domingo, 6 de março de 2011

VIAGEM À ALEMANHA

MINHA VIAGEM À ALEMANHA



Às 13 horas do dia 20 de junho de 2009, saímos em dois microônibus de Alagoinhas com destino ao Aeroporto Dois de Julho – Salvador-BA, de onde pegaríamos o avião com destino a Frankfurt (Alemanha). Nosso destino era Passau - Alemanha. Motivo da viagem: comemoração dos 40 anos de parceria e solidariedade missionária entre as dioceses de Alagoinhas e Passau.

Éramos ao todo 24 pessoas representates das comunidades onde os padres alemães trabalharam ou que, de algum modo, estiveram envolvidas com as atividades pastorais realizadas por esses missionários. Eram elas:

Ana Rita - Praia do Forte
Aylton e Meire - Alagoinhas
Dom Paulo Romeu- Alagoinhas
Eliaci - Acajutiba
Elinaldo - Rio Real
Elizângela - Conde
Fabrício - Alagoinhas (Pinto de Aguiar)
Gildásio (diácono Gil) - Alagoinha
Ir. Maria Clara - Itamira
João Paulo - Nova Soure
Laína - Itamira
Mário - Alagoinhas (S. Teresinha).
Marlon - Acajutiba
Pe. Bernardo Kraus(alemão) - Praia do Forte
Pe. Edvânio - Alagoinhas
Pe. Irivan - Alagoinhas
Pedro (seminarista) - Alagoinhas
Poliana - Abadia
Rítler - Aporá
Silvani - Abadia
Tiago - Alagoinhas
Valdirene - Inhambupe
Veriscléide -Crisópolis .






O embarque estava previsto para as 17h. Duas horas antes já nos preparávamos para o protocolo de embarque (check in). Às 17 horas e pouco, já estávamos prontos para o embarque, mas o voo só aconteceu às 19h05 h. A empresa foi a Condor, subsidiária da Luftansa.
Viajamos na classe econômica. Vôo tranqüilo. Às 05h30 do domingo 21/07 (10h30 – hora local do destino), aterrissávamos em solo alemão, no aeroporto internacional de Frankfurt (Alemanha).
Terminado o protocolo de desembarque, saímos do aeroporto e logo fomos recepcionados pelo senhor Josef Talhammer – alemão, nosso velho conhecido e companheiro de trabalho em Alagoinhas nos ano 70. Ele estava com uma comitiva de representantes da Diocese de Passau (Alemanha) com posta por jovens e adultos.

Às 12h (horário local), pegamos o ônibus especial que estava à nossa espera para nos conduzir a Passau. Tínhamos 444 quilômetros de estrada pela frente. Durante a viagem, foram feitas as apresentação dos visitantes e dos que nos recebiam. O senhor Josef e Pe. Bernardo serviam de intérpretes. Fizemos somente uma parada para o lanche em um restaurante, às 14 horas.
Pouco antes das 17 horas, passamos pela cidade de Niederalteich, onde mora o casal Josef e Marlis Talhammer. Ele é o prefeito da cidade. Sua esposa – que também trabalhou em Alagoinhas e tem dois filhos brasileiros – já nos esperava com um lanche. Foi grande a emoção e alegria para mim, Aylton e Meire que, jovens ainda nos conhecemos e trabalhamos juntos com esse casal aqui em Alagoinhas. Encontramos também uma jovem senhora, morena que eles adotaram como filha aqui em Alagoinhas, quando criança. Hoje ela já é mãe.
Após o lanche, continuamos viagem com destino a Passau. Não estava longe. Chegamos às 17:25h. Uma comitiva nos esperava diante do Spectrum Kirche – local onde nós adultos ficamos hospedados. De dentro do ônibus eu já via nossos queridos amigos e companheiros de trabalho de outrora, Pe. Casemiro e Pe. Luis.

