domingo, 26 de setembro de 2010

CARITAS DIOCESANA DE ALAGOINHAS - HISTORICO

Diretoria da Cáritas Diocesana de Alagoinhas (2007-2008)

A caminhada da Cáritas Diocesana de Alagoinhas caracteriza-se por três etapas que revelam um rosto específico da época.

1. Ação Católica (1955 – 1970)

A “Ação Católica de Alagoinhas” foi criada em 13 de junho de 1955, no dia da festa de Santo Antônio, padroeiro da paróquia e da cidade de Alagoinhas. Era uma iniciativa dos Padres Capuchinhos do Convento de São Francisco de Assis em Alagoinhas, que cuidavam da Pastoral na cidade, na época ainda pertencendo a Arquidiocese de São Salvador da Bahia. A Ação Católica de Alagoinhas foi criada com a finalidade de promover o amparo social das comunidades mais carentes, cuidando da educação integral (alfabetização de adultos, cursos de higiene, cursos profissionalizantes etc.).

Nessa época, aconteceram algumas iniciativas:

a) A Paróquia realizou uma Campanha de Construção de Chafarizes” para oferecer água potável e de boa qualidade à população dos bairros da periferia e organizou as Escolas Paroquiais em convênio com o Governo do Estado.

b) Frei Fidélis de Itabaiana, capuchinho, trouxe do Rio de Janeiro, durante o governo do presidente Castelo Branco, um núcleo da “União das Voluntárias” - cujo objetivo era a educação para o trabalho - e implantou em Alagoinhas, nascendo, então, a União das Voluntárias de Alagoinhas (UVA) . Logo foram criados cursos de datilografia, corte e costura, bordado à máquina, flores e culinária. A entidade teve sede própria na Rua Carlos de Azevedo (Rua da Usina), cujo terreno foi doado pela Prefeitura Municipal de Alagoinhas e a construção foi realizada com ajuda dos Governos Federal e Estadual; os materiais dos cursos eram pagos com ajudas governamentais através de convênios e os professores pagos através da contribuição simbólica dos alunos. A União das Voluntárias de Alagoinhas funcionou até o ano de 1990, vindo a ser extinta e o imóvel, onde funcionavam os cursos, foi passado para o Convento da Piedade em Salvador - Bahia.

c) O “Rosário da Caridade – entidade criada por iniciativa do capuchinho Frei Caetano Maria de Altamira em 08/10/52 - tinha como finalidade:

· Amparar a velhice desprotegida e a criança pobre ou órfã, com a construção de abrigos, creches e escolas;
· Prestar serviços médicos, culturais e alimentares, respeitando as disponibilidades financeiras e pessoais;
· Administrar os recursos financeiros provenientes da contribuição dos sócios ou advindos de quaisquer outras fontes. (Conf. Estatutos).

A sede oficial do Rosário da Caridade era no Convento de São Francisco, em Alagoinhas, mas as atividades eram desenvolvidas em um imóvel situado aos fundos da igreja de Nossa Senhora de Fátima na Praça Santa Isabel – hoje casa paroquial.

d) Frei Leão fundou, na mesma época, o Lar Franciscano Emma Barbetti (a fundação foi oficializada em 20 de setembro de 1971). A finalidade do Lar, conforme o estatuto original, é assistir a velhice em geral e, de modo especial, a velhice pobre e desamparada, e desenvolver qualquer obra que se enquadre em suas finalidades, “dentro de suas possibilidades e na medida em que as circunstâncias o permitirem” (Ver estatuto original).

2. Promoção Humana de Alagoinhas (1970 – 2002)

Pela iniciativa de Dom José Cornelis, primeiro Bispo da nova Diocese de Alagoinhas, a Ação Católica de Alagoinhas passou a ser chamada “Promoção Humana da Diocese de Alagoinhas”. Essa mudança de nome aconteceu no dia 17 de outubro de 1970 assim destacando mais ainda o aspecto promocional da entidade.

A nova Diocese de Alagoinhas surgiu logo após o Concilio Vaticano II, abrindo-se para uma visão renovada de Igreja e de ação pastoral:

· Dom José criou o Centro Diocesano de Formação, que investe na formação e responsabilidade dos leigos, cria-se uma escola catequética, surgem as Pastorais Sociais como a Pastoral Rural - a partir de Inhambupe - e as Pastorais das Creches, da Criança e da Saúde - a partir de Alagoinhas.
· Forma-se a Comissão Diocesana de Justiça e Paz, destacando pela primeira vez a dimensão cidadã e libertadora da ação social da Igreja. Era a época da criação de creches nas comunidades da periferia de Alagoinhas; da fundação da Pastoral do Menor - a partir de um trabalho de base com as crianças e adolescentes em situação de risco; da campanha dos sanitários e das casas populares nos bairros do Barreiro e de Miguel Velho; dos cursos de relações humanas e de cidadania nas Comunidades Eclesiais de Base; da formação profissional da juventude do campo com a implantação da Escola Família Agrícola em Riacho da Guia e da defesa dos lavradores, organizando-se os Sindicatos e entidades sociais.
· Promove-se também a primeira Semana Social em 1999, com o tema Justiça e Solidariedade: Resgate da Dignidade Humana.


A Promoção Humana tornou-se a entidade integradora das Pastorais Sociais da Diocese de Alagoinhas - como a Pastoral da Criança, a Pastoral das Creches, a Pastoral do Menor, a Pastoral Rural, a Pastoral dos Pescadores, a Pastoral de Saúde, e dos Movimentos de Adolescentes, Crianças e das Mulheres (lavradoras, lavadeiras etc.)

3. Cáritas Diocesana de Alagoinhas (a partir de 2002)

Para integrar melhor a Promoção Humana da Diocese de Alagoinhas na rede da Cáritas Brasileira, a Assembléia Ordinária de 2002 tomou a decisão de mudar mais uma vez o nome da entidade, que passou a chamar-se Cáritas Diocesana de Alagoinhas. A partir daí, novas entidades se afiliaram como a Pastoral Afro, a Pastoral Carcerária e a Comunidade de Taizé, através da Fundação do Caminho - que desenvolve um trabalho exemplar com pessoas com deficiência - e outras entidades atuando neste setor.

A partir da Campanha da Fraternidade de 2003, cujo tema era: Fraternidade e os Idosos, deu-se uma atenção maior aos abrigos de idosos existentes na Diocese, possibilitando um acompanhamento mais sistemático.

Em sintonia com as Pastorais Sociais da CNBB, promoveu-se em 2005 a 2ª Semana Social da Diocese de Alagoinhas com o tema: Mutirão por um novo Brasil!

Dando mais ênfase ao Programa de Convivência com o Semi-árido, criou-se uma articulação das nove paróquias pertencentes ao Semi-árido da Diocese de Alagoinhas, reivindicando uma Unidade Gestora Micro-regional (UGM) para a construção de cisternas de placas, que foi implantada no dia 15 de janeiro de 2006, na cidade de Olindina – Bahia.

Tiago de Assis Batista


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