.

Alterações

O relator também fez alterações no trecho do projeto que trata dos testes de integridade para funcionários públicos. Segundo Lorenzoni, com os ajustes, o teste permaneceu com efeitos administrativos. “A demissão não pode ocorrer com base apenas no teste. Tem que ser aplicado em 100% dos servidores ou agentes públicos, tem que ser primeiro treinados para depois ser integrados. Vai ser parte integrante da formação de funcionários públicos”, disse.

Lorenzoni manteve a criminalização do enriquecimento ilícito de funcionários públicos e a eliminação de barreiras para o confisco de bens de criminosos (por meio da chamada extinção de domínio e do confisco alargado).

Permanece no texto a previsão da criação e acesso a uma base de dados com informações de agentes públicos relativas à situação econômica ou financeira de pessoas físicas ou jurídicas pelo Tribunal de Contas da União com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União e o Ministério Público.

Lorenzoni disse que também manteve no texto a previsão do chamado acordo de culpa pelo qual, por vontade do réu, em acordo com o advogado é realizado um acordo reconhecendo a validade das acusações do inquérito policial. “Daí o réu pode fazer o ajuste com o Ministério Público, com a participação do advogado, e vai ao juiz para homologação”, disse Lorenzoni. “Isso tem que gerar, no mínimo, uma redução de um terço da pena. Além disso, algo em torno de 30% de todos os processos da área criminal terminarão na fase inicial e vai haver uma desobstrução da Justiça brasileira, reduzindo drasticamente”, disse. Com informações da Agência Brasil.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Quem fracassa no matrimônio não é estranho na Igreja, diz o Papa a bispos

Papa Francisco saudando um grupo de bispos.
Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)
Por Walter Sánchez Silva

VATICANO, 21 Nov. 16 (ACI).- O Papa Francisco explicou que os bispos têm o dever de acolher e acompanhar as pessoas que vivem o fracasso conjugal e nunca devem considerá-los “estranhos ao Corpo de Cristo que é a Igreja”.

Assim o indicou o Santo Padre em seu discurso aos bispos reunidos no último dia 18 de novembro na Rota Romana, onde recebem um curso de formação sobre o novo processo de nulidade matrimonial que entrou em vigor em dezembro de 2015.

Em suas palavras aos bispos, em uma visita que inicialmente estava programada para o dia 19 novembro, o Papa ressaltou que o fim último de qualquer ação pastoral é a “salus animarum”, ou seja, a salvação das almas.

Nesta perspectiva, disse Francisco, “a Igreja caminha sempre, como mãe que acolhe e ama, sob o exemplo de Jesus, o Bom Samaritano”.

“A Igreja do Verbo Encarnado se ‘encarna’ nas vivências tristes e nos sofrimentos das pessoas, se inclina para os pobres, os distantes e para os que se consideram excluídos pela comunidade eclesial por causa do seu fracasso matrimonial”.

Entretanto, prosseguiu o Santo Padre, estes fiéis “permanecem incorporados a Cristo pelo batismo. Portanto, temos uma grande responsabilidade de usar o munus (dom), recebido de Jesus divino Pastor, médico e juiz das almas, de não os considerar nunca estranhos ao Corpo de Cristo que é a Igreja”.

“Somos chamados a não os excluir da nossa preocupação pastoral, mas a nos dedicarmos a eles e à sua situação irregular e dolorosa com toda a solicitude e caridade”, exortou.

Depois de ressaltar que a missão do bispo também se orienta nesse sentido, o Papa Francisco explicou que é importante e necessário “eliminar com determinação qualquer impedimento de carácter mundano, que torna difícil a um grande número de fiéis o acesso aos tribunais eclesiásticos. Questões de natureza econômica e organizacional não podem ser um obstáculo para a verificação canônica da validade de um matrimônio”.

“Na óptica de um relacionamento sadio entre justiça e caridade, a lei da Igreja não pode prescindir do princípio fundamental da salus animarum. Portanto, os tribunais eclesiásticos devem ser expressões palpáveis de um serviço diaconal do direito na proteção deste fim primário”, sublinhou.

Por isso, continuou o Pontífice, a salus animarum é a “palavra final do Código de Direito Canônico”, para que esteja “acima de tudo como a lei suprema e como o bem maior que excede o próprio direito, indicando assim o horizonte da misericórdia”.

Do mesmo modo, o Papa comentou que as perguntas que surgem da pastoral matrimonial “requerem respostas e procedimentos nem sempre fáceis. Tenho certeza de que estes dias de estudos os ajudarão a individualizar a aproximação mais oportuna às diversas problemáticas”.

De Cristo, o Bom Pastor, disse Francisco, “devemos aprender cada dia a sábia busca do unum necessarium (o único necessário): a salus animarum” que é “o bem supremo e se identifica com Deus mesmo, como disse São Gregório Nacianceno”.

“Confiem na assistência infalível do Espírito Santo, que conduz invisível, mas realmente a Igreja”.

“Rezemos a Ele para que vos ajude e ajude também o Sucessor de Pedro a responder, com disponibilidade e humildade, ao clamor de ajuda de tantos nossos irmãos e irmãs que precisam saber a verdade sobre o seu matrimônio e o caminho da sua vida”, concluiu.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Banco do Brasil divulga lista de agências fechadas na Bahia; veja relação

Foto: Wagner Neves / Panoramio

O Banco do Brasil divulgou a lista das agências que serão fechadas na Bahia.

 Salvador é o município que terá mais perdas, três: as agências do Pelourinho, do Salvador Shopping e na Petrobras.

Os demais a perder agências do BB são:

Antas,
Apora,
Barreiras (Rio de Ondas),
Biritinga,
Boninal,
Caem (Caem),
Candeal (Candeal),
Conceição da Feira (Conceição da Feira),
Conceição do Almeida (Conceição do Almeida),
Crisópolis (Crisopolis)
Feira de Santana (Av. Getúlio Vargas, Ibititá (Ibititá),
Iguai (Iguai),
Itapitanga (Itapitanga),
Juazeiro (Shopping Águas Center),
Lauro de Freitas (Vilas do Atlântico),
Lençóis (Lençóis),
Luís Eduardo Magalhães (Mimoso do Oeste),
Mata de São João (Costa do Sauípe),
Olindina,
Ribeira do Amparo,
São Felipe,
São Sebastião do Passé,
Sátiro Dias,
Serrolândia,
Tanquinho,
Teodoro Sampaio,
Uibaí e
Vitória da Conquista (Praça Barão Rio Branco).

O BB decidiu neste domingo (20) encerrar a atividade de 402 agências bancárias e transformar outras 379 em postos de atendimento.