terça-feira, 9 de outubro de 2018

Vários políticos descobriram que não foi bom negócio ter um presidiário como cabo eleitoral


O ex-presidente Lula se notabilizou ao longo das últimas décadas por sua capacidade de eleger ilustres desconhecidos. No auge de sua popularidade, o petista chegou a ser apelidado de 'dedinho de ouro', pois praticamente todos que ele indicava acabavam eleitos.

O próprio Lula se gabava de ser o maior cabo eleitoral do Brasil e chegou a anunciar que, mesmo preso, ainda tinha o poder de eleger quem ele quisesse. Muitos políticos não deram a devida atenção à decadência moral e política sofrida por Lula desde o início da Operação Lava Jato. A maior investigação sobre corrupção do mundo revelou que o petista estava envolvido em praticamente todas as sujeiras feitas ao longo da últimas década e meia.

Estes políticos que apostaram no 'dedinho de ouro' de Lula nestas eleições de 2018 também não deram muita atenção as inúmeras derrotas sofridas pelo petista nas eleições municipais de 2016. Naquele ano, o PT elegeu apenas um prefeito de capital em todo o país Lula não conseguiu eleger nem seu próprio filho vereador na cidade de São Bernardo do Campo, seu berço político e do PT. E olha que Lula ainda não era um presidiário.

Deu no que deu. Ao depositar suas esperanças no 'dedinho de ouro' que se encontra preso em Curitiba desde abril deste ano, vários políticos viram a revoada de votos nas urnas. Nomes tradicionais da política brasileira, ex-ministros, ex-governadores e senadores que disputavam a reeleição, não se elegeram para o Senado este ano.

No time dos abatidos pelo cabo eleitoral presidiário, está a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que disputava uma das vagas como senadora por Minas Gerais após seu impeachment. No Rio de Janeiro, o também petista Lindbergh Farias ficou sem mandato. Apesar de liderar as pesquisas em São Paulo, Eduardo Suplicy também foi abatido nas urnas e não conseguiu se eleger senador. Roraima, Romero Jucá (MDB) também passou vergonha nas urnas e ficou sem mandato. Roberto Requião (MDB) dançou no Paraná, Vanessa Grazziotin (PCdoB) também rodou no Amazonas. Edison Lobão (MDB) e Sarney Filho (PV) perderam no Maranhão e Eunício Oliveira (MDB) no Ceará.

A lista dos políticos que se fiaram no cabo eleitoral é enorme, considerando deputados estaduais, federais e governadores que tiveram votação inexpressiva nas urnas em outubro. Espera-se agora que o poste escolhido por Lula para disputar a Presidência em seu lugar tenha o mesmo destino dos demais que apostaram no cabo eleitoral presidiário.

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