Desespero total – Continua a cruzada dos petistas para livrar os companheiros condenados à prisão pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470 (Mensalão do PT). O alvo maior dessas manifestações é o “coronel” do PT, José Dirceu de Oliveira e Silva, acusado pelo Ministério Público de ser o chefe do esquema criminoso que serviu para, entre outras coisas, comprar parlamentares no Congresso.
A bazófia petista surgiu logo após a publicação da entrevista concedida ao jornal “Folha de S. Paulo” pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que afirmou ser a extensão do Mensalão do PT muito maior do que se imagina. A afirmação de Gurgel simplesmente confirma as denúncias feitas ao longo dos últimos sete anos pelo ucho.info.
Bastou uma afirmação do procurador para que os petistas afirmassem que ele “deu um tiro no pé” ao condenar José Dirceu sem provas. Roberto Gurgel disse que há muito mais provas no processo, inclusive para condenar ainda mais José Dirceu. Como o desespero que toma conta do PT diante da iminente prisão dos mensaleiros é grande, tudo será tentado até o último recurso, não importando se a estratégia será técnica ou teatral.
Cada um interpreta a declaração alheia como bem quer. Quem tem responsabilidade e leu as palavras de Gurgel com atenção logo concluiu que se nova investigação for aberta para apurar ainda mais o Mensalão do PT, Dirceu pode ser condenado novamente e por outros crimes.
Como a certeza da impunidade reinava no partido desde o início do esquema criminoso gerenciado pelo publicitário Marcos Valério, mas a postura do STF pegou a todos de surpresa, de agora em diante o Brasil assistirá uma ópera bufa patrocinada por camaradas inconformados com as decisões e advogados que não lograram êxito no plenário da Corte. Tanto é assim, que Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça e advogado de José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural e condenado à prisão, está escrevendo um livro para contestar as decisões decorrentes do processo do Mensalão do PT.
Como sempre afirmamos, a vida precisa ser pautada pela coerência, o que não deve ser exigido da extensa maioria dos políticos brasileiros, começando por José Dirceu. Quando ainda engrossava o brado oposicionista e estava deputado federal, Dirceu ocupou o plenário da Câmara para defender a cassação do então deputado Ricardo Fiúza (PFL-PE), acusado de integrar o grupo que ficou conhecido como “Anões do Orçamento”. Na ocasião, Dirceu afirmou categoricamente que para a cassação de um mandato parlamentar bastavam evidências, não provas.
Pelo que se sabe, o Conselho de Ética da Câmara – do Senado também – toma como base não apenas os conceitos da quebra do decoro parlamentar para recomendar a perda de um mandato, mas também a legislação vigente no País. Ora, se Fiúza poderia ser casado apenas com base em evidências, por qual razão José Dirceu não pode ser condenado pela Justiça com base em provas? O que o PT tenta fazer é transformar um culpado conhecido em um inocente injustiçado. Algo parecido com o que fazem com Lula, que patrocinou o período mais corrupto da história brasileira e continua garantindo que de nada sabia.
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