José Dirceu nem era um dos réus na pauta da sessão de ontem no Supremo Tribunal Federal.
Mas sua onipresença na "sofisticada organização criminosa" é tão evidente que bastou o ministro Joaquim Barbosa deslindar um pouco a meada para se aproximar das "quatro paredes de um palácio presidencial" citadas pelo procurador-geral da República.
O julgamento do mensalão vai chegando perto de quem mais deve.
O STF trata agora da terceira das sete partes em que foi fatiada a análise do caso pelos magistrados. Debruça-se, ao longo das próximas sessões, sobre a prática de crime de lavagem de dinheiro.
Ontem, o relator pediu a condenação de nove réus dos chamados núcleos financeiro - leia-se Banco Rural - e publicitário, ou seja, as agências de Marcos Valério.
O esquema fraudulento desnudado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e ratificado ontem pelo ministro Barbosa perpetrou 46 operações de lavagem. Delas, saiu o dinheiro que irrigou o mensalão.
O dolo era reiterado: registros contábeis fajutos, empréstimos milionários de fachada, desrespeito a leis do sistema financeiro.
No vértice de todo este organograma de malfeitorias, pontuava ninguém menos que o ministro-chefe da Casa Civil do governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva. A onipresença de José Dirceu no esquema mafioso é conhecida e sabida, mas ontem, pela primeira vez, o nome dele foi citado pelo ministro relator em seu voto, vinculando-o aos repasses de recursos surrupiados dos cofres públicos....
A partir de agora, o fio da meada encaminha-se para quem orquestrou e dirigiu o mensalão. Na mira, o que se passou dentro de quatro paredes de um palácio presidencial. (Leia na íntegra - AQUI).
A partir de agora, o fio da meada encaminha-se para quem orquestrou e dirigiu o mensalão. Na mira, o que se passou dentro de quatro paredes de um palácio presidencial. (Leia na íntegra - AQUI).
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Chegando perto do Palácio
Fonte: mccouto.blogspot.com.br
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