Esta foi mais uma semana trágica para o PT. Em poucos dias, quatro fatos abalaram ainda mais a já combalida imagem do partido perante a opinião pública e a militância envergonhada. Entre as derrotas, a notícia sobre a volta do ex-ministro José Dirceu para a cadeia, a retirada das mordomias do ex-presidente Lula, o relatório que aponta que a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann praticou crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, e a delação de Josley Batista contra a ex-presidente Dilma Rousseff.
No caso do ex-ministro José Dirceu, a situação é vexatória. Nenhum militante foi para a porta do petista para impedir sua prisão, nenhum artista protestou e ninguém no PT tocou no assunto. O próprio Dirceu, no lugar de espernear, pediu apenas para ter o direito de ficar preso na Papuda, ao invés de seguir para o Presídio do Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
O ex-presidente Lula ficou sem seus oito assessores e dois carros, por determinação da Justiça. Na ação, a justificativa de que o petista está preso e não precisa de seguranças, motoristas e carros para nada. As regalias custaram ao contribuinte cerca de R$ 2.5 milhões nos últimos três anos.
A presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, foi apontada em um relatório conclusivo da Polícia Federal como beneficiária de um esquema criminoso no ministério do Planejamento, capitaneado por seu próprio marido, o ex-ministro Paulo Bernardo. A PF afirma que Gleisi recebeu cerca de R$ 1.3 milhão em propina, tendo praticado os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Nem a blindada ex-presidente Dilma Rousseff escapou desta semana negra para o PT. O empresário Joesley Batista, que prestou depoimento à Justiça na quarta-feira, 16, confirmou que Dilma lhe pedia propina até mesmo no Palácio do Planalto e que a petista zerou a conta que ele mantinha para ela e Lula no exterior. Joesley confirmou que, com o conhecimento de Lula e Dilma, movimentou cerca de R$ 500 milhões em contas no exterior para os dois petistas e que Dilma lhe pediu R$ 30 milhões para o governador de Minas, Fernando Pimentel. Joesley lhe disse que isso zeraria as contas no exterior gerenciadas pelo ex-ministro Guido Mantega, e Dilma lhe deu um ok para raspar o tacho.
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