A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (27) que não se arrependeu de ter nomeado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que condenou os réus petistas do mensalão. “Eu não me arrependo de nada. Estou muito velha para isso”, afirmou a presidente, ao lembrar que completou 65 anos, no último dia 14. “A gente só se arrepende quando é nova.”
Dirigentes do PT e até o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, contaram que, antes de ser nomeado, Fux disse a eles não haver provas no processo para condenar os petistas acusados de comprar apoio no Congresso, no primeiro mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Eu mato no peito”, teria dito Fux na ocasião. Após chegar ao Supremo, porém, Fux condenou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que presidiu a Câmara entre 2003 a 2005.
Dilma alegou que o Supremo tem autonomia e se recusou a comentar o resultado do julgamento do mensalão.
“Depois que são indicados, os ministros (do STF) têm distância integral da minha pessoa, têm a autonomia pregada por Montesquieu”, disse ela, numa referência ao francês Charles de Montesquieu, importante filósofo do iluminismo.
27 de dezembro de 2012
Vera Rosa (Estadão)
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