Dilma não vai aparecer na reunião dos países e investidores ricos, na Suíça, onde o Brasil precisa fazer boa figura.
Em vez disso, irá à posse do bolivariano Evo Morales. Pensando bem, talvez seja até melhor
Começa depois de amanhã, dia 21, na pequena cidade de Davos, nos Alpes suíços, mais uma reunião anual do World Economic Forum — o maior encontro, no planeta, de governantes de países ricos, banqueiros, comandantes de empresas gigantescas, grandes economistas, representantes das empresas de análise de riscos e de tudo o mais que possa interessar a um país necessitado de investimentos estrangeiro e de bons contatos com os poderosos do mundo.
A reunião irá de 21 a 25 deste janeiro, e o programa é riquíssimo — abordará desde a crise econômica até se faltam ou não líderes à altura dos desafios do mundo, da biomecatrônica a mudanças climáticas, da segurança internacional e do impacto da China no mundo neste século XXI até a questão islâmica ou à situação e as perspectivas da produção e consumo do petróleo. Haverá palestrantes vencedores de Nobel e executivos poderosos, como os CEOs da General Motors ou da Yahoo!, além de campeões em seus terrenos, como agricultura, tecnologia, terrorismo.
Entre os 2.500 participantes, políticos de peso — a começar pela chanceler alemã Angela Merkel, o presidente da França, François Hollande, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, o ex-candidato à Presidência John Kerry –, sem contar presidentes de bancos centrais importantes, como os da Europa, do Reino Unido e do Japão.
A chefe de um governo de de um país do porte do Brasil deveria se interessar por tudo isso, não? Deveria se interessar por apresentar alguma imagem positiva de um país mergulhado em roubalheira, em estagnação econômica e em paralisia política.
O que, entretanto, fará Dilma nesse período? Em vez de comparecer a Davos, ela irá… à Bolívia. Para a terceira posse consecutivo do companheiro bolivariano Evo Morales, aquele mesmo que mandou tropas do Exército ocupar instalações da Petrobras, em 2006, depois “nacionalizadas” na marra, recebendo em troca afagos de “compreensão” do então presidento Lula.
Para não deixar dúvidas de que descartou mesmo Davos, Dilma viaja para a Bolívia no mesmo 21, depois de amanhã, em que se reúnem os poderosos do capitalismo na Suíça, embora vá participar de solenidades em La Paz apenas no dia 22, quarta-feira.
Pensando bem, é até melhor Dilma não ir. O principal representante do Brasil no evento será o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que a presidente teve que ir buscar entre quadros simpáticos ao PSDB e que trabalhava num alto posto no grupo Bradesco.
Levy tem mais condições de fazer boa figura em Davos do que a atabalhoada e desacreditada Dilma. Que ela aproveite bem sua estada na Bolívia.
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