Francisco lembra centralidade do martírio de São Pedro e São Paulo e reza com os fiéis pelo Patriarca orotodoxo Bartolomeu I
Cidade do Vaticano, 29 jun 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que o primado da Igreja de Roma, entre as comunidades católicas, está ligado desde o início do Cristianismo ao martírio de São Pedro e São Paulo nessa cidade.
“A Igreja de Roma tornou-se, rapidamente, de forma espontânea, o ponto de referência para todas as Igrejas espalhadas pelo mundo, não pelo poder do Império, mas pela força do martírio, do testemunho dado a Cristo”, declarou, na recitação da oração do Angelus, que reuniu milhares de pessoas na Praça de São Pedro.
“No fundo, é sempre e só o amor de Cristo que gera a fé e que leva a Igreja em frente”, acrescentou.
O Papa aludiu à celebração da solenidade litúrgica dos apóstolos Pedro e Paulo, que remonta ao século III, a “festa da Igreja de Roma”, fundada sobre o seu martírio, e “uma grande festa para a Igreja universal, porque todo o Povo de Deus lhes deve o dom da fé”.
Sobre São Pedro, Francisco disse que foi “o primeiro a confessar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus”, anúncio que Paulo levou ao mundo greco-romano.
“A providência quis que os dois chegassem aqui a Roma e derramassem aqui o sangue pela fé”, precisou.
Paulo, prosseguiu, passou de “inimigo dos cristãos” a anunciador da “Boa Notícia”, que “Jesus não estava morto, mas vivo”.
“Caros irmãos, que alegria acreditar num Deus que é todo amor, todo graça! Esta é a fé que Pedro e Paulo receberam de Cristo e transmitiram à Igreja”, acrescentou.
O Papa quis agradecer a presença de uma delegação do Patriarcado de Constantinopla (Igreja Ortodoxa) em Roma, lembrando que o mesmo tem como padroeiro Santo André, irmão do apóstolo Pedro, e convidou os presentes a rezarem com ele uma ave-maria pelo patriarca Bartolomeu I e a comunidade ortodoxa.
A oração estendeu-se depois aos 34 metropolitas de várias dioceses católicas, incluindo o novo patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que esta manhã receberam no Vaticano o pálio, “símbolo de comunhão”.
Francisco saudou os peregrinos que acompanharam estes arcebispos, com uma mensagem particular para os fiéis da República Centro-Africana, “duramente provada”, que convidou a “caminhar com fé e esperança”.
“Boa festa a todos e bom almoço”, concluiu.
OC
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