Gustavo Franco: “Se queríamos exemplos de irresponsabilidade fiscal que todos entendessem, a Copa foi um espetáculo”
Brasil sem Rumo
Fonte: Folha de S.Paulo
ENTREVISTA DA 2ª GUSTAVO FRANCO
Gasto com a Copa é metáfora exata das causas da inflação
Formulador do Real critica gastos do governo e afirma que estádios da Copa são exemplo de irresponsabilidade fiscal
RAQUEL LANDIM
- DE SÃO PAULO
O economista Gustavo Franco é torcedor do Botafogo e está acompanhando os jogos da Copa do Mundo. Um dos formuladores do Plano Real, que completa 20 anos durante o Mundial, ele diz que o “futebol se tornou uma metáfora exata das causas da inflação” no Brasil.
“Alguns estádios foram construídos com um dinheiro que não existe, aumentando a dívida do governo. Se queríamos exemplos de irresponsabilidade fiscal que todos entendessem, a Copa foi um espetáculo”, disse Franco, que presidiu o Banco Central de 1997 a 1999, à Folha.
Próximo ao PSDB, ele defende que o próximo governo faça uma discussão “transparente” sobre o orçamento e critica a administração Dilma Rousseff. “É preciso fazer quase uma comissão da verdade para saber o que houve com as contas públicas.”
Franco diz que a alta de preços preocupa, mas nada comparável à hiperinflação que o Plano Real derrubou. Para o economista, o país fez progressos institucionais contra o “comportamento inflacionista dos políticos”.
Folha – Vinte anos depois do lançamento do real, a inflação ainda preocupa?
Gustavo Franco – A inflação é uma doença que vai nos ameaçar sempre. Infelizmente tivemos um episódio crítico, que foi a hiperinflação. Por isso, nosso organismo é mais sensível que o de outros países a essa doença. O que significa que precisamos ter mais cautela pelo resto da vida. É como o alcoolismo: não existe cura, só abstinência...Leia na íntegra AQUI
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