Dia 20/06/2009 - Fomos recebidos com alegria, mas sem beijos nem abraços – os alemães não são disso. Mas ao nos aproximar de Casemiro e Luiz, não podemos nos conter aos costumes alemães. O abraço foi à brasileira mesmo... Logo em seguida apareceu Pe. Geraldo que compunha a primeira leva de alemãs à diocese de Alagoinhas. Hoje ele continua trabalhando na Diocese de Guarabira – PB. Estava de férias em sua terra.
O Spectrum Kirche é um centro de treinamento da Diocese de Passau.
Nós adultos fomos conduzidos aos aposentos reservados para nós. Depois fomos conduzidos ao refeitório, onde fomos recepcionados pelo bispo diocesano Dom Guilherme, com palavras de boas vindas. Foi servida a janta. Depois, os jovens tomaram outro destino com o padre Bernardo (alemão que trabalha na Paróquia do Litoral, com sede em Praia do Forte - Ba).



Dia 22/06/09 – Os jovens seguiram outro roteiro e nós adultos fomos convidados a visitar os organismos da diocese de Passau: cúria diocesana, Casa são Maximiliano, seminário e outras. Visitamos uma instituição que comercializa produtos pequenos produtores de paises pobre; havia inclusive suco de laranja produzido em Rio Real - Ba. Visitamos a cervejaria da diocese. Ao lado da cervejaria há uma espécie de restaurante onde as pessoas se reúnem para beber, bater papo e comer. Seguindo o costume, jantamos aí. Fora há um lugar ao ar livre muito aprazível com muitas árvores, mesas por toda parte. Mas a tarde estava chuvosa, ficamos dentro mesmo. Conosco estavam muitos alemães nossos conhecidos que trabalharam na diocese de Alagoinhas. A conversa foi animada onde relembrávamos tantos fatos e pessoas de nossa juventude. Saímos às 21h.


Dia 23/06/09 – Pela manhã, Dom Paulo foi com Aylton e Meire para uma entrevista com a mídia. Eu com Guilherme, Maria clara e Eliaci fomos dar um giro pela cidade. O tempo estava chuvoso. Visitamos a catedral. Depois chegou Pe. Bernardo com o grupo dos jovens e nos juntamos e o cicerone foi nos mostrando as obras de arte e contando história relativas. Foi então que chegou o Pe. Geraldo e se juntou a nós. Os jovens seguiram outro roteiro e as mulheres voltaram pra casa. Fiquei com Guilherme para assistir um concerto de música clássica na catedral. Isso acontece todos os dias ao meio dia. É pago. A catedral ficou repleta de turistas para assistir ao concerto. Assistimos de cortesia por sermos convidados especiais da diocese. O órgão da Catedral de Passau é o maior órgão cristão do mundo.
Após o concerto, Pe. Casimiro veio nos pegar e levar para o Spetrum Kirche. A turma já estava no refeitório almoçando.

À Tarde, tivemos um encontro com o prefeito de Passau. Saindo da prefeitura, participamos de uma romaria organizada pelos jovens ao santuário de Mariahilf (Nossa Senhora da Ajuda – tradução em português). Este é o santuário Mariano mais antigo da Alemanha. Fica numa colina dentro da cidade, às margens do Rio Danúbio que corta a cidade. Umas escadarias de 310 degraus levam os peregrinos da margem do rio ao topo da colina. Foi um momento de espiritualidade dos jovens e nós adultos acompanhamos. Enquanto se subia, faziam-se paradas para leituras bíblicas, reflexão e cânticos religiosos. Leituras e cantos eram alternados em alemão e português.
Chegando ao topo, entramos no santuário; foi narrado em português um resumo da história do santuário. Dom Paulo, que já estava lá com Pe. Edvânio na cadeira de rodas, deu a bênção. Fomos levados ao refeitório do convento onde moram uns monges paulinos. Estão aí de pouco tempo, pois até 2002, eram os capuchinhos que moravam nesse convento e cuidavam do santuário Mariahilf. Jantamos aí. Quem leu para nós o resumo da história do santuário foi uma jovem senhora que já estivera no Brasil como missionária leiga. Voltamos para a pousada.
Eram mais do 20h. O sol ainda estava alto. Como não éramos galinha para dormir com o sol fora, Guilherme e eu pegamos um táxi e fomos ao centro da cidade. O destino era um shopping que havia inaugurado fazia pouco tempo. O taxista nos informou em inglês que faltavam somente 10 minutos para o shopping fechar – eram 20h50. Diante disso, pedi ou taxista que nos levasse a um restaurante italiano (são muitos) onde não se devesse pagar muito caro. Fomos atendido no pedido. O restaurante era italiano, mas só gerente falava italiano. Era um italiano nato. A noite estava chuvosa, fazia um friozinho gostoso. Primeira coisa que pedi ao gerente (em italiano) era onde se podia “fare la pipi” – modo infantil de dizer que queria fazer xixi. Depois da “pipi”, nos sentamos á mesa e pedimos “um bichierotto di um buon vino” (um copinho de um bom vinho). Fomos servidos com uma bela taça de vinho e ficamos bebericando e conversando. De vez em quando, bisbilhotando alguma coisa em italiano. Guilherme tentava se comunicar com o inglês dele. Após o vinho, pedimos um café expresso. Na hora de pagar, esnobei pedindo a conta em alemão. Se falei certo, não sei, mas ele entendeu muito bem o que eu queria.
Qual não foi nossa surpresa, ao vermos na prateleira do restaurante uma garrafa de cachaça da marca Pitu, fabricada em Pernambuco.


