Os grandes bailes de micareta fazem parte de uma história musical riquíssima em Alagoinhas. A primeira manifestação neste gênero aconteceu em 1950, com o surgimento da Orquestra Os Turunas, que realizou seu 1º baile em 25 de março do mesmo ano, na Rua 24 de Maio (atualmente, o Hotel Kasa Grande). A primeira grande festa foi na Rádio Clube de Alagoinhas, localizada no prédio de Oscar Correia (hoje, o Magazine Toque Final); depois tocaram na ACRA, sob a presidência de Valter Campos. Em 1968, a primeira apresentação em Salvador, no Flamenguinho em Periperi. A melhor festa, segundo o Maestro Benígno aconteceu no Clube Cajueiro em Feira de Santana no ano de 1972 e o melhor carnaval em Salvador foi em 1974 no Baiano de Tênis, que contou inclusive com a presença do Rei do Futebol, Pelé, além de um público superior a 35 mil pessoas. Na época a Orquestra Os Turunas contava com a seguinte formação: Benígno, Antonio Amando, João Fagundes, Pedro Hugo, Jonas, Tuca, Carlito Oliveira, Leopoldino, José Ferreira e Catichib.
A Orquestra foi fundada em 25 de Março de 1950 pelo Maestro Benígno, irmãos e amigos (veja foto). Na década de 70 ganhou 04 títulos consecutivos no Carnaval de Salvador, inclusive o título de honconcour em 1973, oferecido pela Bahiatursa. Nos anos 60, 70 e 80, grandes bandas de bailes surgiram e animaram a micareta de Alagoinhas nos clubes locais; a Acra, a AABB, o Tênis Clube, o Ferroviário, o América, o Vencedor entre outros clubes localizados no município de Alagoinhas. Entre as primeiras bandas podemos citar: Os Terríveis (de Zé da Tejan), os Cadetes (de Messias), Os Planetas (de Chico), seguidas por: Picolinos (de Vacinho), Manifesto (de Hidelbrando), Milionários (de Valber), Caciques (de Vieirinha) Controle remoto (de Rudolf), Magnífico (de D.Rosa e esposo), Coquetel de Frutas (de Jorge Dó), Verão Tropical (de Bolota), Lá Salvador (de Géo e Rayneldes), Tabajaras (de Birro), Clip (de Zé Oscar) e Valneijòs do saudoso Valnei, um dos precursores do Trio Elétrico na Bahia, engrandecendo Alagoinhas em todo Norte/Nordeste do país.
Portanto, nada mais justo do que esta homenagem a quem proporcionou bons momentos de lazer, harmonia e paz nas micaretas e nos bailes que antecediam as mesmas em Alagoinhas. Uma festa que saiu dos clubes, para tomar conta das ruas da cidade, mas, deixando uma saudade imensa das ”matinês e soirées’ da Acra, tênis e AABB. Saudade dos blocos de turmas, das batucadas e da Escola de Samba Descendo o Morro, de Geraldão. Das máscaras e das mortalhas, das Filarmônicas Euterpe e Ceciliana (na época anterior aos Turunas, as filarmônicas que animavam a micareta ou micaremes que aconteciam logo após a sexta-feira santa, no sábado de aleluia).
E hoje diante de toda parafernália elétrica que faz parte da micareta, Alagoinhas ainda pode respirar um pouco da cultura dos antigos carnavais: O Bloco Amigos dos Turunas animados por sua orquestra que sobrevive há 62 anos. E o maestro Benígno com seus 92 anos de vida, dedicados à música e ao ofício de alfaiate; o cidadão que deixou Inhambupe em 1939, para se tornar filho adotivo de Alagoinhas e realizar o sonho dos metais e caixas tocando uma canção única de amor, paz e harmonia. Dos Turunas à Ceciliana e dela o ponto de partida para esta gama infinita de músicos, que hoje existe, ou passou por esta terra.
Fonte: culturalagoinhas.blogspot.com
A Orquestra foi fundada em 25 de Março de 1950 pelo Maestro Benígno, irmãos e amigos (veja foto). Na década de 70 ganhou 04 títulos consecutivos no Carnaval de Salvador, inclusive o título de honconcour em 1973, oferecido pela Bahiatursa. Nos anos 60, 70 e 80, grandes bandas de bailes surgiram e animaram a micareta de Alagoinhas nos clubes locais; a Acra, a AABB, o Tênis Clube, o Ferroviário, o América, o Vencedor entre outros clubes localizados no município de Alagoinhas. Entre as primeiras bandas podemos citar: Os Terríveis (de Zé da Tejan), os Cadetes (de Messias), Os Planetas (de Chico), seguidas por: Picolinos (de Vacinho), Manifesto (de Hidelbrando), Milionários (de Valber), Caciques (de Vieirinha) Controle remoto (de Rudolf), Magnífico (de D.Rosa e esposo), Coquetel de Frutas (de Jorge Dó), Verão Tropical (de Bolota), Lá Salvador (de Géo e Rayneldes), Tabajaras (de Birro), Clip (de Zé Oscar) e Valneijòs do saudoso Valnei, um dos precursores do Trio Elétrico na Bahia, engrandecendo Alagoinhas em todo Norte/Nordeste do país.
Portanto, nada mais justo do que esta homenagem a quem proporcionou bons momentos de lazer, harmonia e paz nas micaretas e nos bailes que antecediam as mesmas em Alagoinhas. Uma festa que saiu dos clubes, para tomar conta das ruas da cidade, mas, deixando uma saudade imensa das ”matinês e soirées’ da Acra, tênis e AABB. Saudade dos blocos de turmas, das batucadas e da Escola de Samba Descendo o Morro, de Geraldão. Das máscaras e das mortalhas, das Filarmônicas Euterpe e Ceciliana (na época anterior aos Turunas, as filarmônicas que animavam a micareta ou micaremes que aconteciam logo após a sexta-feira santa, no sábado de aleluia).
E hoje diante de toda parafernália elétrica que faz parte da micareta, Alagoinhas ainda pode respirar um pouco da cultura dos antigos carnavais: O Bloco Amigos dos Turunas animados por sua orquestra que sobrevive há 62 anos. E o maestro Benígno com seus 92 anos de vida, dedicados à música e ao ofício de alfaiate; o cidadão que deixou Inhambupe em 1939, para se tornar filho adotivo de Alagoinhas e realizar o sonho dos metais e caixas tocando uma canção única de amor, paz e harmonia. Dos Turunas à Ceciliana e dela o ponto de partida para esta gama infinita de músicos, que hoje existe, ou passou por esta terra.
Fonte: culturalagoinhas.blogspot.com
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