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Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
"Estou convencido de que no mal aparecerá a luz e que o bem vai prevalecer". Essas belas palavras proferidas ontem pelo Mestre Maçom Joseph Blatter, recém-afastado do Conselho de Ética da Fifa (transnacional que preside), cairiam de forma justa e perfeita na boca da ciclista Dilma Rousseff - prontinha para ser tirada da Presidência da República. Os malandros da oligarquia criminosa só não definiram se ela cairá por renúncia (nada provável) impeachment (pouco provável) ou cassação da chapa Dilma-Temer (cenário que começa a interessar até ao Presidentro Lula da Silva, que deseja ser candidato, o quanto antes, ao Palácio do Planalto).
Embora a petelândia pareça "caidaça", ainda mais depois da goleada unânime sofrida ontem com a rejeição das contas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (que nem tribunal é no sentido judiciário do termo), o braço ideológico do desgoverno do crime organizado arma, como nunca, para não perder o poder. Por isso, já começa a executar a "pedalada judiciária" - muito mais ameaçadora que as pedaladas fiscais e fisiológicas. A prioridade é radicalizar o aparalhamento das instâncias superiores do poder Judiciário, nomeando "gente de confiança" nas novas vagas que forem abertas por aposentadorias no Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e no Superior Tribunal Militar.
As forças ocultas da vanguarda do atraso, lideradas por verdadeiras organizações criminosas e congregando a turma bolivariana do Foro de São Paulo e seus comparsas de outros partidos, definiram como meta estratégica principal aplicar o perigoso golpe do aparelhamento completo das instâncias superiores do Judiciário. Movimento semelhante (muito bem sucedido) já ocorreu na Venezuela (de forma radical) e na Argentina (de forma menos violenta, porém também agressiva ao estado democrático de direito). Tais manobras só agravam o processo de ruptura institucional em curso.
Em condições institucionais normais, Dilma já deveria ter caído. Os advogados Hélio Bicudo e Janaina Conceição Paschoal defendem a tese de que “o princípio da presunção de inocência vale na esfera penal, não na administração pública”. Pelo raciocínio jurídico deles, a presidente Dilma Rousseff, com base na tal presunção de inocência, não afastou as pessoas que hoje são acusadas de envolvimento no esquema de propinas nos contratos da Petrobras - evidenciados, com provas, nos processos da Lava Jato. Como Dilma se recusou a afastar os envolvidos em crime, a Presidenta incorreu em flagrante crime de responsabilidade, conforme a prevê lei 1.079/1950.
A turma do Foro de São Paulo joga, direitinho, o xadrez do poder, sempre muitos passos adiante dos adversários políticos que fracassam na ação oposicionista - por ingenuidade ou incompetência. Junto com o aparelhamento ou cooptação da cúpula do judiciário, prosseguem na desmoralização das forças armadas e na consolidação do emprego da máquina estatal para triturar inimigos e neutralizar pessoas ainda com capacidade de reação. Se não forem parados, eles vencerão a guerra.
Fonte: http://www.alertatotal.net/
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