Saindo dali, ficamos andando pelo calçadão olhando e comparando os preços dos objetos nas vitrines. Não por economia, mas decidimos voltar à pousada a pé. Atravessamos a ponte do rio Inn (um dos 3 rios que cortam Passau) e tivemos que subir uma longa ladeira, como algumas de Salvador. Passava de 11 horas da noite. Nenhum receio tínhamos de andar por ruas desertas àquela hora. Estávamos em um pais de primeiro mundo, onde não há grade nas portas e muito menos cerca elétrica nos muros. Nenhum policial nas ruas.
Não há porteiro na pousada. A porta é fechada depois do movimento, mas a própria chave do nosso apartamento, abre a porta de entrada da pousada. Depois das atividades do dia, sentei na cama e escrevi essas linhas.

Dia 24/06/09 – Após o café – que acontecia sempre às 8h30 – um ônibus já nos esperava para irmos a Salzburg, na Áustria. A fronteira Alemanha e Áustria está ali pertinho de Passau. Mas Salzburg está a 120 km de Passau.
Salzburg é uma cidade muito antiga da Europa. Famosa por ser a terra natal de Mozart. As ruas estão sempre cheias de turistas... A 1h da tarde foi difícil encontrar vagas em um restaurante para almoçar. Tivemos que nos afastar um pouco do centro para encontrar onde comer. Almoçamos em um restaurante italiano – pizza e macarrão ao molho de tomate. Pena que ao invés de vinho, tomamos cerveja. Uma cerveja ótima; parecia chope.
O dia esteve sempre chuvoso e o rio Danúbio, que também banha esta cidade, estava com grande volume de água.
Durante a viagem, podiam-se ver campos verdejantes cultivados de trigo, cevada e milho (milho só pra forragem dos animais durante o inverno). Pelos campos, muitos rolos de feno prontos para a silagem. Algumas vacas pastando ao ar livre e, aqui e acolá, veados também pastando pelos campos. Ao longo da estrada, muitas placas chamando a atenção dos motoristas: “Cuidado!Veados na pista”.
Chegamos às 19h e não tivemos janta porque o pessoal de serviço já tinha ido embora. O senhor que nos acompanhava providenciou salame, lingüiça, queijo e pão; fomos para a adega (cantina) e lá improvisamos um lanche acompanhado de vinho ou cerveja. Na cantina não há funcionário. Os clientes pegam as bebidas e outros coisas e deixam o dinheiro num cestinho que fica em cima do balcão. Era dia de São João Batista. Ficamos até tarde comendo, bebendo e conversando.
Na cantina havia também um grupo de jovens alemães bebericando e conversando. O que nos chamou a atenção foi o número pequeno de garotas entre eles. Mesas só com rapazes; e as mesas onde havia moças, elas se comportavam como irmãs. Muito diferente da nossa juventude nessas ocasiões. Nada de “agarra-agarra”, carícias ou galanteios.
Nossa despesa foi paga pela organização do evento. Quem quis algo mais do que foi oferecido, pagou o que consumiu, segundo o costume da terra (dinheiro no cestinho).

Dia 25/06/09 – Tivemos dois compromissos neste dia. O primeiro, pela manhã, foi em Niederalteich – onde mora o casal Josef e Marlis Talhammer e onde ele é prefeito da cidade. O segundo, à tarde em Eichendorf (antiga paróquia de Pe. Bernardo, hoje vigário em Praia do Forte - Bahia).

Em Niederalteich, fomos recebidos pelo prefeito no salão nobre da Prefeitura. Fomos apresentados e ouvimos a narração histórica da cidade; visitamos uma escola (universidade) de formação agrícola e assistimos uma palestra sobre uma organização chamada Eins Welt (Um só Mundo) que dá assistência e solidariedade com os países do Terceiro Mundo e aos países em desenvolvimento. Além das autoridades, estava presente uma deputada federal filha da região e uma senhora peruana que mora há 32 anos na Alemanha. Esta senhora intermédia o comércio de produtos de comunidades pobres de vários paises em via de desenvolvimento em todos os continentes e lança no mercado alemão. Almoçamos no refeitório da universidade.
À tarde, fomos à cidade de Eichendorf, antiga paróquia de Pe. Bernardo. Toda a comunidade estava representada e participou da missa celebrada por Dom Paulo. Após a missa, houve um jantar para todos, acompanhado de um concerto onde foram executadas músicas brasileira e alemãs. Foi apresentado um vídeo narrando a caminhada dos Missionários (padres e leigos) da Diocese de Passau e na Diocese de Alagoinhas durante os 40 anos de parceria e solidariedade missionária entre as duas dioceses.
Finalizando, os jovens improvisaram um forró e os alemães caíram nele, todos desengonçados, mas se divertiram bastante. A turma teve que se virar para ensinar os passos do forró o do samba aos nossos anfitriões. Chegamos a Passau a 01h da manhã.
Dia 26/06/09 – Pela manhã, visitamos a casa onde Bento 16 nasceu – Marktl e a igreja onde ele foi batizado. Daí, fomos a Altötting, cidade natal de Pe. Casimiro e de sua irmã Anna Spielmann. Fomos recepcionados pelo prefeito da cidade e autoridades. Foi-nos contada a história da cidade e a ida dos missionários de Altötting para a Alagoinhas. A comunidade preparou para nós um almoço na Casa da Juventude. Seguiu-se a visita ao santuário de Nossa senhora de Altötting, santuário mariano mais antigo da Alemanha. Esta cidade é tida como o coração da Baviera. Visitamos ainda a igreja dos padres capuchinhos onde se encontram os restos mortais de São Conrado de Parzham – OFMCap. Aí, dom Paulo celebrou a missa participada pela comunidade. A comunidade nos levou a um restaurante onde jantamos e depois foi apresentado o vídeo da caminhada dos 40 anos dos missionários da Diocese de Passau em Alagoinhas e cidades da Diocese. Os jovens brasileiros fizeram uma apresentação de nossa música e dança populares. Chegamos de volta a Passau às 23 horas.

Dia 27/06/09 – Pela manhã, assistimos na Catedral a ordenação de cinco novos padres. Após a ordenação, foi servido um almoço no refeitório do Seminário Maior.
À tarde, Pe. Casimiro levou a mim, Aylton e Meire para Altötting. Fomos recebidos em sua casa. Ele morava com sua irmã Anna, mas essa havia morrido alguns meses antes. Ele agora mora sozinho. Conversamos muito lembrando nossos velhos tempos na Paróquia Santo Antônio em Alagoinhas. Os trabalhos sociais e religiosos na sede da paróquia e nas comunidade. Lembramos muitas pessoas que foram nossas companheiras de atividade.
Aylton havia levado um álbum com fotos das atividades desenvolvidas naquela época. Vimos muitas fotos das pessoas que trabalhavam conosco. Todos nós jovens ainda. Lembramos histórias e fatos de cada um. Casimiro lembrou muito de Anna e nós igualmente. Mostrou fotos de seus pais e irmãos ainda pequenos em Altötting e narrou fatos ocorridos durante a Guerra da guerra de 1945. Fomos até o cemitério e visitamos a sepultura de Anna.
Depois Casemiro nos levou ao Hotel Planck onde jantamos em companhia de Pe. Geraldo que havia chegado naquele momento. Nós três visitantes ficamos hospedados naquele hotel onde dormimos duas noites.

Dia 28/06/09 – Hoje Pe. Casimiro era esperando em Unter neu Kirche, uma cidade que foi sua primeira paróquia antes de ir ao Brasil. Fomos com ele de Altötting até lá. A comunidade já o esperava em frente à prefeitura. Foi recebido pelo prefeito e, depois, em cortejo, dirigimo-nos igreja antiga onde ele celebrava e de lá para a nova igreja e lá ele celebrou a missa de seus 50 anos de sacerdócio. Ao som do órgão, foram executados o Kyrie, Gloria, Credo, Sactus e Agnus Dei em gregoriano e em latim. São cantos antiqüíssimos mais muito conhecidos pela comunidade católica romana.
Após a missa, houve o almoço para toda a comunidade em mesinhas espalhadas pela pracinha e num amplo refeitório de uma escola aí situada. No final prestaram uma homenagem ao padre festejado, onde pessoas adultas e crianças ofereceram ramalhetes de flores e presentes. Conosco estiveram o padre Geraldo e um casal conhecido – Matias e Vilma. Ele alemão e ela de Alagoinhas. Moram na Alemanha, perto de Munique. Encontramos Catarina, uma moça alemã que trabalhou em Acajutiba e no Conde. Voltamos a Altötting e ficamos no hotel onde dormimos e, no dia seguinte.

Dia 29/06/09 - Casimiro nos levou de volta a Passau. Aqui, os outros do grupo dos adultos nos esperavam. Com o senhor Carmelo e Pe. Jorge, visitamos uma obra mantida pela Cáritas Diocesana de Passau em Grubweg, perto de Passau. É um colégio – Shule St. Severin - para crianças e jovens com deficiência, onde são usados os meios de reabilitação mais modernos. Fomos recebidos com uma apresentação de cantos pelos próprios alunos. Diretores e professores fizeram uma exposição de todos os trabalhos ali desenvolvidos e nos mostraram as oficinas e salas de aula. Foi-nos oferecido um lanche, ocasião em que aproveitamos para trocas de idéias. Pessoal muito alegre e comunicativo.
Depois, o grupo se dividiu. Alguns foram à paróquia de padre Jorge e outros voltamos para Passau e fomos almoçar em um restaurante ao ar livre com vista para o Rio Danúbio. O sol brilhava e não fazia muito frio.
Às 17 horas, fomos à catedral para uma missa com os benfeitores alemães da Diocese de Alagoinhas. Dom Paulo presidiu a celebração na Capela Santo André, tendo como concelebrantes os padres Casimiro, Geraldo e outros alemães. Após a missa houve um jantar em companhia dos benfeitores, no refeitório do seminário maior. Mais uma vez foi passado o filme das atividades dos missionários de Passau na Diocese de Alagoinhas durante os 40 anos de parceria.

30/06/09 - Hoje cedo, fomos a Frauenau onde Pe. Roberto é pároco. Ele é um dos padres alemães que trabalharam na Diocese de Alagoinhas juntamente com os padres Jorge e José Göppinger, após o retorno à Alemanha dos padres Casimiro, Geraldo e Luís. O padre Roberto aniversariava neste dia. O almoço foi em um restaurante. Pe. Casimiro nos acompanhava.
De Frauenau, fomos a Tittling, local onde Pe. Luís trabalhou depois de sua volta do Brasil. Hoje, ele mora em um abrigo de idosos aí mesmo em Tittling, um local muito bonito, confortável e aconchegante. Foi uma alegria enorme esse encontro para todos nós, principalmente para mim, Aylton e Meire que acompanhamos de perto todo o seu trabalho social na Diocese de Alagoinhas. Muita coisa e muitas pessoas foram relembrada durante os momentos que passamos juntos. Pe. Luís nos apresentou um livro escrito por ele, contando sua vida e suas atividades missionárias no Brasil. Pena que não está ainda traduzido para o português.
Após revivermos o passado juntos, fomos a um restaurante próximo a um pequeno lago, onde jantamos. Lembramos que todos esses almoços e jantares não eram só momentos de comer e beber, mas de muita conversa e recordações e saudades.
Logo que chegamos, visitamos uma importante fábrica de cristais da Alemanha, instalada em Tittling.
Terminada a visita ao querido amigo Pe. Luís, voltamos a Passau.

Dia 01/07/09 - Ás 7 horas da manhã, fomos de trem a Munique (München); visitamos a parte antiga da cidade, mercado popular, a catedral onde Bento XVI exerceu o seu episcopado antes de ser eleito papa, e a Vila Olímpica. Almoçamos em um dos parques da cidade – semelhante ao Hyde Park de Londres. Por toda parte viam-se pessoas com trajes típicos indicando a região do planeta de onde proviam: mulheres de saris, de burcas e de outras vestes orientais.
Em Munique nos deslocamos sempre de metrô – meio de transporte muito organizado e rápido. Como tive toda minha infância e adolescência ligadas à estrada de ferro, curti bastante a viagem de cerca 200 quilômetros de Passau a Munique. Viajamos em um trem popular, porém muito veloz e confortável. Chamou-me a atenção a facilidade que as pessoas têm em entrarem na classe do trem com suas bicicletas e cadeiras de roda, sem causar nenhum incômodo aos passageiros.
Às 22 horas, já estávamos de volta ao Spectrum Kirche, local em Passau onde estávamos hospedados.

Dia 02/07/09 – Tempo livre pela manhã. Com Aylton e Meire fomos ao Shopping de Passau, andamos pelas praças e jardins, e, ao ar livre, tomamos um chopinho; fazia sol e o dia estava lindo. Guilherme também estava conosco, mas tomou outro rumo. Dom Paulo, lá pelas 12 horas, apareceu com mais alguns do grupo. Voltatos de taxi para o Spectrum Kirche onde almoçamos. Tempo livre até às 17 horas.
Às 17 horas, na capela do Spectrum, realizou-se a missa de despedida, concelebada por Dom Paulo, Dom Guilherme (Wilhelm), bispo de Passau, e outros padres presentes. Após a missa, foi a assinado um temo confirmando a parceria de solidariedade missionária entre as duas dioceses: Passau e Alagoinhas.
Logo após, Os dois grupos brasileiros, o grupo alemão que organizou o encontro, as pessoas que nos acompanharam durante esses dias, o bispo de Passau e o de Alagoinhas e padres reunidos em um salão do Spectrum, fizemos uma avaliação do encontro, onde muitos depoimentos individuais de ambos os lados foram apresentados, destacando os frutos colhidos dessa parceria Brasil e Alemanha durante os 40 anos transcorridos. Foi servido um lanche regado àquela cervejinha típica e outras bebidas não alcoólicas, salgadinhos e outros. Despedida coletiva e individuais num clima de alegria e fraternidade. Depois, silêncio, arrumação de malas para o retorno e repouso. No dia seguinte, tínhamos que partir com destino a Schoellnach, cidade onde Pe. José Göppinger é pároco. De lá, seguiremos para Frankfurt, onde no outro dia, pegaremos o avião de volta ao Brasil.

Dia 03/07/09 – Pela manhã, deixamos Passau e seguimos para Schoellnach, onde Pe. José já nos esperava. Era festa na cidade; uma festa civil típica que acontece todos os anos nesta época do ano. Participamos dos festejos, assistimos os desfiles e, depois, fomos para uma espécie de clube da cidade. Muita comida e bebida eram servidas, música, dança, animação ao estilo e gosto da população local. Muitas pessoas adultas, jovens e crianças vestidas com trajes típicos regionais e locais. Enquanto tudo acontecia, sempre sobrava um espaço de tempo para relembrar, com Pe. José e com outras pessoas alemãs que estiveram trabalhando aqui no Brasil, amigos, amigas, fatos e situações agradáveis vividas em nossa terra.
Quem teve disposição ficou na festa até o fim; nós outros, aproveitamos para tirar um cochilo na casa paroquial até a saída do ônibus que nos levou a Frankfurt nas primeiras horas da manhã.

Dia 04/07/09 – Do aeroporto de Frankfurt, levantamos vou em direção ao Brasil no avião da Condor. Viagem maravilhosa. À noitinha do mesmo dia, já estávamos de volta em Alagoinhas.

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